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Provas de Grupo, por Ivamar 29/08/2006 - 18h55min
Americanas dominam
clássico
Domingo, no Hipódromo da Gávea, éguas de 4 anos e mais idade disputaram os 2.000 metros
do GP Duque de Caxias (GII), outrora muito importante, antes da criação, em 1979, de uma grande prova para fêmeas,
a ser corrida na semana do GP Brasil. Isso é constatado examinando–se nomes de ganhadoras anteriores àquela data
(Tirolesa, Fanfan, Uja, Turqueza, Clareira, Valence, Althéa, Lausanne, Liberté, Gas Mask, Elisie, Bac etc).
Atualmente, deveria ser do Grupo III.
Pelo exposto, fica explicada a fraqueza dos campos, incluindo o
deste ano, no qual figurava apenas uma ganhadora de grupo, Jénufa, entre as dez inscritas. A candidata do
retrospecto, americana de 4 anos, ESTRELA BRYNHILD (Lion Cavern e Sweet Song, por Dixieland Band) venceu com
firmeza, por um corpo, resistindo à atropelada da também americana, de 5 anos, KERMITA (Sandpit). Próximas, mas
sem dar grande impressão, ETERNIDADE (Romarin), de 4 anos, JÉNUFA (Dubai Dust), de 5, e FOREVER BLUE (Roi
Normand), de 4.
Estrela Brynhild, criação do Domino Stud Of Lexington, LLC, e propriedade do Stud
Estrela Energia, teve a condução de Alex Mota, sendo treinada por Cosme Morgado Neto. Registrou 2Â’00”19, na grama
leve, marca apenas razoável. Foi a terceira vitória, primeira clássica, em seis atuações.
Top
Hat quase perde
Sábado, no Hipódromo Paulistano, produtos de 4 anos e mais idade disputaram os
2.000 metros do Clássico Cândido Egydio de Souza Aranha (L), que pela sua graduação, normalmente, deveria ter em
seu campo apenas elementos do segundo time de corredores de São Paulo, mas acabou tendo a participação de dois
ganhadores de Grupo I, que acabaram terminando em primeiro e terceiro.
Por suas recentes corridas, o 4
anos TOP HAT (Royal Academy e Tavira, por Effervescing), com toda a razão foi o favorito. E venceu. Seu êxito,
porém, deixou a desejar. Com alguns metros a mais seria surpreendido por TANGO DI GARDEL (Blush Rambler), que
vinha de ganhar, sem chamar a atenção, o páreo de uma vitória. Este segundo lugar foi uma atuação boa
demais, considerando–se a diferença de turmas, mas como ele, a exemplo do vencedor, tem 4 anos, e os demais
chegaram afastados, não é absurdo argumentar–se que houve uma súbita evolução. Alguns comentaristas vão alegar que
a corrida menor do recordista dos 2.000 metros se deve ao fato de ter sido perseguido insistentemente pelo faixa
do segundo, Jotabe Clark, nos primeiros 1.400 metros, e outros, que está desgastado pelas quatro recentes
corridas, nas quais enfrentou os melhores do país, em páreos, logicamente, fortíssimos. São conjecturas que
só o tempo poderá elucidar. Completando o marcador, ZITROMAX (Quinze Quilates), KING NORMAND (Roi
Normand) e PANTALEON (New Colony), todos de 4 anos.
Top Hat, criação do Haras São José da Serra e
propriedade do Stud JCM, teve a condução de Nelito Cunha, sendo treinado por João Macedo. Registrou 2Â’00”192, na
grama leve, com cerca móvel.
Próximas atrações
São
Paulo
Sábado, na grama do Hipódromo Paulistano, uma das provas mais expressivas do turfe
brasileiro, o GP Ipiranga (GI), primeira etapa da Quádrupla Coroa, para produtos de 3 anos. Como em eventos
similares em quase todos os hipódromos do mundo, a distância é a milha. Apesar de ausentes Yorokobi, Quick
Gipsy e Out of Control, o campo (o menor em muitos e muitos anos) está excelente. Os destaques são Tudo Azul,
Quick Road, Amigo Peru e Quick Hawk, embora outros possam se revelar.
Ainda no sábado, mais duas provas
clássicas, a saber: GP Independência (GIII), 1.000 metros, grama, que este ano não é aberto aos velocistas machos
(de 3 anos e mais) e sim às fêmeas. Campo interessante, onde se destacam Xábega, Tomorrow Morning, Marbella
Star, Marinha Real, Bombilla e a potranca Alta Madrugada. E os 1.400 metros, grama, do Clássico Prefeito do
Município de São Paulo (L), que até ano passado era para milheiros. Um campo apenas sofrível.
Domingo
será corrido o GP Paulo José da Costa (GIII), em 1.900 metros, areia, com a condição de chamada modificada para
potrancas de 3 anos, que parece ter a finalidade de dar oportunidade às que não correm bem na grama. Como as
melhores, até agora, vão correr uma semana depois na segunda prova da Tríplice Coroa, o campo, de apenas quatro
candidatas, não apresenta nenhuma ganhadora clássica. Registre–se, no entanto, que dele consta a invicta
Scalinatella, bisneta da extraordinária Emerald Hill.
Também no domingo, a nova Prova Especial
Comunidade Judaica, em 1.000 metros, grama, opção para os velocistas machos, de 3 anos e mais
idade.
Rio de Janeiro
Domingo, no Hipódromo da Gávea, produtos de 3 anos e mais idade
vão se defrontar na milha, grama, do GP José Carlos e João José de Figueiredo (GIII). Campo cheio, com 15
candidatos e muito equilíbrio. Destacam–se O Dragão, Future, Starve Runner, London Leader e Fly Dorcego. De
qualquer forma, outros podem perfeitamente surpreender, como Right Special, Ojos Claros e, principalmente, Premier
Plan, este fazendo novo teste na grama.
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