ETHEREUM, O ETERNO PRAZER DE VER O CRAQUE CORRER
Foi um Grande Prêmio Diana para entrar na história deste ano de 2025. Por um simples motivo. Havia uma potranca fora de série em ação. Uma craque que nos fez lembrar a aceleração da inesquecível Emerald Hill. Nos 400 metros finais, o tom de voz do locutor Thiago Guedes acelerou. Os batimentos cardíacos do público turfista presente nas arquibancadas também. José Aparecido, o piloto de Ethereum, criada por Carlos dos Santos, e defensora do Stud New Bridge, ajustou sua conduzida, chupou no beiço, e a fez correr. Naquela fração de segundo, as outras rivais pareciam estar paralisadas. Pareciam imóveis. E o vulto da filha de Courtier e Etapa Vencida, por Wild Event acelerou. Como se ela estivesse sozinha na raia. Foram os 200 metros finais mais eletrizantes dos últimos anos no belo hipódromo carioca. Ethereum acelerou para glória. Livre, leve e absoluta. Cosme Morgado Neto desceu as escadas da Tribuna emocionado. O treinador do tríplice–coroado Groove, foi receber envaidecido a sua craque. No semblante aquela certeza de ter outro puro–sangue de exceção em suas mãos. E os turfistas emocionados aplaudiram com generosidade a campeã. Que privilégio maravilhoso para quem ama o esporte dos reis. O craque é assim. Acelera os corações dos aficionados com aquela unanimidade absoluta da paixão. Viva Ethereum! Grande campeã!
SINSEL NÃO PARA DE EVOLUIR
O Grande Prêmio Francisco Eduardo e Linneo Eduardo de Paula Machado, Grupo 1, para os potros, não tinha um animal de exceção na raia, ao contrário da versão feminina da tríplice–coroa. E sim, um páreo formado por vários produtos em evolução. Por outro lado, havia um cuidador de excelência com vários pensionistas inscritos. Luiz Esteves, um cearense de Cascavel, que tem muita intimidade com o seu ofício. E o resultado da prova teve uma quadrifeta formada por quatro potros treinados por ele. Sinsel, de criação e propriedade do Stud Red Rafa, um filho de Alpha e Goldenland, por Nedawi, sempre em progressos, bem conduzido por Waldomiro Blandi, alcançou o triunfo com autoridade. On My Side, outro em progressos, formou a dupla, Mc Arrocha, sempre confirmador, ficou em terceiro, e Navy of War, completou o marcador. Luiz Esteves possui um time forte para lutar pelo Derby. Que ninguém duvide disso.
PURO–SANGUE MELHOR APRESENTADO
Cosme Morgado trouxe Ethereum em estado atlético exuberante. Uma pena ter tido febre por ocasião da disputa da prova de abertura da tríplice–coroa. Mas não se pode correr risco diante do compromisso de ganhar um GP Diana. É um treinador competente e vitorioso com um sobrenome de respeito do clã Morgado, com linda história do turfe carioca. Corre nas veias o sangue de família colecionadora de bons resultados nas pistas. Parabéns. Difícil encontrar palavras para agradecer o espetáculo proporcionado por sua campeã. Vale ressaltar a direção tranquila de José Aparecido. Respeitou a condição de craque de sua conduzida, correu com humildade, só preocupado de evitar percalços que pudessem impedir sua absurda aceleração final. Com caminho livre, Ethereum acelerou para a eternidade.
PERSONAGENS
Cosme Morgado, com a sua estrela solitária, Ethereum, e Luiz Esteves, com o seu pelotão de choque no Grupo 1 de potros merecem ser apontados como personagens de uma bela jornada turfística. Correram demais os seus pensionistas.
JOQUEADA DA SEMANA
O jovem pernambucano, João Victor, alcançou o seu batismo clássico, com Oviedo, do Stud H&R, e, com Barzana, de Marlene Fernandes Serrador. Além disso, deitou e rolou nos páreos de turma. Com a lesão de Leandro Henrique, Henderson Fernandes, parece ser o único obstáculo para repetir a façanha do conterrâneo e ganhar a estatística. Surpreendeu na resposta dada a repórter, Juliana Dias, após o triunfo clássico, de qual era o seu maior sonho na profissão. Não pensou duas vezes em declarar que gostaria de montar fora do Brasil. Ter ambição e sonhar alto é sinal de desprendimento e confiança. Neste próximo conjunto de programas, J. Victor vai montar em 23, dos 24 páreos programados.
BOA ESTREIA
Haka Dance, alazão, filho de Alpha e Ray Grass, por Cisne Branco de criação do Haras Fronteira, e propriedade do Stud Best Friends, deixou impressão lisonjeira em sua estreia. Deu ligeira manteiga na partida, mas acionado por Wesley Silva Cardoso, foi diretor para ponta e despediu os convidados. O treinador, Carlos André, já parece adaptado ao CT Vale da Boa Esperança, em Itaipava.
ROBERTO MELO DE VOLTA
Depois de superar longo tempo no estaleiro, devido a grave acidente na raia, o aprendiz, Roberto Melo, voltou às pistas com vitória e bom desempenho na raia. Precisa ficar de olho no peso, por ser um jovem de estatura elevada para a difícil profissão de jóquei. Mas os elogios da turma da escolinha são muitos, principalmente no aspecto de comportamento profissional.
