FINO TRATO

A CRIAÇÃO NACIONAL

TEMPORADA de MONTA de 2015

I – INTRODUÇÃO

Como de costume, todos os anos procuro fazer um Artigo posicionando a Criação Nacional do PSI, comparando com sua posição em relação aos anos anteriores, neste caso, envolvendo a comparação de aspectos básicos de nossa Criação nas Temporadas de Monta de 2011 até a Temporada de Monta de 2015!

Como pode ser visualizado no Quadro–Resumo comparativo, observa–se uma expressiva queda nos parâmetros básicos que delimitam o comportamento da Temporada de Monta de 2015 em relação a de 2014, o que pode ser notado pelo encerramento e / ou redução da Atividade criatória de alguns importantes Haras de nossa Criação, o que vem ocorrendo a cada Temporada de Monta!

Para facilitar o entendimento dos números aqui mostrados, tomei como parâmetro mais expressivo, o que convencionei chamar de Índice de Concentração (IC) que, em última análise, representa o resultado da relação entre o número total de Matrizes servidas na Temporada de Monta pelo número de Reprodutores que as serviram nessa mesma Temporada, registrados no Stud Book Brasileiro!

Este IC vai delimitar o Grupo de Elite, ou seja, o grupo de Reprodutores que terão, pelo menos teoricamente, maior chance de dar continuidade às suas Linhagens / “Bloodlines”, servindo um número de Matrizes igual ou maior do que o Índice de Concentração encontrado para a Temporada de Monta de 2015! 

Sob o ponto de vista da Genética, promovo a identidade de cada um dos Reprodutores que integram o Grupo de Elite, com suas Linhagens de Referência e respectivas “Bloodlines”, ressaltando que esta correlação ocorre com base no Alinhamento Masculino Paterno do Reprodutor (“high line” do Pedigree)!

No Artigo sobre a Temporada de Monta de 2014, com a dificuldade para se trazer Reprodutores do Exterior, mesmo no Sistema de “shuttle”, sugeri que fossem dadas maiores e melhores oportunidades ao Reprodutor nascido no Brasil, que tenham cumprido uma Campanha Vitoriosa e Consistente nas pistas o que, ao que tudo indica,   está se concretizando gradativamente, inclusive, com resultados auspiciosos, por parte de alguns destes Reprodutores brasileiros devidamente selecionados!

A representação de Reprodutores vindos nas condições do Sistema de “shuttle” foi tão reduzida, que resolvi não me deter na análise específica do comportamento deles no âmbito da Criação nacional, mas ressalto que este Sistema é muito importante e oportuno para melhorar o padrão de Qualidade da Criação nacional do PSI, em razão das Filhas que deixarão e que se tornarão nas futuras Matrizes que irão contribuir para elevar o nível médio da Qualidade “Bloodstock” brasileiro do PSI!

Apesar da preocupante situação do Turfe no Brasil, sou adepto dos que acreditam que o nosso Turfe irá se reerguer, pois historicamente, todos os países que hoje se apresentam como autênticas potências do Turfe internacional, passaram por momentos extremamente difíceis, que foram devidamente resolvidos!

II – TEMPORADA de MONTA de 2015 – OBSERVAÇÕES BÁSICAS

II.1 – Comparação Básica dos Últimos 5 anos

   Temp. Monta          Matrizes Servidas         Reprodutores Atuantes          IC

         2011                             3641                                     208                             17

         2012                             3501                                     215                             16

         2013                             3464                                     197                             18

         2014                             3105                                     198                             16

         2015                             2581                                     169                             15

Observação: Os dados acima referem–se aos números totais das respectivas Temporadas de Monta, em conformidade com os dados divulgados pelo Stud Book Brasileiro! 

O comportamento da Criação nacional do PSI, nestas cinco últimas Temporadas de Monta, mostra uma queda de 29% no número de Matrizes servidas que, em última análise, é o parâmetro mais importante para expressar o encolhimento de nossa Criação do PSI, aparentando um viés de baixa refletido na expressiva queda de 17% ocorrido da Temporada de Monta de 2014 para a de 2015!

No que se reporta ao número de Reprodutores que atuaram nestas cinco Temporadas de Monta, ainda que não seja um indicador tão representativo como o número de Matrizes servidas, pode–se observar uma queda, nestas últimas cinco Temporadas, da ordem de 19%, também com viés de baixa ditado pela queda entre as Temporadas de 2014 e 2015, de ordem de 15%.

O mais grave a se observar nesta queda no número de Reprodutores atuantes nestas Temporadas, é o notório o envelhecimento de nossos principais Reprodutores, assim como, a ínfima reposição de Reprodutores importados e a estabilização da inclusão de Reprodutores nascidos no Brasil, que tenham cumprido Campanhas Consistentes e Vitoriosas nas pistas de corrida, no Brasil e / ou no Exterior!

Quanto ao IC, que nesta Temporada de Monta de 2015 alcançou a média de 15 Matrizes para cada Reprodutor, em seus números totais para as Temporadas de Monta, ressaltamos que, como veremos a seguir, das 2581 Matrizes servidas, 2011 (78%), foram servidas por apenas 51 Reprodutores, que integram o GRUPO de ELITE   integrado por Reprodutores que serviram 15 ou mais Matrizes nesta Temporada! 

II.2 – GRUPO de ELITE

Como vimos acima, este Grupo de Reprodutores que reúnem maiores e melhores oportunidades para dar continuidade às suas Linhagens de Referência e respectivas “Bloodlines”, foi formado a partir do IC = 15 e, por pura coincidência, reuniu o mesmo número (51) de Reprodutores do Grupo de Elite da Temporada de Monta de 2014, com o IC = 14!

Destes 51 Reprodutores, pelo que pude apurar, apenas dois vieram sob o Sistema de “shuttle”, ou seja, MIDSHIPMAN (USA) que serviu 113 Matrizes e WIRED BRYAN (USA) que serviu 72 Matrizes!

II.2.1 – GRUPO de ELITE por NACIONALIDADE

Como o número de Reprodutores que vieram sob o Sistema de “shuttle” foi expressivamente reduzido, foram incorporados aos demais Reprodutores que integram o Grupo de Elite da Temporada de Monta de 2015!

1º – Dos USA – 21 Reprodutores (41%) – 1095 Matrizes (55%)

2º – Do Brasil – 19 Reprodutores (37%) – 558 Matrizes (28%)

3º – Da Irlanda – 4 Reprodutores (8%) – 144 Matrizes (7%)

4º – Do Japão – 1 Reprodutor (2%) – 115 Matrizes (6%)

5º – Da Argentina – 4 Reprodutores (8%) – 67 Matrizes (3%)

6º – Da Inglaterra – 2 Reprodutores (4%) – 32 Matrizes (2%)

TOTAIS do GRUPO de ELITE = 51 Reprodutores (100%) / 2011 Matrizes (100%)

Observações:

A – O IC do Grupo de Elite na Temporada de Monta de 2015 foi igual a 39, enquanto na de 2014 foi igual a 46, mostrando expressiva queda no número de Matrizes servidas (14%), enquanto o número de Reprodutores foi exatamente o mesmo (51)!

B – O número de Reprodutores nascidos no Brasil (19) sofre uma pequena retração, quando na Temporada de 2014, chegou a superar o de Reprodutores oriundos dos USA!

C – Novamente, verificamos a ausência de Reprodutores nascidos na França que, tradicionalmente, exerceram uma importância histórica na formação de nosso “Bloodstock” em boa parte do século 20, assim como, a ausência de Reprodutores nascidos na Alemanha, reconhecidos como os mais Consistentes e Resistentes PSI da atualidade da Criação internacional do PSI!

D – Incrementar o número de Reprodutores de melhor qualificação, seja através do melhor aproveitamento de Reprodutores nascidos no Brasil, seja através da importação definitiva de Reprodutores selecionados, seja pela vinda de Reprodutores no Sistema de “shuttle”, são medidas que se impõem, para que se mantenha e, até mesmo, se eleve a Qualidade Média do “Bloodstock” nacional!

II.2.2 – GRUPO de ELITE por LINHAGEM / “BLOODLINE”

Observação: As Linhagens de Referência e respectivas “Bloodlines” a seguir evidenciadas para cada Reprodutor integrante do Grupo de Elite, referem–se ao Alinhamento Masculino Paterno (“high line” – HL do Pedigree) de cada um desses Reprodutores!

1 – LINHAGEM de PHALARIS = 24 Reprodutores (47%) / 984 Matrizes (49%)

PHALARIS

1.1 – “BLOODLINE” de NORTHERN DANCER = 564 Matrizes (28%)

NORTHERN DANCER

1º – SALTO (IRE) – 82 Matrizes

2º – WIRED BRYAN (USA) – 72 Matrizes

3º – DESEJADO THUNDER (BR) – 69 Matrizes

4º – TIGER HEART (USA) – 67 Matrizes

5º – FORESTRY (USA) – 65 Matrizes

6º – KODIAK KOWBOY (USA) – 57 Matrizes

7º – MELLON MARTINI (USA) – 29 Matrizes

8º – AMIGONI (IRE) – 28 Matrizes

9º – LA FÚRIA NEGRA (BR) – 24 Matrizes

10º – ACTEON MAN (BR) – 21 Matrizes

11º – SILENT TIMES (IRE) – 19 Matrizes

12º – PLENTY OF KICKS (BR) – 16 Matrizes

13º – HINTON WELLS (IRE) – 15 Matrizes

WIRED BRYAN

1.2 – “BLOODLINE” de NASRULLAH = 188 Matrizes (9%)

NASRULLAH

1º – ADRIANO (USA) – 74 Matrizes

2º – T. H. APPROVAL (USA) – 45 Matrizes

3º – BOLD START (USA) – 32 Matrizes

4º – JEUNE–TURC (BR) – 20 Matrizes

5º – NEDAWI (GB) – 17 Matrizes

ADRIANO 

1.3 – “BLOODLINE” de ICECAPADE = 117 Matrizes (6%)

ICECAPADE             

1º – WILD EVENT (USA) – 61 Matrizes

2º – POKER FACE (BR) – 30 Matrizes

3º – CHRISTINE’S OUTLAW (USA) – 26 Matrizes

WILD EVENT

1.4 – “BLOODLINE” de ROYAL CHARGER = 115 Matrizes (6%)

ROYAL CHARGER

1º – AGNES GOLD (JPN) – 115 Matrizes  

AGNES GOLD

2 – LINHAGEM de NATIVE DANCER = 760 Matrizes (38%) / 19 Reprodutores (37%) 

NATIVE DANCER

2.1 – “BLOODLINE” de Mr. PROSPECTOR = 732 Matrizes (37%)

Mr. PROSPECTOR

1º – MIDSHIPMAN (USA) – 113 Matrizes

2º – PIONEERING (USA) – 81 Matrizes

3º – GLÓRIA DE CAMPEÃO – 72 Matrizes

4º – UNION AVENUE (USA) – 65 Matrizes

5º – DROSSELMEYER (USA) – 61 Matrizes

6º – QUICK ROAD (BR) – 49 Matrizes

7º – FIRST AMERICAN – 39 Matrizes

8º – VICTORY IS OURS (BR) – 36 Matrizes

9º – WILDCAT BLADE (BR) – 29 Matrizes

10º – SETEMBRO CHOVE (BR) – 23 Matrizes

11º – MUTASALLIL (USA) – 22 Matrizes

12º – CAPE TOWN (USA) – 22 Matrizes

13º – INEXPLICABLE (USA) – 20 Matrizes

14º – CRAFTY C. T. (USA) – 18 Matrizes

15º – QUE FENÔMENO (BR) – 18 Matrizes

16º – GOBER (BR) – 17 Matrizes

17º – VITHAR (BR) – 17 Matrizes

18º – ELMUSTANSER (GB) – 15 Matrizes  

19º – CISNE BRANCO (ARG) – 15 Matrizes

PIONEERING

2.2 – “BLOODLINE” de RAISE A NATIVE = 28 Matrizes (1%)

RAISE A NATIVE

1º – REDATTORE (BR) – 28 Matrizes

REDATTORE

3 – LINHAGEM de MAN O’ WAR = 197 Matrizes (10%) / 6 Reprodutores (11%)

MAN O’ WAR

3.1 – “BLOODLINE” de IN REALITY = 197 Matrizes (10%)

IN REALITY

1º – PUT IT BACK (USA) – 93 Matrizes

2º – BILLION DOLLAR (BR) – 35 Matrizes

3º – BLUE KENTUCKY (BR) – 19 Matrizes

4º – CHÁ INGLÊS (BR) – 18 Matrizes

5º – HENDRIX (BR) – 17 Matrizes

6º – UNBRIDLED STAR – 15 Matrizes

PUT IT BACK

4 – LINHAGEM de TEDDY = 70 Matrizes (3%) / 3 Reprodutores (5%)

TEDDY

4.1 – “BLOODLINE” de DAMASCUS = 70 Matrizes (3%)

DAMASCUS                         

1º – PUBLIC PURSE (USA) – 33 Matrizes

2º – BANKING (ARG) – 22 Matrizes

3º – PHONE TIME (ARG) – 15 Matrizes

PUBLIC PURSE

TOTAL GERAL do GRUPO DE ELITE = 51 Reprodutores (100%) que Serviram 2011 Matrizes (100%)

OBSERVAÇÕES FINAIS:

1 – Queda expressiva na intensidade da Criação nacional do PSI, tomando–se por base o principal parâmetro indicativo para efetiva aferição da situação da Criação do PSI no país, observando–se que o total de Matrizes servidas na Temporada de Monta de 2014 (3105 Matrizes), caiu para 2581 Matrizes servidas na Temporada de Monta de 2015, ou seja, impressionantes 17% de queda da Atividade, sinal vermelho para que sejam tomadas providências urgentes, desde que haja interesse na continuidade desta importante Atividade Econômica, que é o TURFE!

2 – No que se refere aos Reprodutores, a queda de 15% verificada entre as duas Temporadas de Monta, refletida nos 198 Reprodutores registrados no SBB em 2014 e nos 169 Reprodutores registrados em 2015, não apresenta a mesma gravidade da queda verificada entre as Matrizes servidas, podendo, até mesmo, revelar uma melhor qualificação do Grupo de Reprodutores remanescente!

Devemos observar, entretanto, que boa parte dos melhores Reprodutores em atividade no Brasil, já estão com idade avançada, precisando de reposição, mas sem deixar que o nível de qualidade de que são portadores, venha a cair expressivamente!

3 – No que se refere ao Grupo de Elite dos Reprodutores selecionados a cada Temporada de Monta, devo alertar para o exposto no item anterior, que se aplica diretamente aos Reprodutores que vêm fazendo parte desse Grupo, justamente os de elevada Qualidade, em grande parte, com idade bastante avançada, refletidos em frequentes registros de óbito ou de aposentadoria!

4 – A séria e comprometida situação do Turfe no Brasil, se torna ainda mais grave, em razão da difícil situação Econômica pela qual atravessa o país, com repercussão direta 

na gradativa redução da OFERTA do PSI brasileiro no Mercado, refletida em frequentes fechamentos ou redução da Atividade por parte de importantes Haras, complementada pela gradativa diminuição da intensidade da DEMANDA, em razão da excessiva e gradativa redução da intensidade da PROCURA por importantes Proprietários que, com certa frequência, se afastam da Atividade Turfística!

5 – Na tentativa para amenizar o impacto negativo sobre a Criação do PSI no Brasil, na medida do possível, torna–se de capital importância o aproveitamento do PSI nascido no Brasil, que tenha cumprido uma Vitoriosa e Consistente Campanha nas pistas, concluídas sem Lesões de grande importância, a eles devendo se dar as indispensáveis oportunidades para que mostrem se poderão ser aproveitados como Reprodutores no âmbito da Criação nacional do PSI!

Devemos nos lembrar que um dos mais importantes da recente Criação nacional do PSI, foi o nosso excelente Reprodutor, CLACKSON!

Lembro, ainda, que temos jovens e potenciais Reprodutores, cujos Produtos vêm apresentando muito bons resultados em pista, como QUICK ROAD, TOP HAT, SETEMBRO CHOVE, OUT OF CONTROL, entre outros, e que nem sempre contam com as oportunidades mais adequadas, sempre em detrimento a Reprodutores estrangeiros, muitas vezes com menos Qualidade do que os nossos!

6 – Não quero, de forma alguma, desde que possível, desprezar a vinda de Reprodutores do Exterior, seja sob o Sistema de “shuttle”, seja por aquisição definitiva, mas preferencialmente, sejam selecionados Reprodutores portadores de “strains” (estirpes genéticas) típicos europeus, cujas características genéticas se ajustam adequadamente ao Modelo de Turfe europeu, exatamente o que é seguido pelo Modelo de Turfe praticado no Brasil, refletido no Traçado de nossos dois Hipódromos mais importantes, privilegiando, a pista de grama, com Curvas abertas, Retas longas e Calendário Clássico, onde encontramos as principais Provas previstas para a pista de grama e distâncias médias (1600 m) e mais longas (2000 m / 2400 m)!

7 – De forma alguma, devemos desprezar o qualificado Reprodutor portador do “strain” (estirpe genética) típico da Criação norte americana, pois a tendência, no âmbito da Criação internacional do PSI, adotada pela própria Criação europeia, é a de ajustar a mescla de “strains” europeus e norte–americanos, o que vem resultando em Produtos extraordinários em pista, como ZARKAVA, SEA THE STARS, FRANKEL, entre vários outros excelentes “racemares” e “racehorses” que brilharam em pista!

É de fundamental importância, entretanto, que não se confunda o conceito de “strain” com o de Nacionalidade, pois são dois conceitos bastante distintos, pois o primeiro se refere às características genéticas peculiares ou específicas de cada Reprodutor, enquanto o segundo refere–se, simplesmente, ao País onde o PSI nasceu, sendo que, frequentemente, confundem sua Nacionalidade com a do País em que serviu como Reprodutor, que nem sempre é a mesma!

8 – Este Artigo demonstra de forma inequívoca que nossa Criação mergulha, cada vez mais fundo, num processo que envolve o grave problema da CONSANGUINIDADE, bastando observar que dos 51 Reprodutores que integram o Grupo de Elite na Temporada de Monta de 2015, 33 deles (65%) são descendentes de NORTHERN DANCER (13 Reprodutores), de Mr. PROSPECTOR (19 Reprodutores) e de RAISE A NATIVE (1 Reprodutor)!

A CONSANGUINIDADE assinalada fica expressivamente intensificada, quando verificamos que Mr. PROSPECTOR é Filho de RAISE A NATIVE que, por sua vez, é Filho de NATIVE DANCER que, em última análise, é o Avô Materno de NORTHERN DANCER!

9 – Para acentuar ainda mais a grande influência dos Reprodutores descendentes pelo Alinhamento Masculino Paterno (“high line” dos Pedigrees) das três “Bloodlines” citadas no item anterior, no âmbito do Grupo de Elite, verifica–se que 1324 Matrizes (66%) do total de 2011 Matrizes servidas pelos 33 Reprodutores descendentes dessas três “Bloodlines” que integram o Grupo de Elite da Temporada de Monta de 2015, acentuam expressivamente o nível de Consanguinidade acima citado!

10 – Em decorrência do que foi exposto no item anterior, PREFERENCIALMENTE, devem ser incorporados à nossa Criação, Reprodutores de “Pedigrees Abertos”, ou seja, livres da presença de Reprodutores descendentes dessas três “Bloodlines”, ou seja, Mr. PROSPECTOR, RAISE A NATIVE e NORTHERN DANCER!

11 – Para facilitar a decisão dos Criadores brasileiros do PSI que levem em consideração este aspecto envolvendo o elevado nível de Consanguinidade, lembro que, apesar de mais raros, ainda podem ser encontrados Reprodutores descendentes das Linhagens pontuadas por St. SIMON, BLANDFORD, HYPERION, TOURBILLON, TEDDY, HIMYAR e de MAN O’ WAR!

Como um flagrante exemplo dessa característica genética refletida em seus respectivos Pedigrees, citamos dois dos mais expressivos e extraordinários “racehorses” nascidos no Brasil, livres de Reprodutores descendentes dessas três “Bloodlines”, ou seja, ITAJARA, na década de 70 e BAL A BALI, que concluiu recentemente sua Campanha nas pistas e que, para não sermos parciais e tendenciosos, apresenta uma única participação em sua 5ª Geração na Linha Baixa de seu Pedigree, ou seja, a única presença de NORTHERN DANCER no Pedigree de BAL A BALI, de qualquer forma, totalmente isento da presença de Mr. PROSPECTOR e de seu Pai, RAISE A NATIVE!

12 – Julgo de fundamental importância que os Criadores que estejam efetivamente preocupados em elevar o padrão de QUALIDADE dos Reprodutores que venham a atuar em nossa Criação do PSI, seja através do aproveitamento do PSI brasileiro, seja pela aquisição definitiva de Reprodutores do Exterior, ou pela vinda de Reprodutores pelo Sistema de “shuttle”, se reúnam em CONDOMÍNIOS, para que possam adotar o PSI de melhor Qualidade, diluindo os Custos dessas aquisições, e proporcionando o acesso a esses Reprodutores de melhor Qualidade a um número mais expressivo de Criadores que permaneçam em atividade!

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