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Colunista:

CONCLUSÃO SOBRE A SÉRIE DE REPRODUTORES PARA 2011 – PARTE 16
08/11/2010 - 15h20min

CONCLUSÃO SOBRE A SÉRIE DE REPRODUTORES PARA 2011 – PARTE 16

I – INTRODUÇÃO

Torna–se de fundamental importância chamar a atenção para o fato de que vários Reprodutores já consagrados, não foram indicados porque seriam inviáveis, em razão do elevado preço de suas coberturas, e porque não seriam disponibilizados por seus Proprietários, face aos riscos de seus deslocamentos nas viagens de “shuttle”.

Como exemplo desses valiosos Reprodutores, podemos citar GALILEO, DALAKHANI, MONTJEU, INVINCIBLE SPIRIT, A.P.INDY, CADEAUX GENEREUX, GREEN DESERT, alguns dos quais, além de consagrados, também já se encontram com idade avançada, praticamente impedindo seus deslocamentos para países do Hemisfério Sul.

A vinda de Reprodutores sediados em países do Hemisfério Norte para países do Hemisfério Sul, torna–se um efetivo instrumento para elevar a média da qualidade genética da Criação do PSI de um país do Hemisfério Sul, como o Brasil, tendo em vista que, de uma forma geral, os melhores Reprodutores, seja para a Criação nos moldes do Turfe europeu, seja para a Criação nos moldes do Turfe norte americano, encontram–se sediados em países do Hemisfério Norte.

Deve–se ressaltar, também que, na seleção dos Reprodutores sugeridos, adotamos critérios voltados para o melhor “encaixe genético” possível, observadas as condições de viabilidade da Criação nacional, com as características genéticas de nosso “Bloodstock”, refletido no Plantel de Matrizes de nossa Criação.

Para atender a esse objetivo primordial na indicação dos Reprodutores sugeridos nesta série de Artigos, colocamos para cada um deles, as Linhagens de Referência e respectivas “Bloodlines” e Alinhamentos das quais descendem pelo Alinhamento Masculino Paterno (“high line” de seus pedigrees).

II – MEIO AMBIENTE

Reprodutores importados de países do Hemisfério Norte para países do Hemisfério Sul, no regime de “shuttle”, muitas vezes, não correspondem, integralmente, à expectativa neles depositadas, no que se reporta aos resultados obtidos por seus Produtos nas pistas de corrida, sobretudo, quando portadores de resultados convincentes, como Reprodutores, em seus países de origem.

Em meu julgamento, a causa primordial dessa decepção, quando eventualmente venha a ocorrer, deve–se à ausência total ou parcial de ADAPTAÇÂO ao MEIO AMBIENTE das regiões do Hemisfério Sul, onde está localizada a grande maioria dos Haras de Criação do PSI no Brasil.

Considero que a dificuldade de adaptação ao Meio Ambiente do Hemisfério Sul, tão comum e freqüente em animais nascidos e treinados no Hemisfério Norte, deva–se a uma expressiva dificuldade, para a um PSI nascido e criado num Meio Ambiente com determinadas características de Clima, Solo e Água, para se adaptar, em sua plenitude, a um Meio Ambiente distinto, sobretudo, quando o período para essa adaptação é muito curto, o que pode ocorrer com Reprodutores trazidos ao Brasil para Temporadas de Monta sob o regime de “shuttle”.

De qualquer forma, alguns desses Reprodutores conseguem uma adaptação mais rápida e mais completa, refletindo–se num índice de melhor aproveitamento de seus Produtos nas pistas de corrida, caso típico de ROYAL ACADEMY.

Outro aspecto a ser considerado, no desempenho de um Reprodutor em “shuttle”, refere–se ao aspecto financeiro, envolvendo a viabilidade dessa importação temporária, e que está diretamente correlacionada com o número de Matrizes que vier a servir, a cada Temporada de Monta.

Há que se considerar, também, que nem todos os Produtos gerados terão bons resultados nas pistas de corrida, uma vez que, nem todas as Matrizes servidas serão compatíveis, em seus Genótipos e Fenótipos, com os Genótipos e Fenótipos desses Reprodutores, pois boa parte dessas coberturas atenderam a aspectos meramente comerciais, sem que haja qualquer estudo e análise para o Planejamento Genético da Matriz.

Deve ser ressaltado, entretanto, que mesmo os Reprodutores trazidos no regime de “shuttle”, que não corresponderam às expectativas neles depositadas em razão de resultados obtidos pistas por parte de seus Produtos, deixarão um ponderável benefício para a Criação nacional, tendo em vista que, usualmente, transmitem “strains” (estirpes) de muito boa qualidade, sobretudo para suas filhas, que serão as futuras Matrizes que integrarão nosso “Bloodstock”, promovendo o “up grade” indispensável de nossa Criação do PSI.

Assim sendo, a vinda de bons Reprodutores sediados no Hemisfério Norte para o Brasil, é de capital importância para que possamos elevar o padrão de qualidade genética de nossa Criação, tanto sob o aspecto genético propriamente dito, quanto no aspecto econômico–financeiro, viabilizando a vinda desses Reprodutores.

Trata–se, portanto, de uma prática que deve ser incentivada, pois é a única maneira viável, de qualificar nossa Criação do PSI, a curto e médio prazo.

III – A CRIAÇÃO DO PSI

O Criador do PSI, para obter resultados compensadores nas pistas de corrida, necessariamente, deve seguir procedimentos que integram um Planejamento Genético, cujas Etapas devem ser conhecidas e cumpridas fielmente, na sequência adequada.

Acho importante ressaltar as Etapas que compõem o Planejamento Genético, em toda a sua extensão, o que permitirá ao Criador vislumbrar o caminho que aumentará sua probabilidade, na freqüência desejada, para conseguir resultados compensadores nas pistas de corrida, por parte dos Produtos criados em conformidade com este Sistema:

1ª – Análise e seleção da Matriz, por seu Genótipo, Fenótipo e Família Materna;

2ª – Seleção do Reprodutor, pelo “encaixe genético e físico” mais adequado, com a Matriz, em função do Alcance Estamínico do Produto Planejado;

3ª – Qualidade da Criação e Desenvolvimento do Produto;

4ª – Pré–Condicionamento;

5ª – Doma;

6ª – Condicionamento Final.

Para um Planejamento Genético completo, todas estas Etapas devem ser fielmente cumpridas, para que o Produto possa ser entregue ao Treinador, totalmente preparado para resistir, sem maiores problemas, ao rigor do treinamento que antecederá sua estréia nas pistas de corrida e cumprir uma Campanha sem problemas ou, pelo menos, com problemas atenuados que não impeçam o desenvolvimento normal de sua Campanha.  

IV – O REPRODUTOR SEDIADO NO BRASIL

Não resta dúvida que o Reprodutor sediado no Brasil, leva uma vantagem, no que se refere à sua integral adaptação ao Meio Ambiente da região onde está localizado o Haras onde permanece sediado.

No que se refere ao Reprodutor estrangeiro, sobretudo ao nascido no Hemisfério Norte, sua vantagem sobre um Reprodutor servindo no regime de “shuttle”, está sintonizada com sua melhor adaptação ao Meio Ambiente da região onde estará sediado.

Em compensação o Reprodutor sob o regime de “shuttle” leva a vantagem, pelo menos teórica, por se tratar, usualmente, de um Reprodutor com melhores credenciais genéticas e de campanha nas pistas de corrida, às vezes já comprovados como Reprodutores, pois com estas credenciais tornam–se inviáveis, em termos de custos, para que venham a ser adquiridos definitivamente por Criadores brasileiros.

Neste sentido, o aproveitamento do Reprodutor brasileiro, com destacada campanha nas pistas de corrida, com muito bom potencial genético (Genótipo) e perfil físico (Fenótipo), deve ser, no mínimo, experimentado, através de cruzamentos bem estudados, sob um criterioso Planejamento Genético, para que, efetivamente, possam mostrar todo o seu potencial, refletido em seus Produtos, e nos resultados que estes Produtos venham a obter nas pistas de corrida.

Fazendo um paralelo com o Futebol, o aproveitamento do bom PSI nacional como Reprodutor, equivale ao Clube de Futebol que, sem as condições financeiras indispensáveis para realizar contratações de jogadores de elite, apela para sua categoria de base, para preencher as lacunas de seu elenco principal.

O PSI nascido e criado no Brasil, com bom desempenho nas pistas, com Genótipo e Fenótipo compatíveis com seu Alcance Estamínico e ajustado para o seu melhor aproveitamento, sobretudo para atender às características do modelo de Turfe europeu, ou que, pelo menos, traga em seu Genótipo “strains” altamente qualificados, típicos da Criação norte americana, reúne todas as condições necessárias para que possa se tornar um bom Reprodutor, com a grande vantagem de apresentar custos irrisórios para o seu aproveitamento nesta fundamental e importante função.

Precisamos do Reprodutor estrangeiro? Sem dúvida, ainda precisamos!

O regime do “shuttle” é um efetivo e prático instrumento para obter os Serviços de Reprodutores conceituados? Sem dúvida que é!

O Reprodutor estrangeiro adquirido em definitivo poderá ser um expressivo instrumento para melhorar o padrão de qualidade de nossa Criação? Depende do nível de qualidade de seu Genótipo, Fenótipo, Campanha nas pistas e de seu Custo / Benefício.

Há uma forte tendência do Criador brasileiro em menosprezar o PSI nacional para o seu aproveitamento como Reprodutor, muitas vezes, em detrimento de Reprodutores estrangeiros de menor qualificação genética e de pior campanha nas pistas, trazidos ao Brasil, unicamente, por serem estrangeiros.

Enquanto isso, temos Reprodutores nacionais com campanhas de excelente nível de qualidade, seja no Brasil, ou mesmo, no Exterior, sem oportunidades compatíveis com seu potencial genético e físico e sua campanha nas pistas, vencedores de nossas principais Provas (GP Major Suckow, GP Proclamação da República, GP’s Presidente da República, GP São Paulo, GP Brasil, Tríplices Coroados no RJ e em SP) e até mesmo, vencedor do GP Carlos Pellegrini, na Argentina.

V – DUPLICAÇÕES E “OUTCROSS”

Comenta–se e discute–se muito, no âmbito da Criação do PSI, sobre vantagens e desvantagens das Duplicações (inbreedings e linebreedings) em Ancestrais, assim como, da ausência de Duplicações (“outcross”) em Ancestrais, num Genótipo em análise.

Atualmente, existem Fatores, como o “Rasmussen Factor” (RF), o “X Factor” (XF), o potencial mitocondrial (“sex linked”) e outras variáveis envolvendo Duplicações em Ancestrais, que devem ser estudadas e ajustadas em conformidade, e a partir do Genótipo da Matriz, e que vêm apresentando, quando possíveis de serem concretizados, resultados expressivos nas pistas de corrida.

Por outro lado, o sistema “Outcross”, cada vez mais difícil de ser adotado, na atual realidade da Criação do PSI, tem suas vantagens, sobretudo, quando se deseja resgatar o Vigor Híbrido resultante do caldeamento das raças que forjaram o Puro Sangue Inglês (PSI), e que, gradativamente, está sendo relegado a um plano secundário, de menor importância, mas, de certa forma, ainda observado em excelentes “racehorses” da Criação do PSI europeu.

Ambos os Sistemas, para serem aplicados, dependem fundamentalmente, dos objetivos do Criador, a partir de cada Matriz, com relação às características desejadas e possíveis para o Produto Planejado, o que deverá ser estudado, analisado e aplicado, a partir de um Planejamento Genético criteriosamente elaborado.

Uma das direções mais eficazes, na atual Criação do PSI, na Europa, aponta para o Planejamento Genético que objetiva promover o “blending” (mistura) de “strains” (estirpes genéticas) europeus e norte americanos, de elevado padrão de qualidade genética, com resultados excepcionais nas pistas de corrida, caso de ZARKAVA, SEATHE STARS, extraordinários “racehorses”, entre muitos outros concebidos sob esta orientação.

Sem dúvida, o “blending” de Representantes de “Bloodlines” típicas da Criação européia, norte americana, sul americana, australiana, neozelandesa e japonesa, promovendo o recrudescimento do “International Outcross”, defendido por Sir Rhys Llewellin, esquecido por um longo tempo, suplantado pela desenfreada concentração  em poucas “Bloodlines”, sobretudo na Criação norte americana, promovendo o gradativo enfraquecimento do PSI, que raramente conseguem chegar ao final de sua Campanha de 3 anos.  

VI – OBJETIVO BÁSICO DO CRIADOR DO PSI

O Criador do PSI, sobretudo o brasileiro, precisa definir o objetivo básico de sua Criação, ou seja, direcionada para o aspecto COMERCIAL, ou para CONSUMO PRÒPRIO (PROPRIETÀRIO).

No primeiro caso, o objetivo primordial é a venda dos Produtos, enquanto, no segundo caso, o objetivo primordial é correr os Produtos criados, em defesa de suas próprias cores, como Criador / Proprietário.

Torna–se praticamente impossível, sobretudo para Haras de porte Médio para Pequeno, criar Produtos que atendam a ambos os objetivos.

Outro aspecto de fundamental importância para o Criador do PSI brasileiro, no momento, é a definição do objetivo do padrão de Criação que pretende desenvolver, para atender ao modelo de Turfe norte americano ou o modelo de Turfe europeu.

Chamo a atenção dos Criadores brasileiros que estão direcionando suas respectivas criações para atender as características do Turfe norte americano, que o Turfe no Brasil foi montado e desenvolvido segundo o modelo do Turfe europeu, o que se encontra refletido no Traçado das Pistas dos dois principais Hipódromos do país, com Curvas amplas e Retas longas, na nítida preferência pela Pista de Grama e, consequentemente, com seus respectivos Calendários Clássicos privilegiando Provas com as mesmas características das Provas dos Calendários Clássicos europeus. 

Além disso, a Criação nacional, se for direcionada para atender ao perfil do Turfe norte americano, terá que enfrentar a Criação argentina que, neste particular, se encontra bem mais avançada do que a nossa e, como argumento decisivo, após a séria crise econômica de 2008, nos USA, a possibilidade de que novas aquisições pelo Mercado Norte Americano do PSI venham a ser realizadas, por alguns anos, será mínima.

Assim sendo, em meu julgamento, os Criadores brasileiros do PSI devem voltar suas baterias para a Criação direcionada para o modelo de Turfe europeu, pois o definitivo teste da efetiva qualificação do PSI criado no Brasil, só ocorrerá quando vier a vencer Prova de Grupo 1 em algum país representativo da Criação européia, e daí por diante, esta façanha venha a acontecer com uma certa freqüência.

Chegamos próximo do êxito, nesse objetivo, quando o nosso excelente “racehorse”, HARD BUCK alcançou o 2º lugar na importante e seletiva Prova do Calendário nobre da Europa, ou seja, o King George VI and the Queen Elizabeth Stakes, suplantado pelo extraordinário “racehorse” DOYEN.

Esta autêntica façanha de um PSI brasileiro mostrou, sem margem para dúvidas, que o êxito em Provas importantes da Europa, é perfeitamente possível e viável, desde que os Criadores brasileiros concentrem seus esforços e investimentos na criação de Produtos que se ajustem às características exigidas pelo nosso modelo de Turfe, que segue, em sua plenitude, o modelo de Turfe europeu.

Devo ressaltar, entretanto, como citei acima, que a Criação nacional deve procurar o equilíbrio genético e físico de seus Produtos, ainda que voltados para atender as características do modelo de turfe europeu, através do “blending” (mistura) de “strains” de elevada qualidade da Criação norte americana, sul americana, japonesa, australiana, neozelandesa, com os “strains” de qualidade comprovada da Criação européia, adotando, para essa finalidade os instrumentos proporcionados por um criterioso Planejamento Genético, resultando, desta forma, em Produtos brasileiros com uma qualificação e potencial genéticos de qualidade mais elevada, capacitados para alcançar o desejado êxito, em Provas importantes do Turfe mundial.

VII – FAMÍLIAS MATERNAS

É inegável a importância das Famílias Maternas, pontuadas pela sequência das Mães, da Matriz em foco, através do nível de classicismo da Produção dessas Mães, como referência primordial, a partir da qual serão selecionados os Reprodutores mais adequados para servir a Matriz em foco.

Um dos problemas mais graves registrados em nossa Criação do PSI encontra–se na vertiginosa queda do número de Matrizes nominadas no Stud Book Brasileiro que, na Temporada de Monta de 1987, registrava cerca de 9500 Matrizes, enquanto na Temporada de Monta de 2009, foram registradas, apenas, 3776 Matrizes, ou seja, uma queda da ordem de 60%, evidenciando uma drástica desaceleração de nossa Criação do PSI, em cerca de 23 anos de atividade.

Desde 2008, em razão da crise na economia dos USA, com séria repercussão na Europa, foi aberta uma larga porta para aquisição de Matrizes, de Éguas retiradas de treinamento e de Potrancas (2008), a preços acessíveis, com excelentes Genótipos e Fenótipos, para enriquecer o nosso “Bloodstock”, refletido em nosso Plantel de Matrizes.

Neste mês de novembro e no próximo mês de dezembro, haverá Leilões nos USA (Fasig–Tipton e Keeneland) e na França (Arqana), com excelentes Lotes que iriam contribuir, efetivamente, para elevar o padrão de qualidade de nossa Criação.

Nos anos 50 e 60, a ida sistemática para a Europa de grandes Criadores brasileiros, para aquisição de Matrizes e futuras Matrizes, foi fator determinante para que tivéssemos oportunidade de produzir notáveis PSI’s que brilharam em nossas pistas e na vizinha Argentina, pois na época não se cogitava, nem havia interesse de enviar esses notáveis “racehorses” para os USA ou Europa.

Estas aquisições de Matrizes e futuras Matrizes no Exterior, iriam enriquecer, em quantidade e, sobretudo, em qualidade, nossa Criação do PSI, além do que possibilitará um melhor aproveitamento dos Reprodutores em Serviço em nossa Criação, sejam os sediados estrangeiros e nacionais, sejam os que estejam no regime de “shuttle”.

VIII – A GEOGRAFIA DA CRIAÇÃO NACIONAL

No Brasil, a Criação do PSI está concentrada em três Estados, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, separados por longas distâncias, o que dificulta bastante o intercâmbio entre as três Regiões onde estão concentrados e sediados os principais Reprodutores que atuam a cada Temporada de Monta, em razão dos riscos que envolvem Matrizes prenhes, transportadas por longas distâncias.

Uma solução para essa situação, desde que consentida pelos Criadores, seria o intercâmbio, desde que possível e viável em seus aspectos técnicos e financeiros, de Reprodutores sediados nessas três Regiões, onde a Criação brasileira está concentrada.

Há muito poucos Haras de PSI que não estão sediados nessas três Regiões, entre os quais, o Haras Ponta Porã, em Mato Grosso, o de maior porte da Criação brasileira, o Haras Don Olivas na Bahia e o Haras do Morro, em Brasília, que necessitam ter seus próprios Reprodutores, em razão das expressivas distâncias em que se encontram das três Regiões citadas.

Para amenizar essa dificuldade geográfica ditada pelas longas distâncias de um país com dimensões continentais, como o Brasil, a UNIÃO dos Criadores brasileiros do PSI, canalizada para o entendimento mútuo entre os Criadores situados nesses três Núcleos primordiais da Criação brasileira, através de uma ação coordenada pela Associação Brasileira de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida, com as respectivas Associações Estaduais de Criadores e Proprietários do PSI.

Não podemos deixar de louvar os esforços que estão sendo realizados pela Associação  de Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida do Rio de Janeiro, através de seu Posto de Fomento situado na Serra de Teresópolis, procurando incentivar a Criação do PSI no Estado do Rio de Janeiro.

IX – LINHAGENS, BLOODLINES e ALINHAMENTOS

Para facilitar a elaboração do Planejamento Genético de Haras comprometidos com a qualidade da Criação do PSI brasileiro, quando sugeri os Reprodutores que poderiam vir no regime de “shuttle” para servir no Brasil, destaquei a Linhagem de Referência e respectivas “Bloodlines” e Alinhamentos dos quais descendem por seu Segmento Paterno (“high line” de seus pedigrees”).

Essa indicação facilitará o Planejamento Genético das Matrizes que integram o Plantel desses Haras, expondo as possibilidades de afinidades entre Linhagens, “Bloodlines” e Alinhamentos, evidenciando os chamados “Nicks”, que vêm sinalizando efetivamente como um eficaz instrumento do Planejamento Genético.

O mesmo procedimento será exposto no próximo Artigo, quando vou assinalar e apontar alguns dos Reprodutores nascidos no Brasil, que participaram da Temporada de Monta de 2009, e que se apresentam com o necessário e indispensável potencial para que possam se tornar bons Reprodutores para a Criação nacional, amparados por boas campanhas nas pistas de corrida, Genótipo e Fenótipo compatíveis com suas campanhas, para que possam receber as devidas oportunidades, em quantidade e qualidade, pelo menos aceitáveis, sem as quais não poderão confirmar o potencial mostrado em corrida, no exercício da função de Reprodutor.

X – OS 10 MANDAMENTOS DO CRIADOR BRASILEIRO

Com a finalidade de resumir os aspectos de fundamental importância que deverão ser observados pelos Criadores brasileiros do PSI comprometidos com o avanço na Qualidade Genética e Física dos Produtos de sua respectiva Criação, assinalo os 10 Mandamentos que, certamente, deverão contribuir, de forma eficiente e eficaz, para que alcancem os resultados desejados nas pistas de corrida.

1 – Ação das Associações Estaduais de Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida, coordenada pela Associação Brasileira de Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida, visando a União dos Criadores para o aproveitamento adequado dos Reprodutores em cada Região onde é desenvolvida a Criação do PSI no Brasil.

2 – Diversificar, dentro das possibilidades dos Criadores brasileiros, as Linhagens, “Bloodlines” e Alinhamentos dos Reprodutores estrangeiros que venham servir nas Temporadas de Monta em regime de “shuttle” ou definitivamente, tendo como escopo prioritário o seu potencial para proporcionar o “up grade” de nossa Criação do PSI.

3 – Concedam a maior importância às Famílias Maternas das Matrizes que integram e as que vão integrar o Plantel de Matrizes de seus Haras, observando o nível de classicismo da produção da sequência de suas Mães.

4 – Aproveitem as oportunidades que os Mercados do PSI, tanto da Criação norte americana e, sobretudo, da Criação européia, estão proporcionando em razão da Crise da Economia desses países, para aquisição de ótimas Matrizes e prospectos de Matrizes, a preços acessíveis.

5 – Definam o objetivo primordial de sua Criação do PSI, ou seja, direcionada para o objetivo Comercial, ou para permanecer em sua propriedade, tendo em vista que, nem sempre, é possível conciliar os dois objetivos.

6 – Definam a direção de sua respectiva Criação do PSI, ou seja, voltada para atender ao modelo de Turfe europeu, ou para o modelo de Turfe norte americano, tendo em vista que, na prática, apenas os Haras de grande porte terão possibilidade para atender aos dois modelos que, em suas características, são expressivamente distintos.

7 – Tenham sempre em mente que o Reprodutor de hoje será o Avô Materno de amanhã.

8 – Tenham sempre em mente que os gastos e despesas, quando realizados com critério, bom senso e conhecimento efetivo da Criação do PSI, poderão se transformar em investimentos, proporcionando expressivo retorno, tanto emocional, quanto financeiro, ou até mesmo ambos.

9 – Ofereçam as devidas oportunidades, em Quantidade e Qualidade, ao Puro Sangue Inglês nascido no Brasil, como futuro Reprodutor, desde que apresente boa campanha nas pistas de corrida, muito bom potencial refletido em seu Genótipo e Fenótipo, e tenha sido retirado das pistas totalmente são.

10 – Privilegiem o Planejamento Genético, atualizado e criteriosamente elaborado, em toda a sua extensão, ou seja, desde o aproveitamento e seleção da Matriz, a concepção de seu Produto Planejado, garantindo a adequada Qualidade de sua Criação e cumprindo, integralmente, as Etapas de Pré–Condicionamento, Doma e Condicionamento final, que antecederão o Treinamento voltado para sua estréia nas pista de corrida.

Orlando Lima – omlimapsi@gmail.com



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