Colunista:
Foi dada a largada, por Jéssica Dannemann 14/10/2010 - 13h19min
Cadê o “presidente”?
Introdução
Está todo mundo super ansioso esperando o “presidente” (dos imóveis do JCB) provar que as Vilas Hípicas dão prejuízo mensal ao clube na ordem de um milhão e meio de reais, conforme vem sendo divulgado em seus discursos voltados para os incautos.
Desde o assistente de ferrador ao proprietário de haras, todos estão à espera disso. Mas acho que ele vai custar a aparecer junto aos turfistas com essas justificativas. Eu penso que ele deva estar tentando contratar novamente a FGV para avalizar mais essa bravata.
Por falar em Fundação Getúlio Vargas, acho que chegou a hora de alguém cobrar do “presidente” (nem que seja na justiça) o Relatório daquela instituição, que hoje encontra–se escondido por um “acordo” de confidencialidade. Com a “abertura” desse relatório, a cortina (de fumaça) do projeto vai pro espaço, e todos poderão ver que o que fora comparado por aquela instituição, foi exatamente banana com laranja, e assim esse projeto imobiliário vai ser transformado em ovo e tomate... (no terno deles)
Onde já se viu assinar um acordo que implica em esconder os números dos próprios sócios? Em qual clube nesse mundo alguém foi informado de existir um acordo secreto entre o Presidente e o fornecedor? Em que região do mundo (incluindo a China, a Venezuela e o Irã) isso seria possível?
Aliás, essa pratica monocrática mostra mesmo a transparência desse projeto. Se você quer esconder as coisas e dar mais obscuridade a sua intransparência, vai aqui um conselho:
Faça um acordo de confidencialidade, seus problemas estarão totalmente resolvidos.
Enquanto o seu lobo não vem (não confundir o “seu lobo” com Selmar Lobo)
Enquanto o nosso mais especial e brilhante “corretor” não consegue vir a público provar aquilo que fala, vamos dar ao ilustre devoto de Nosso Senhor do Bonfim, um pouco de número para alimentar a sua fome de incorporações, um pouco mais de vatapá para a sua bandeja.
Na penúltima semana, em quatro reuniões, as combalidas e juradas de morte Vilas Hípicas, a partir de seus intrépidos e decrépitos profissionais mandaram as raias do Hipódromo da Gávea, exatos 151 matungos, contra 149 craques vindos dos centros de treinamento.
Sabem o que aconteceu?
Pois bem esses pangarés fedorentos que impedem o crescimento sustentado da Bahia, venceram 17 corridas (deviam estar dopados) contra 21 dos centros de treinamento.
Nessa última semana, mesmo não tendo uma reunião noturna em função do feriado, ainda assim, os cavalos “malditos” dessas “malditas” cocheiras, contribuíram com 179 inscrições para o grupo de quatro reuniões, contra apenas 164 oriundos da região serrana, conseguindo a proeza de levar 19 proprietários ao Winner Circle contra 26, mesmo desfavorecidos com a reunião diurna da última terça feira com dois grandes prêmios.
Nessas duas últimas semanas, dos 643 cavalos que proporcionaram os programas do JCB, 330 vieram da própria casa... Enquanto 313 desceram a serra, e as Vilas Hípicas, com tudo isso, dão um prejuízo de um milhão e meio de reais na cabeça do “presidente”.
Peço àqueles que ainda insistem em subir ao lado dele nesse “palanque” de desinformações e irresponsabilidades, que reflitam sobre esses números, eles são conclusivos e depõe contra o discurso daquele que quer lotear o turfe e transformá–lo num palco de covardia.
Estamos fazendo uma estatística completa desde o fatídico Maio de 2008, para que o “presidente” passe a entender exatamente a quanto monta a prestação vigorosa desses prédios que ele hoje ajuda (com toda a sua força) a destruir em troca de escritórios comerciais.
Ele vai ficar estarrecido com o resultado...
Vou publicá–lo em página dupla na Revista Veja para que todos tenham a exata dimensão do tamanho do nariz do Pinóquio.
O acordo de confidencialidade
Para encerrar eu vou tocar mais uma vez nessa palavra importante utilizada com bastante propriedade pelo “presidente” do JCB para guardar, bem guardado, os segredos do clube, visando, é claro, o bem estar dos negócios.
Afinal o segredo é a alma do negócio, e a alma desse negócio chamado Boulevard, certamente repousa apenas, e tão somente, no seu segredo.
Imagina um sócio do JCB, e portanto dono do clube, cobrar do “presidente” a radiografia do projeto, seria um diálogo mais ou menos assim:
– Presidente, eu gostaria de ver os números antes de votar na assembléia...
– Não pode! O projeto corre em “segredo de justiça”... Não posso fazer nada, é a regra!, É a Lei! É que a Odebrecht exigiu que eu assinasse um acordo de confidencialidade, e você sabe... Eu sou uma pessoa que não descumpro os meus compromissos! Confidencialidade é confidencialidade!!! Se eu quebro essa regra e abro os números, o que as empreiteiras vão pensar de mim?
– Mas Presidente então o senhor está querendo que os sócios assinem um cheque em branco para os empreiteiros?
– Não!!! Em branco não!!! Eu jamais exigiria uma coisa dessas do Quadro Social... Eu quero que vocês preencham direitinho o cheque com a quantia de Cinco Bilhões de Reais!!!
Vou soletrar:
Cinco ponto zero zero zero ponto zero zero zero ponto zero zero zero virgula zero zero.
Alguma dúvida?
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