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Colunista:

Provas de Grupo, por Ivamar
26/12/2006 - 15h22min

Chuva salvou Quick Road ?

No turfe, há cavalos (e éguas) especiais e, como tal, merecem  tratamento especial. Este ano, assim podem ser classificados: Quick Road, Dono da Raia, Colina Verde, Eu Também, Tudo Azul, Ever Love, Herói do Bafra, Yorokobi, Top Hat, Bandido Secreto, Nelore Porã etc. Quick Road, com três vitórias em provas de Grupo I, inclusive a mais importante até agora destinada à geração nascida em 2003, o Derby Paulista, as quais, repito, colocam–no neste seleto grupo de puros–sangues que pertencem (afetivamente, é claro) aos turfistas que, por isso, não querem vê–los perdendo páreo de menor importância.

No GP Consagração (GII), realizado sábado no Hipódromo Paulistano, qualquer dos candidatos poderia fracassar, sem maiores problemas para suas campanhas, menos o esplêndido filho de Jules e Jamaica Road. Assim, a chuva que tornou impraticável a pista de grama, obrigando a Comissão de Corridas paulista a transferir os 2.800 metros para a areia, o que  provocou, por parte de seus responsáveis, a retirada de Quick Road, pode ter sido providencial, ainda que o ótimo potro, correndo, tinha amplas possibilidades de êxito (considerando–se que os rivais eram muito fracos), apesar de ser a carreira em distância 400 metros maior do que a dos GPs Cruzeiro do Sul e São Paulo. Uma vitória esperada que nada acrescentaria à sua campanha. Pergunto: e se perdesse?

Sem Quick Road e, também, sem Smashing, a carreira ficou restrita a  seis cavalos mais velhos e três potros de 3 anos, ficando o triunfo com um destes últimos, GLÚTEN (Roi Normand e Diet Lark, por Roy), que em sete apresentações vencera apenas dois páreos comuns. Deixou, distantes mais de dois corpos, disputando a dupla, NOW HEIGHTS e NIGELO, filhos de Know Heights, ambos de 4 anos, com vantagem para o primeiro. Muito longe, o velho (7 anos) PRÓXIMO MILÊNIO (Ski Champ) e o 3 anos JET (Yagli) completaram o marcador. Os segundo, terceiro, quarto e quinto não têm vitória em prova de grupo.

Glúten, criação e propriedade do Stud Raça, teve a condução de  Waldomiro Blandi e é treinado por Marcos Guimarães Campos. Tempo, na pista encharcada, pela variante, 3Â’02”932. Acrescente–se que Now Heights também defende a blusa do Raça.

Resultado anormal no GP Natal

Também do programa de sábado, em Cidade Jardim, constou o GP Natal, em 1.800 metros, grama, com nove produtos de 4 anos e mais idade, e três de 3 anos. Este ano promovido a Grupo III, teve resultado surpreendente, principalmente pelo fracasso total do candidato de melhores títulos, Top Hat, que correu à frente e parou completamente na reta, chegando em último, maculando sua esplêndida campanha. Algo de anormal ocorreu, infelizmente.

Os mais velhos levaram a melhor por intermédio de MONEY BOX (Minstrel Glory e Klocka, por Fast Gold), de 5 anos, que contava com oito vitórias em páreos comuns, em 25 atuações. Deixou a dois corpos CORAÇÃO DE VIDRO (Yagli), de 4, que por sua vez terminou quase três corpos à frente de DI GIAN, de 3, um filho do argentino Ibero. Completaram o marcador, perto do terceiro, FRANKFURT (Basim), da mesma idade do ganhador, e FARENHEIT (Spend A Buck), dois anos mais novo. Houve reclamação do terceiro contra o segundo, mas o páreo foi confirmado. O primeiro, o terceiro e o quarto não estavam entre os mais cotados.

Money Box, criação do Haras Ponta Porã e propriedade doHarasMonte Athos, foi dirigido por Antônio Mesquita e é treinado por Claudemiro Xavier. Tempo, na grama encharcada, com cerca móvel: 1Â’54”884. Uma raia que pode ter concorrido para o fracasso da maioria dos mais fortes candidatos.

                                       Próximas Atrações

São Paulo

Sábado, no Hipódromo Paulistano, serão disputados o Clássico Encerramento (L), este ano em 1.500 metros, na areia, e exclusivo para éguas de 3 anos e mais idade, e o novo Clássico Ano Novo (L), em 1.200 metros, areia, para produtos de 3 anos e mais idade.
 
                                            Rio de Janeiro

Sábado, no Hipódromo da Gávea, será corrida a Prova Especial Ricardo Xavier da Silveira, em 1.900 metros, na areia.



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