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Há 50 Anos, por Francisco Portinho 27/02/2008 - 13h09min
RIBOL – Grande Prêmio Ministério da Agricultura, na Gávea CLAREIRA – Grande Prêmio Remonta do Exército, na Gávea MY GIPSY – Prêmio Eleutério Prado –A–, em Cidade Jardim EMOCION – Prêmio Eleutério Prado –B–, em Cidade Jardim GAUDEAMUS – Prêmio Raphael de Barros Filho –A–, em Cidade Jardim ESCORIAL – Prêmio Raphael de Barros Filho –B–, em Cidade Jardim Sábado, 22, na Gávea, foi realizado o Grande Prêmio Ministério da Agricultura, clássico inaugural da temporada, para potros nacionais de 2 anos, na distância de 1.000 metros, grama, com dotação de CR$ 250.000 ao vencedor. Ganhou RIBOL, por Rieck (Fr) e Bold Molly (GB), por Flyon (GB), dirigido pelo chileno Luiz Díaz, treinado por Miguel Gil, propriedade e criação do Haras Vale da Boa Esperança (branco, mangas azuis e boné encarnado), de Julio Capua, em Itaipava, Rio de Janeiro. Derrotou ZÉQUINHA, por Dernah (Fr) e Krotona, por Victor Hugo (GB), de Flora Mattos (encarnado e branco em listras verticais). Em terceiro chegou EFFRENÉ, também por Dernah (Fr), e Sal O´Mine (GB), por Casanova (GB), de Carlos McDowell da Costa (azul e ouro em quadros, mangas ouro e boné azul). A seguir, Claustro, Gong, Harvey, Jet, Tio Paulo, Disco, Larche e Lucky Prince. Diferenças meio corpo – 2 corpos. Tempo: 59”2/5. Em 1958, RIBOL obteve 3 vitórias em 7 apresentações na Gávea. Além desta prova, venceu o Clássico Raul de Carvalho e o Grande Prêmio Conde de Herzberg.
No dia seguinte, foi disputado o Grande Prêmio Remonta do Exército, para potrancas nacionais de 2 anos, em 1.000 metros, grama, com dotação de CR$ 250.000 à ganhadora. Venceu CLAREIRA, por Cadir (Fr) e Caçamba (Arg), por Selim Hassan (GB), sob a condução do freio José Portilho, treinada por Levy Ferreira do Amaral, propriedade do Stud Verde e Preto ( verde e preto em listras horizontais) e criação de Oswaldo Aranha (Haras Vargem Alegre), no Estado do Rio de Janeiro. ZEZÉ, por Dernah (Fr) e Crafty Clara (GB), por Fairplay (Ire), de Flora Mattos (encarnado e branco em listras verticais), chegou em segundo, com CUMPARSA, igualmente por Cadir (Fr), e Araçaúva, por Robin The Second (GB), de Ignácio Lafayette Pinto, em terceiro. A seguir, Derrama, Clair, My Fair Lady, Dama Negra, Borboleta, Ermine e Clarisse. Diferenças: vários corpos – 1 corpo. Tempo: 58”4/5, melhor que o dos potros. Naquele ano, CLAREIRA obteve 6 vitórias em 8 apresentações no Hipódromo Brasileiro. Também venceu o Clássico Barão de Piracicaba, o Clássico Luís Alves de Almeida, o Prêmio Paulo Cezar, o Grande Prêmio Francisco Vilella de Paula Machado e o Grande Prêmio Imprensa.
No domingo, 23, em Cidade Jardim, foram realizados os prêmios: Eleutério Prado, séries A e B, e Raphael de Barros Filho, também séries A e B, todos em 1.000 metros, grama leve, sendo os dois primeiros destinados a potrancas de 2 anos nascidas no Estado, sem vitória, e os dois últimos, para potros de 2 anos nascidos no Estado, igualmente sem vitória. Cada um teve a dotação de CR$ 120.000 ao primeiro colocado.
O Prêmio Eleutério Prado –A–, teve a vitória de MY GIPSY, por Fighting Chance (GB) e Jussara, por Thompson, com Francisco Irigoyen, treinada por Juan de La Cruz, propriedade do Stud São Caetano e criação do Haras Boa Vista, em São Paulo. Em segundo chegou ANGLIA, por Bethel (Arg) e Britania, por Briton (Arg), cujo proprietário não foi identificado. FABRINA, por Strong I´Th´Arm (GB) e Rose Princess, por Dark Prince (Arg), do Stud Chilique, foi terceira. A seguir, Xaquema, Dibdin, Girarda, Ukajala, Monduba e Fauline. Diferenças: 4 corpos – cabeça / tempo: 60”8/10. Naquela temporada, MAY GIPSY obteve esta vitória em 3 apresentações.
O Prêmio Eleutério Prado –B–, foi ganho por EMOCIÓN, filha de Orsenigo (Ity) e Empeñosa (Arg), por Full Sail (GB), também dirigida por Francisco Irigoyen e treinada por Juan de La Cruz, propriedade do Stud Seabra (preto e verde em listras verticais), de Roberto & Nelson Seabra, também criadores (Haras Guanabara) em Bananal. Derrotou DARKLÉE, por Tevere (Arg) e Heuxal, por Esquimalt (GB), de Eliseu de Souza Lopes, com XINGA, por Sayani (Fr) e Hay Harvest (GB), por Hyperion (GB), da sra. Zélia Gonzaga Peixoto de Castro (branco com estrelas azuis), em terceiro. A seguir, Pasman, Javalina, Béa, Artuélinha e Kabilda. Diferenças: focinho – 3 corpos. Tempo: 60”4/10. EMOCION obteve 2 vitórias em 12 apresentações naquele ano. Também foi vencedora do Grande Prêmio Diana
O Prêmio Raphael de Barros Filho –A–, teve como vencedor GAUDEAMUS, por Violoncelle (Fr) e Gâmbia, por Maranta (GB), conduzido por Gastão Massoli, treinado por Alexander Rostworowski, propriedade e criação do Haras São Bernardo, do barão e baronesa Otto von Leithner. INVESTMENT, por Pharsale (Fr) e Investida, por Chirgwin (Ire), de Mario & Cezario Calfat, formou a dupla. OSUNA, por Sandjar (Fr) e Giovinezza, por Seventh Wonser (GB), cujo proprietário não foi identificado, chegou em terceiro. A seguir, Hostil, Ferrabraz, Jacó, Tout Bleu, Sake e Bangalô. Diferenças: vários corpos – corpo e ½. Tempo: 58”7/10. Em 1958, GAUDEAMUS obteve 6 vitórias em 7 apresentações. Ainda venceu o Clássico Outono, o Grande Prêmio Antenor de Lara Campos, o Grande Prêmio Juliano Martins, o Grande Prêmio Manfredo Costa e o Grande Prêmio Derby Paulista.
E, o Prêmio Raphael de Barros Filho –B–, teve a vitória de ESCORIAL, por Orsenigo (Ity) e Escoa (Arg), por British Empire (GB), sob a direção de Francisco Irigoyen, treinado por Juan de La Cruz, propriedade do Stud Seabra (preto e verde em listras verticais) e criação de seus proprietários, Roberto & Nelson Seabra, em Bananal. Em segundo chegou OLIBRIUS, por Sandjar (Fr) e Jemima, por Antonym (Fr), de Paulo Marcondes Pestana, com JOCELYN, por Pewter Platter (GB) e Pobre Nena (Arg), por Mannering (GB), de Raymond Naufal (Haras Guayçara), em terceiro. A seguir, Xadrez, Halifax e Druso. Diferenças: 3 corpos – 3 corpos. Tempo: 59”6/10, inferior ao de Gaudeamus. Naquele ano, ESCORIAL obteve 2 vitórias em 6 apresentações no Hipódromo de Cidade Jardim. Na Gávea foi apresentado quatro vezes.
Ribol, Clareira, Emoción, Gaudeamus e Escorial, uma geração extraordinária a porvir.
No sábado, a Gávea, com sete páreos, vendeu CR$ 25.046.390 e no domingo, também com sete, CR$ 31.382.660. Cidade Jardim, no domingo, com nove, movimentou CR$ 43.369.400.
No Rio de Janeiro as corridas aconteciam às quintas, sábados e domingos, enquanto, em São Paulo, apenas aos sábados e domingos. Ainda como referência: a dotação dos páreos de potros de 3 anos era de CR$ 75.000 a CR$ 85.000 ao ganhador.
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