Sparkling Gold vence Grande Prêmio sem expressão

Sábado, em São Paulo, foi realizado o GP Presidente Roberto Alves de Almeida, promovido este ano a Grupo II. Deveria ser prova importante, por sua grupagem, no entanto o campo foi muito fraco, como acontecera com o GP Marciano de Aguiar Moreira, uma semana antes, na Gávea. Tanto no páreo carioca, como no paulista, apenas uma ganhadora de prova de grupo. No paulista, só Navegantes tinha esse status, e assim mesmo, vencera um Grupo III inexpressivo.

A vitória, fácil, ficou com SPARKLING GOLD (First American e Ibush, por At Ease), de 3 anos, que tinha apenas uma vitória comum em oito apresentações. Resta aguardar para sabermos se esta vitória será confirmada. HAY LUZ DELSOL (Astor Place) e CRAZY JET (Notation), também de 3 anos, terminaram em segundo e terceiro, sem impressionar, e NAVEGANTES (Patio de Naranjos), de 4 anos, chegou em quarto, longe. A quinta colocada foi a potranca ZAYA (Norba), muito leve, o que não a beneficiou em nada, mostrando, mais uma vez, que os 2 anos não têm maturidade para enfrentar os mais velhos, a não ser, às vezes, em distâncias curtas.

Sparkling Gold, criação e propriedade do Haras Santa Luzia da Água Branca,  recebeu a direção de José Aparecido, é treinada por Wanildo Garcia Tosta e marcou 1’37"017, na milha, areia molhada.. 

Em páreo fraco, Alucard consegue vitória clássica

Na Gávea, domingo, foi disputado, pela primeira vez, o GP Professor Nova Monteiro. Sendo prova do Grupo III, pode–se dizer que seu campo foi muito fraco. Apenas um ganhador de grupo, o decadente Eagle Pines, que após a vitória no GP Bento Gonçalves (GI) nunca mais confirmou a atuação. Dos restantes, nove candidatos, seis não tinham sequer colocação clássica, inclusive o ganhador.

Vitória firme, obtida por quase um corpo, de ALUCARD (Patio de Naranjos e Audacity, por Clackson). LÍRICO (Astor Place) ficou na formação da dupla, um corpo à frente de POETISCH (Roi Normand). Os demais chegaram longe. CAPITÃO GANCHO (Yagli) e ABSOLUT (Shudanz) completaram o marcador.

O ganhador, criação do Haras Santarém e propriedade do Stud Transilvânia, foi dirigido por Carlos Lavor e apresentado por Oswaldo Ulloa Neto. A distância de 2.000 metros, na areia leve, pela variante, foi percorrida em 2’07"32, tempo fraco. Em 12 vezes, Alucard obteve quatro êxitos, inclusive este, seu primeiro triunfo clássico.

Onward Royal: batismo clássico

No Hipódromo da Gávea, sábado, foi corrido o Clássico Nelson Pereira, em 1.600 metros, na grama. Campo de acordo com sua classificação. Um ganhador de Grupo II, dois de prova do calendário clássico, e apenas um sem colocação clássica. Em se tratando de Listed Race, corredores bem interessantes.

Êxito autoritário de ONWARD ROYAL (Royal Academy e Cabaret Queen, por Gone West), 4 anos, de curta campanha, que venceu de ponta a ponta. FRISSON PORTENHO (Missionary), de 3 anos, e OCTAHEDRON (Jules), de 4, segundo e terceiro colocados, também agradaram. PARANÁ GUAZÚ (Ski Champ) e EARNER (Kenético), ambos de 4 anos, completaram o marcador, próximos. Trice Fitz, o sexto, atrasou–se após a partida, e Ojos Claros chegou em último, atuação que não pode ser levada em consideração.

Onward Royal, criação e propriedade do Haras Santa Maria de Araras, foi conduzido por Antônio Correia da Silva, é treinado por Roberto Morgado Neto e assinalou 1’36"13, na pista leve, com cerca móvel. Um bom tempo. Foi a quarta vitória, primeira clássica, em 10 atuações.

Old Gipsy, como sempre, um show

Domingo, em São Paulo, foi realizada a nova Prova Especial José Eugênio de Rezende Barbosa, em 1.200 metros. Nela, o campeão velocista OLD GIPSY (American Gipsy e She Drives, por Houston), 4 anos, deu mais um galope de saúde, contra adversários fracos, para ganhar um prêmio de R$ 6.000,00. Entre os ganhadores clássicos da semana, inclusive Sparkling Gold e Alucard, que venceram prova de grupo, foi o único que já deu mostras inequívocas de ser corredor incomum. Desde que programadas provas de grupo para velocistas, na areia, Old Gipsy, certamente, ganharia todas.

Os outros concorrentes foram coadjuvantes privilegiados do craque. NÍTIDO E CLARO (Purple Mountain), de 3 anos, e QUE PESTO (Jules), de 2, correram bem,  terminando em segundo e terceiro. Este demonstrou ser promissor (desde que não sinta  o esforço...). Os outros potros, Sib Lark e Calling Music, nada fizeram. Completaram o marcador COSSETE (Rafa Boy), de 4 anos, e JATO FORTE (Romarin), de 3.

Old Gipsy, criação e propriedade do Haras Anderson, foi dirigido por Waldomiro Blandi, sendo treinado por Marcos Olguin. Tempo marcado: 1’09"771, na areia molhada, muito bom.

Italian Friend vence e convence

Sábado, em São Paulo, foi realizada também a Prova Especial Renato Junqueira Netto, que este passou de 1.600 para 1.500 metros, sem dúvida ótima decisão da Comissão Técnica, pois na areia o local de partida dos 1.600 metros não é, tecnicamente, aconselhável.

O 5 anos ITALIAN FRIEND (Ghadeer e Que Normand, por Roi Normand) venceu com facilidade, confirmando sua condição de cavalo de melhor categoria entre os concorrentes. Lutando pela segunda colocação, terminaram, na ordem, KATZIN (Dodge), de 3 anos, que correu na ponta, e GOING AWAY (Roi Normand), de 4. Completando o marcador, BIGBEN DO GEGÊ (Last Tango), de 3 anos, e MR  MAC CARTER (Coax Me Clyde), de 5.

Italian Friend, criação do Haras Old Friends e propriedade do Haras Europa, foi dirigido por José Aparecido, sendo treinado por Alexandre Garcia Saldanha Correa. Tempo marcado: 1’29"424, na areia molhada, razoável.

Chez Dauphine, vencedora em bonita atropelada

Sábado, no Hipódromo da Gávea, também foi corrida a Prova Especial João Vieira, para potrancas de 3 anos, em 1.500 metros, grama, sem nenhuma função, confundindo–se com qualquer páreo de pesos especiais.

Em forte atropelada, CHEZ DAUPHINE (Round Hill e Giant Size, por Bright Again) dominou, nos últimos instantes, RANGER GIRL (Midnight Tiger), que parecia vencedora. Em terceiro, quarto e quinto, próximas, VOCÊ (Music Prospector), a americana ESTRELA BRYNHILD (Lion Cavern) e NETA DO HEATHEN (Mensageiro Alado).

Chez Dauphine, que obteve a segunda vitória, primeira clássica, em 12 atuações, é criação e propriedade do Haras Doce Vale, foi dirigida por Dalto Duarte e seu treinador é Adail Oliveira. Tempo de 1’29"94, na grama leve, com cerca móvel.

Próximas atrações

São Paulo

Sábado,  os turfistas assistirão ao GP José Paulino Nogueira (GIII), em 2.400 metros, grama, para éguas de 3 anos e mais idade, que geralmente é vencido por uma boa corredora. Este ano, porém, o campo não está forte, havendo destaque de Queen Maud, caso confirme a vitória e, principalmente, o tempo excepcional assinalado em sua última corrida. Também reservado às fêmeas (mas de 2 anos e mais idade), teremos o Clássico Edmundo Pires de Oliveira Dias (L). Como as mais velhas são muito fracas, a força é a 2 anos Baby Victory, que perdeu a liderança da turma, recentemente, em corrida anormal.

Rio de Janeiro

Não havendo corridas domingo, os dois clássicos cariocas serão disputados sábado. Ambos, para produtos de 3 anos e mais idade. O Clássico José Paulino Nogueira (L), milha, areia, surpreendentemente cheio, tem como destaques Laurenciano,  Golden Mountain, Maçaranduba, Royal Boy, Neck Welsh e Outer Stage. Já no Clássico Eurico Solanés (L), em 1.300 metros, na grama, o equilíbrio é a tônica.

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