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Floreando, por Milton Lodi 15/12/2011 - 15h16min
GP BENTO GONÇALVES 2011
No domingo dia 20 de novembro, o Jockey Club do Rio Grande de Sul promoveu a sua prova anual maior. O que se viu foi de entusiasmar. Uma enorme afluência de público. O Hipódromo completamente lotado, gente de todos os cantos do Estado, que encontrou uma festa turfística entusiasmada. Houve uma aplaudida preocupação no respeito aos horários pré–determinados, um adequado respeito ao público, e enquanto isso foi possível tudo correu como determinado. O atraso que depois da primeira metade do programa se verificou foi uma conseqüência do grande volume de apostas e do público presente ao hipódromo, um entusiasmo que proporcionou um espetacular, mas previsto movimento geral das apostas de mais de 1 milhão de reais. Foi uma ótima festa turfística, alegre e entusiasmada.
Um programa de doze páreos, em pistas de areia e de grama que estavam secas, e se cabe algum reparo, a areia poderia ter sido superficialmente molhada para evitar a poeira. As partidas foram boas, os percursos limpos e, os resultados sem contestações.
O prestigiamento dos proprietários e dos profissionais “forasteiros” foi grande. Do Rio foram os jóqueis C.Lavor, D.Duarte, M.Mazini e H.Fernandes; de São Paulo foram L.Duarte, V.Leal, F.Leandro e I.Santana, todos do primeiro plano. Luiz Duarte venceu um páreo comum, montando um potro (Azul Águila) muito promissor e que venceu por vários corpos em tempo igual ao recorde, que não foi batido, porque o Duarte diminuiu propositadamente o ritmo ante a fácil e enorme vantagem. Dalto Duarte venceu os 1.600m do Presidente da República e os 2.000m do Luiz Fernando Cirne Lima, e chegou em 2º no páreo de velocidade, o ABCPCC. Marcos Mazini venceu os 2.400m do Bento.
O grande destaque entre os treinadores foi o carioca Dulcino Guignoni, que levou corredores para os quatro grandes prêmios, vencendo três e tirando um segundo. O proprietário da Coudelaria Barcelona venceu os 1.600m do Presidente da República e os 2.400m do Bento. As taças e prêmios desse tipo foram entregues na raia junto ao disco de chegada, logo após a confirmação dos páreos, já que a habitual invasão de populares na ânsia de saírem inadequadamente nas fotografias impossibilitou a utilização da vulgarmente chamada de Praça da Alegria, local apropriado para as fotografias e comemorações.
Os presidentes dos Jockeys Clubs Brasileiro, de São Paulo e do Paraná não compareceram, mas deram os seus apoios ao Jockey Club do Rio Grande do Sul não realizando corridas no mesmo dia, deixando a data livre só para os gaúchos.
A satisfação geral, os evidentes resultados do trabalho de uma Diretoria adequada e trabalhadora proporcionaram uma agradabilíssima tarde de turfe, que contou na parte social com um concurso de chapéus na Tribuna de Honra, no Salão Amarelo, entre as senhoras que os usavam. Foi um momento bonito, vestidos e chapéus de muito bom gosto deram um encanto especial ao setor social.
Os “cariocas” levaram vantagens dessa vez. Nos quatro grandes prêmios, D.Duarte venceu dois e tirou um segundo. M.Mazini venceu o Bento. No Bento, o vencedor foi treinado por D.Guignoni e o segundo por V.Nahid, oriundos o primeiro do Centro de Treinamento de Teresópolis e o segundo de outro Centro de Treinamento da zona de Petrópolis.
O campo do Bento foi bom, nada de perdedores e/ou de somente ganhadores de provas comuns. O nº. 1 Grapette Repete, que foi o 2º colocado, tinha campanha na Gávea com três vitórias comuns e figurações em provas de Grupo (3º em G.2 e 5º em G.2) – o nº. 2 tinha campanha no Tarumã, com 5 apresentações, 2 vitórias e 3 colocações – o nº. 3, 3º colocado, era um invicto (no Cristal) em 7 apresentações, um tríplice coroado no JCRGS, sendo 3 vitórias em clássicos locais – o nº. 4 foi o vencedor Stockholder, de criação do Haras São José da Serra e propriedade da Coudelaria Barcelona, com campanha na Gávea, com 9 apresentações e 4 vitórias, sendo um Clássico (Prova Listada) e um 2º em G.3 – o nº. 5 tinha campanha em Cidade Jardim, e em 26 apresentações havia vencido 6 provas comuns – o nº. 6 havia corrido 4 vezes no Cristal, com 2 vitórias comuns – o nº. 7 com campanha em Cidade Jardim, havia corrido 9 vezes, com 2 vitórias e 7 colocações (5º em G.3) – o nº. 8 havia corrido 2 vezes no Tarumã para obter 1 colocação, e depois foi para a Gávea, com uma campanha total constituída por 23 apresentações com 6 vitórias comuns na Gávea e um 3º no GP Paraná (dito de G.1)– o nº 9 havia corrido 29 vezes para obter 13 vitórias em Cidade Jardim, 1 vitória em Grande Prêmio em Pelotas.
Uma simples apreciação das performances mostra que o resultado do Bento de 2011, em termos de qualidade, foi justo.
Voltarei ao assunto em Reflexos do Bento 2011.

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