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Colunista:

Valorização do Reprodutor Nacional
18/04/2017 - 10h47min

Longe de criticar, de sugerir, de dizer como ser, nada disso, simplesmente estaremos conversando sobre o reprodutor nacional.

Por que a discriminação que conduz a um serviço de monta agressivo entre os importados, dormente entre os nativos?

Escutamos, à miúde, o inconformismo de colegas e companheiros, de interessados pela criação e mesmo de simples turfistas, ao saberem da festa para a qual o garanhão nacional não é convidado, quando a ela comparecem importados não estimados em suas próprias terras. Esse quadro é antigo e talvez mais acentuado nas décadas passadas. Vem–nos a lembrança Heliaco que, mesmo descartado, ainda veio a produzir distintamente em seu haras natal. Era um Formasterus do melhor requisito!

Não somente pela distinção como reprodutores clássicos, verdadeiramente como pais de vencedores de provas de Grupo, separam–se dos demais Acteon Man, Ay Caramba, Durban Thunder, É do Sul, Ivoire, Mastro Lorenzo, Mensageiro Alado, Norway Boy, Nugget do Faxina, Out Of Control, Quick Road, Setembro Chove, Siphon, Top Hat e Voando Baixo.

Seguindo com a nossa conversação, abaixo confirmados os seus filhos vencedores de grupo:

Acteon Man – Belo Acteon, Falcon Acteon, Famous Acteon e Huber

Ay Caramba – I Scream, Jenesaisquoi e My Cherie Amour

Durban Thunder – Sweet Roar, Desejado Thunder, Olympic Thunder e Xingu Thunder

É do Sul – Dá–lhe Salvador e Dá–lhe Senadora

Ivoire – Quinhão

Mastro Lorenzo – First Line, Balada da Hora e Fonte Azul

Mensageiro Alado – Portista, Pianista Di Ouro, Super Desejada, American Night, Annés Doreés e Sinistro

Norway Boy – Tequinegra

Nugget do Faxina – Vulkan

Out Of Control – Céu de Brigadeiro

Quick Road – Of the Road e Kinha

Setembro Chove – Juno

Siphon – Nebbione, Olympic Festival e Guaruman

Top Hat – Orgulhosa e Mandinga

Voando Baixo – Hora de Voar e Barão da Cevada

Ficaram de fora Glória de Campeão, agora pertencente a um forte condomínio, Molengão que esteve bem prestigiado em seu haras natalino e Redattore, ganhador do Troféu Mossoró, um caso à parte, merecedor de exclusivos comentários. Prolongando nossa conversa, seremos descritivos com alguns deles e pinçamos os dois primeiros, Acteon Man e Ay Caramba. Pretendemos deixar reconhecidos seu predicados.

AY CARAMBA – É filho de Roy Normand em égua Ghadeer, vencedor de 9 carreiras (5 nos EUA), sendo uma de Grupo 1, duas de Grupo3 e uma Listada em 20 apresentações.

Com sete gerações nas pistas, 2008 a 2014, destaque para My Cherie Amour (mãe Jules) que venceu espetacularmente o Brasil 2016, estando parado por enquanto, lesionado do tendão e I Scream (mãe De Quest), ganhadora do GP Organização Sulamericana de Fomento ao Puro Sangue de Corrida, prova de G1(Osaf).

Por via paterna é filho de Roi Normand, que tem direito a dispensa de ser adjetivado e sua robusta linha materna inicia–se com Onefortheroad, uma pérola do nosso Stud Book, embasada pela 2ª mãe, a extraordinária corredora Court Lady, filha de Locris, valiosíssima importação francesa dos irmãos Seabra.

Magnífico corredor, precoce, vencedor do único G1 para os 2 anos na Gávea, referência que aponta o líder de turma, qual seja a milha do GP Associação Brasileira de Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida.

Frente ao exposto, excelente corredor, consagrado reprodutor, pedigree de extrema classe, Ay Caramba se faz merecedor do interesse dos criadores e, particularmente daqueles que tem reservada uma Jules, no caso repetindo o atraente cruzamento que deu, conforme já vimos Jenesaisquoi e My Cherie Amour.

ACTEON MAN – Ao nos determos no produtivo desempenho de Acteon Man no haras, como pai de Belo Acteon, vencedor do Brasil 2011, de Famous Acteon vencedor do Cruzeiro do Sul 2015 e dos ganhadores de Grupo Falcon Acteon e Huber, despertou em nós um acompanhamento mais efetivo.

Seu Turf recorde se constitue de 9 apresentações com 4 vitórias, inclusive a do GP Ministro da Agricultura, prova de G2 em Cidade Jardim.

Pela linha paterna, Acteon Man vem do chefe–de– raça Danzig, pelo ramo de Chief’s Crown.

Chief’s Crown, de indiscutíveis méritos, é um Danzig em mãe Secretariat, vencedor de 12 carreiras nos EUA, escolhido Champion 2–y– o de sua geração. Junta–se ainda sua força de transmissão, medida pela produção de 53 vencedores clássicos, sento 1 deles Be My Chief, justo o pai do reprodutor ora sendo apresentado:

Danzig – Chief’s Crown – Be My Chief – Acteon Man

A linha maternal de Action Man é encabeçada pela inglesa Clare Garden (1ª mãe), uma Shirley Heights, seguindo–se a muito corredora Clare Bridge (2ª mãe), por Little Current, ganhadora de grupo no Reino Unido.

Suportado por um valioso pedigree circundado por Danzig e Milreef (pai de Shirley Heights), Turf e Stud recordes de muita consideração, é sem dúvida uma boa opção para aqueles ainda pensativos.

Para uma égua Know Heights, Acteon Man daria um produto imbrindado 3x3 em Shirley Heights, notabilíssimo nome no continente europeu.

Ainda pode ser frisado que Acteon Man pertence à família Danzig que mais deu certo aqui no Brasil, assunto que já foi objeto de nossa manifestação em oportunidade anterior.

Com a licença do leitor, mesmo nos distanciando, é meritória a citação de É do Sul, Ivoire e Setembro Chove. Já deveriam ter estimulado a atenção de nós todos. Lemos números pequenos de nascimentos para Stud recordes representativos. Potencialmente, muito bons reprodutores.

Esta, como toda conversa, não deve ser encerrada com um toque triste, lamentável, mas é impossível deixarmos passar o desaparecimento de Fluke (Wild Event), que com sua única geração, foi capaz de nos dar uma No Regrats.

Valendo por um post scriptum, ressaltamos que os nacionais Time for Fun e Mister Nedawi, ambos iniciando serviços, são juntamente com Falcon Jet os maiores pontuadores de provas de Grupo do turfe brasileiro, nada menos de 12.


DFO

Abril 2017



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