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Colunista:

Fino Trato – Fenótipo, por Orlando Lima
23/02/2015 - 08h25min

FINO TRATO

FENÓTIPO

NOTA: 

Devo uma explicação aos Leitores da Coluna FINO TRATO, pois há cerca de 11 meses não escrevo um Artigo para o RAIA LEVE!

Nesse período, efetivamente e literalmente, além dos Trabalhos usuais de Consultoria que venho prestando para alguns Criadores e / ou Proprietários, envolvendo o Planejamento Genético, Análise de Pedigrees de Produtos inéditos inscritos em Leilões, assim como, a Supervisão do Condicionamento, Doma, Treinamento e Campanha de animais que indiquei para aquisição, consumiram o tempo disponível que eu poderia dedicar para a indispensável Pesquisa que costumam nortear meus Artigos!

Tenho a intenção de escrever, pelo menos, um Artigo a cada mês, dependendo da Carga de Trabalho que venha a ter ao longo deste ano de 2015.

Aproveito a oportunidade para desejar aos Leitores, um ANO NOVO com muita PAZ e SAÚDE e pleno de REALIZAÇÕES POSITIVAS! 


I – INTRODUÇÃO

Recebi um e.mail do leitor Eduardo Couto solicitando esclarecimentos sobre a drástica mudança no Fenótipo do Puro Sangue Inglês (PSI), sobretudo no da Criação brasileira, que vem sendo observada nestes últimos 25 anos.

Observou–se, nesse período, que o PORTE e sobretudo o PESO do PSI assumiram proporções avantajadas, tornando–se bastante comum encontrar o PSI, Macho e Fêmea, exibindo Peso de 500 Kg para mais!

Para entender, exatamente, o que vem ocorrendo, particularmente, com o PSI brasileiro, devemos procurar saber qual o Conceito e Abrangência de FENÓTIPO! 

Em última análise, FENÓTIPO abrange tudo que se refere ao Aspecto Físico do PSI, mais precisamente, à sua Aparência Externa, reportando–se, basicamente, às suas Características relacionadas com o PORTE, TIPO e PESO.

Torna–se de fundamental importância, entretanto, levar em consideração que estas Características Básicas não sejam julgadas isoladamente, mas relacionadas entre si, proporcionando o necessário e indispensável EQUILÍBRIO e HARMONIA dos Conjuntos Físicos que delineiam seu FENÓTIPO!

II – CONJUNTOS FÍSICOS

Tomado isoladamente, em meu julgamento, o Conjunto Físico mais influente para a performance do PSI em pista, por mais paradoxo que possa parecer à primeira vista é o CABEÇA / PESCOÇO, da maior importância para a desenvoltura da Mecânica de Movimentos do PSI em corrida, fato este amplamente visível no movimento pendular do fenomenal SECRETARIAT, possivelmente, o mais perfeito Fenótipo do PSI desde o século 20 e, particularmente, nos últimos 40 anos, e o mais relevante a ser considerado, por se tratar de um PSI de exatos 500 Kg, ou seja, de Porte e Peso muito avantajados para a sua época!

                                                   

SECRETARIAT

Este Conjunto Físico é tão importante e influente que até a Conformação e Inserção das ORELHAS pode denunciar a presença do “X Factor”, ou seja, o “Big Heart” (Coração de Grande Porte) na formação cromossomática do PSI, usualmente, um Fator de decisiva importância para o seu desempenho nas pistas, como foi observado, também, no fenomenal SECRETARIAT, até hoje, o detentor do Coração de maior porte encontrado num PSI!

Evidentemente, os demais Conjuntos Físicos que integram o Fenótipo do PSI, exercem papel de capital importância para o seu desempenho em pista e realização de Campanhas auspiciosas e consistentes, tais como, o Conjunto ANCA / PALETA, Perfil da Linha Dorsal, Abertura Peitoral, QUADRATURA refletida nas Linhas que ligam a CERNELHA ao extremo da ANCA, incluindo os MEMBROS INFERIORES (Pés e Mãos), a Angulação dos CURVILHÕES e os Aprumos de seus MEMBROS INFERIORES, sobretudo a posição e conformação de seus JOELHOS, além da conformação e consistência de seus CASCOS que, em última análise, exercem papel de grande importância para a desenvoltura do PSI nas pistas de corrida, sobretudo se, tomados em seu todo, apresentarem visível Equilíbrio e Harmonia entre si!

III – CARACTERÍSTICAS FÍSICAS BÁSICAS

Para se ter uma ideia básica do Fenótipo de um PSI, sem que se entre em detalhes mais expressivos de seus Conjuntos Físicos, devemos observar a descrição de suas Características Físicas Básicas, como segue:

PORTE – pode–se apresentar como AVANTAJADO (Grande), MÉDIO ou PEQUENO!

TIPO – pode se apresentar como COMPACTO, MÉDIO ou LONGILÍNEO!

PESO – pode se apresentar como ELEVADO (Pesado), MÉDIO ou LEVE!

Em geral, o PSI caracterizado como “sprinter”, especialista em distâncias curtas, é caracterizado pelo Porte Avantajado, Tipo Compacto e Peso Elevado, pois necessita de expressiva Massa Muscular, usualmente necessária para prover a explosão muscular exigida para boas performances nas distâncias mais curtas!

SOL DE ANGRA

O PSI caracterizado como “miler”, especialista em distâncias intermediárias, tendo como referência a milha, em geral, se apresenta com Porte, Tipo e Peso Médios!

                                                     

SNACK BAR

O PSI caracterizado como Fundista, especialista, no modelo de Turfe europeu, na distância clássica por excelência, ou seja a milha e meia (2400 m), pista de grama, costuma se apresentar com Porte Médio / Pequeno, Tipo Longilíneo e Peso Médio / Leve!

                                                         

GORYLLA

O Leitor mais interessado no detalhamento da relação do Fenótipo com o Alcance Estamínico (distância de preferência), poderá encontrar no último Artigo que escrevi para o RAIA LEVE, REPRODUTOR  X  MATRIZ, em 23.02.2014, uma descrição mais detalhada deste relacionamento.

Devo destacar e enfatizar, entretanto, que gradativamente, estes parâmetros se tornam progressivamente menos absolutos pois, repito e ressalto que o fundamental é o prevalecimento, em qualquer hipótese, do EQUILÍBRIO e HARMONIA dos Conjuntos Físicos que compõem o Fenótipo do PSI.

O que se observou ao longo dos tempos, tem sido que o desejado Equilíbrio e Harmonia dos Conjuntos Físicos, usualmente, costuma ser mais difícil de ser encontrado no PSI caracterizado pelo Porte Avantajado, Tipo Compacto e Peso Elevado, do que no PSI que exiba um Fenótipo mais atenuado em suas características básicas, parâmetro este que não se aplica ao PSI “sprinter”!

Até o início da década de 80, o PSI brasileiro, naturalmente seguindo o modelo do PSI europeu, que se destacava nas pistas, sobretudo nas distâncias mais longas, pesavam, em média, entre 440 e 460 Kg, sendo que o PSI que apresentava Peso superior a 470 Kg era considerado pesado!

Nesse período da Criação brasileira, portanto, predominava o PSI de Porte Médio, Tipo Longilíneo e Peso Médio tendendo para o Leve!

A partir da década de 90, como bem observou nosso leitor Eduardo Couto, boa parte do PSI brasileiro assumiu proporções em seu Fenótipo mais voltadas para o modelo do PSI norte americano, mais sintonizado com a Precocidade e a Velocidade em pistas de areia / sintéticas e, naturalmente, tornou–se comum observar, com expressiva frequência, o PSI brasileiro com Pesos acima dos 500 Kg!

A partir de meados da década de 80, começou a chegar, para servir na Criação brasileira, um número expressivo de Reprodutores norte americanos que, em conformidade com as características precípuas do modelo de Turfe praticado nos USA, privilegiam Porte Avantajado, Tipo Compacto e Peso Elevado, características estas voltadas para a Precocidade e Velocidade, ou seja, os dois predicados primordiais para o PSI criado nos USA!

Além dessa influência de embasamento genético, mas com repercussão direta no Fenótipo do PSI, há que se considerar, também, a expressiva evolução das condições Nutricionais voltadas para a Criação do Equino de Esporte, particularmente para o PSI, elevando consideravelmente o padrão de Qualidade de sua Alimentação!

Ocorreu, nesse período, que a maioria dos Reprodutores norte americanos que serviram na Criação brasileira, eram de qualidade, no mínimo, duvidosa, mas no que se refere ao Fenótipo, sem dúvida, influenciaram decisivamente para que boa parte do PSI brasileiros apresentasse Porte tendendo para o Avantajado, Tipo tendendo para o Compacto e Peso Elevado, ou seja, características, usualmente, não adequadas para o modelo de Turfe praticado no Brasil, que segue o modelo europeu de características diametralmente opostas ao modelo praticado nos USA, sobretudo no que se reporta ao PSI voltado para distâncias mais longas em pista de grama, privilegiadas no Calendário Clássico dos dois principais Hipódromos do Brasil!

O impacto da influência desses Reprodutores só não foi extrema, porque a maior parte do Plantel de Matrizes da Criação brasileira era de origem acentuadamente europeia, em geral, pautadas por Fenótipos com Características mais moderadas!

Mas como pode ser observado ainda hoje, boa parte dos Criadores brasileiros compraram a ideia do PSI Avantajado e Pesado e até hoje continuam criando com esse objetivo, o que pode ser constatado nos Leilões de Produtos inéditos, nos quais o próprio Leiloeiro enfatiza os Produtos com 500 Kg para mais que, por sua vez, costumam obter os preços mais elevados!

Torna–se de fundamental importância ressaltar que não estou pregando a apologia contra o PSI de Porte Avantajado, Tipo Compacto e Peso Elevado, características apropriadas para os “sprinters”, apenas procuro chamar a atenção que, usualmente, é mais difícil, mas não impossível, que o PSI com tais características apresente o Equilíbrio e Harmonia essenciais de seus Conjuntos Físicos, predicados fundamentais para que consigam resultados auspiciosos em Provas disputadas em distâncias mais longas!

Outro aspecto de relevante importância é que a maioria quase absoluta dos Reprodutores norte americanos que vieram a servir na Criação brasileira, nesse período, são descendentes de apenas duas “bloodlines” pontuadas, respectivamente, por NORTHERN DANCER e Mr. PROSPECTOR, determinando a elevação expressiva da Consanguinidade e, consequentemente, uma sensível perda do padrão de Vigor Híbrido (Resistência e Consistência) resultante do caldeamento das diversas raças equinas que forjaram o Puro Sangue Inglês desde a sua origem!

A consequência inevitável dessa alteração, ainda que parcial, no Fenótipo do PSI brasileiro, embora melhorando o seu nível de Precocidade e Velocidade, acentuou uma certa fragilidade de sua Estrutura Neuro–Óssea–Muscular, sobretudo se comparado com nosso PSI de cerca de 40 anos atrás, refletido nas longas e consistentes Campanhas do PSI daquela época, sobretudo se comparadas com as Campanhas mais curtas e vulneráveis do PSI brasileiro da atualidade, sendo que os raros que chegam a correr aos 5 e 6 anos, em sua grande maioria, já estão comprometidos em seus Locomotores!

Estamos diante, portanto, de um flagrante contra senso, pois o Peso Elevado de um PSI da atualidade, certamente vem contribuindo para aumentar sua vulnerabilidade física, o que explica as Campanhas acentuadamente curtas!

A Criação europeia, em particular a Criação alemã, sempre teve como foco primordial o Fenótipo do seu PSI, primando pelo Equilíbrio e Harmonia de seus Conjuntos Físicos e pela correção de seus Aprumos, não importando os parâmetros de suas características básicas, ou seja, Porte, Tipo e Peso!

Há cerca de uma década, a Criação europeia vem adotando uma fórmula responsável pela maior parte dos PSI que vêm se destacando nas pistas, promovendo o “blending” (mistura) dos melhores “strains” (estirpes genéticas) típicos da Criação europeia e da Criação norte americana, com repercussão no Fenótipo desses diferenciados PSI, agregando Precocidade, Velocidade e Stamina, a Portes Médios, tendendo para o Avantajado, Tipo Médio / Longilíneo e Peso compatível com seu Porte e Tipo, mas acima de tudo, evidenciando perfeito Equilíbrio e flagrante Harmonia de seus Conjuntos Físicos, além de Aprumos com Conformação Correta!

A notícia boa é que, nos últimos 4 anos, a Criação brasileira importou alguns Reprodutores de origem europeia, procurando recalibrar seu “Bloodstock”, enquanto a notícia ruim é que, a partir desta última Temporada de Monta de 2014, as autoridades do Turfe europeu proibiram a vinda, no regime de “shuttle”, de Reprodutores para o Brasil, em razão do Mormo!

Enquanto estiver vigente essa proibição, resta à Criação brasileira, procurar a aquisição definitiva de Reprodutores de origem europeia, ou praticar a vinda em “shuttle” de Reprodutores sediados nos USA, preferencialmente, descendentes de “Bloodlines” caracterizadas por “strains” típicos europeus, como os descendentes de PLEASANT COLONY, NASRULLAH, TUDOR MINSTREL e DAMASCUS!

                                               

NEW COLONY (PLEASANT COLONY)

                                                  

PUBLIC PURSE (DAMASCUS) 

No que se reporta ao Reprodutor com “strain” típico norte americano, recomendo que sejam trazidos, seja por “shuttle”, seja em definitivo, descendentes das “Bloodlines” referenciadas por A.P.INDY, ACK ACK, GREAT ABOVE (HOLLY BULL), IN REALITY e, sobretudo, BUCKPASSER!

                                                      

DUBAI DUST (ACK ACK)

MACHO UNO (GREAT ABOVE)

                                                   

PUT IT BACK (IN REALITY)

                                                     

SPEND A BUCK (BUCKPASSER)      

Evidentemente, a orientação contemplada nos três últimos parágrafos envolve Aspectos caráter GENÉTICO mas, em qualquer hipótese, destaco, ressalto e enfatizo, que deve ser dada a maior atenção ao EQUILÍBRIO e HARMONIA dos CONJUNTOS FÍSICOS e, consequentemente, do FENÓTIPO dos Reprodutores que venham a servir na Criação brasileira do PSI! 

Autor: Orlando Lima

e.mail: omlimapsi@gmail.com

blog: www.goldblendconsultoria.blogspot.com

Acesso pelo RAIA LEVE: Links / Brasil / Consultoria Goldblend



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