Colunista:
Saúde Equina, por Tony Gusso 11/10/2011 - 10h56min
DIARRÉIA
A diarréia, que é o aumento do número de evacuações e/ou sua quantidade, com presença de fezes pastosas ou de amolecidas a líquidas, causa grande perda de líquido e eletrólitos com esgotamento e claro desânimo do animal.
Pode ter origem em problemas gástricos, gastrointestinais, nutricionais com alimentações de baixa qualidade, estresse, uso de antiinflamatórios ou antibióticos que possam irritar a mucosa intestinal, ação de bactérias em desequilíbrio do próprio sistema digestório ou infecção por bactérias diferentes a este sistema, vírus, algumas verminoses e as idiopáticas, ou seja, aquelas sem causa definida.
Apesar de comum a muitos animais e inclusive ao Humano, a diarréia tem grande importância clínica pelo número de possibilidades envolvendo sua causa e como ela se manifesta debilitando o animal. Uma característica importante é a perda considerável de eletrólitos como cloro, potássio, cloreto, sódio, fósforo, cálcio e magnésio. Os sinais clínicos são emagrecimento progressivo, desidratação, aumento da frequência cardíaca e respiratória e apatia. Alguns casos envolve febre, falta de apetite e manifestação de doenças secundárias associadas pela queda do sistema imunológico e nas situações graves com grande quantidade de dias do quadro diarreico e fezes enegrecidas ou com sangue o óbito poderá ocorrer pela dificuldade do organismo do animal em se recuperar e adaptar a esta situação.
O exame clínico com boa auscultação intestinal, além dos exames laboratoriais como hemograma completo, exame das fezes, bioquímicos para avaliação do fígado, rim e hemogasometria são opções do veterinário, quando achar necessário, na tentativa de se realizar o melhor diagnóstico, tratamento e prognóstico. Em alguns casos podemos fazer uso da laparoscopia exploratória para uma boa visualização do intestino, dando ainda mais subsídios para um prognóstico mais preciso.
O tratamento consiste basicamente em se manter o animal equilibrado, ou seja, fluidoterapia com reposição de eletrólitos, boa alimentação e ingestão de água. Associado ao descrito acima, podemos usar o plasma endovenoso, medicamentos antidiarreicos, moduladores da motilidade intestinal e alguns relaxantes, vermífugos, probióticos, antibióticos e antiinflamatórios. Cada caso é um caso, não existindo receita pronta de tratamento.
Consulte sempre seu médico veterinário. Somente ele poderá ajudar o seu animal da melhor forma, deixando e mantendo sua saúde plena.
Dr. Tony Gusso – tonygusso@terra.com.br Médico Veterinário Especialista em Clínica e Cirurgia de Equinos
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