Ausência de V.Gil vai equilibrar ainda mais as corridas 25/11/2015 - 12h52min
Valdinei Gil, o maior ganhador das corridas da última semana no Hipódromo da Gávea, com seis vitórias, estará ausente dos quatro próximos programas devido à rigorosa, porém justa, suspensão imposta pela Comissão de Corridas do Jockey Club Brasileiro. Pode–se dizer justa, por que o próprio piloto considerou ter se excedido um pouco na raia. “Não posso reclamar de nada. Realmente eu peguei um pouco pesado”, brincou, com sua irreverência habitual. Gil atravessa a melhor fase de sua carreira. Com 73 vitórias no atual ano hípico, tem conseguido se manter o mais perto possível do líder da estatística, o aprendiz Leandro Henrique, outro em momento fantástico.
O duelo entre os dois parece ser algo inevitável. Leandro deve perder a vantagem da descarga gradativamente, o que permitirá a aproximação de Gil. O bridão, contratado do Haras Santa Maria de Araras, tem sido fator diferencial nas últimas corridas da Gávea, com percurso impecável, cálculo fantástico de corrida e frieza assustadora para decidir os páreos ao seu favor. O que mais impressiona no desempenho de Valdinei Gil é a sua capacidade de deixar o caminho limpo para a sua montaria logo depois da largada. Com pouco mais de 200 ou 300 metros de carreira o observador mais atento pode perceber que ele já se posicionou de forma estratégica para tirar o máximo do seu conduzido sem sofrer percalços.
Outro profissional que tem deixado impressão das melhores é o aprendiz Felipe Queiroz, filho do antigo jóquei de freio, José Queiroz. O menino evoluiu bastante no aspecto técnico, e demonstra calma e lucidez no percurso. Com a efetivação dos páreos de índice técnico, o jovem tem sido boa opção para proprietários e treinadores cariocas. Esta semana teve atuações bem interessantes e cada vez consegue conquistar mais espaço nos programas oficiais. Com relação aos treinadores, Jairo Borges continua a dar as cartas, com 46 vitórias. Voltou de suspensão com a corda toda e já se aproximou do líder Dulcino Guignoni. E o seu substituto, no período em que esteve ausente, o segundo–gerente, J. C. Coelho somou 25 triunfos. Uma máquina de ganhar corridas.
por Paulo Gama |