Colunista:
Edson Ferreira, um jovem aos 56 anos 03/05/2006 - 20h41min
Aos 56 anos, em qualquer modalidade
esportiva, é difícil obter sucesso. Difícil, não impossível. Edson Ferreira é a prova disso. Um dos melhores
jóqueis da História do nosso turfe, aliando eficiência e energia à coragem, caminha para os 57 e continua vencendo
no Hipódromo Brasileiro, até provas clássicas. Desde que suas montarias tenham possibilidades, consegue levá–las
ao triunfo ou a importantes colocações.
Jóquei de Daião e Carteziano, vencedores do Grande Prêmio
Brasil, em 1977 e 1988, quando muitos pensavam que penduraria o chicote no fim dos anos 90, ele, apaixonado pela
profissão, das mais perigosas, dela não se afastou até hoje. E afirma que, enquanto a saúde não o abandonar,
pretende exercê–la.
Na última semana, precisamente na corrida de sexta–feira, Edson conquistou bela
vitória com Alcoviteiro, levando–o a atropelar de modo avassalador nos 300 metros, impondo–se a Duda Esperto em
lindo final. Uma aula de direção, a mesma que deu ao ganhar com o craque Daião, este criação e propriedade do
Haras Serra dos Órgãos, como Alcoviteiro.
No programa de segunda–feira, 1, feriado, uma prova de
coragem. Nos trabalhos de alinhamento do oitavo páreo, Amore Eterno deu violenta cabeçada em Edson, ferindo–o no
nariz, que chegou a sangrar. O profissional, no entanto, não se intimidou. Voltou a montá–la e conduziu–a de forma
perfeita, obtendo o segundo lugar.
Ao “jovem”, meus votos de muita saúde e que as vitórias continuem a
acontecer.
A volta de O Dragão
Antônio Pereira, titular do Stud Baião e dono
de O Dragão, vencedor, este ano, do GP Estado do Rio de Janeiro, prova inicial da Tríplice Coroa carioca, dá apoio
integral à sua equipe, incluindo o excelente Edson Ferreira. E seus componentes chegaram à conclusão de que o
potro não deve atuar na Milha Internacional da semana do GP São Paulo. O Dragão, no momento descansando, tem
muitas possibilidades de reaparecer no GP Gervásio Seabra, dia 9 de julho, na Gávea, numa prova–teste para a Milha
Internacional carioca, em agosto, na semana do GP Brasil, a carreira mais importante do nosso turfe.
Finais...
• A CC paulista, suspendeu, entre outros profissionais, o
jóquei Luiz Duarte, radicado no turfe carioca, de 9 a 20 deste mês, por prejuízos causados a rivais montando
Chanel Dawi e Indochine. E, tendo em vista o resultado dos exames realizados em Judith Guerreira, vencedora do
nono páreo da corrida do último dia 17, exames que constataram medicação proibida, desclassificou a ganhadora para
último, sem direito a qualquer prêmio, e suspendeu o treinador V.Fornasaro por 90 dias, a partir do dia 9,
terça–feira próxima.
• Luiz Duarte, punido pela CC paulista, obteve três vitórias, sábado passado,
no Hipódromo Paulistano, com Fly And Goodbye, Indochine e Xico Star.
• Ainda sobre o turfe
paulista: Hubert, por Shudanz, vencedor do páreo inicial de segunda–feira passada em Cidade Jardim, foi o menos
apostado, o que não o impediu de bater o recorde de Never For Love (74s695) ao marcar 74s641, na grama
leve.
• Além de Herói do Bafra, muitos corredores radicados na Gávea devem participar de
provas da semana máxima do turfe paulista. A seguir, alguns deles: Sinistro e Paraguaio (2.400 metros);
Laurenciano, Ojos Claros, Pretty Normand, Fly Dorcego e Paraná Guazú (1.600 metros); Giz Dal, Nova Lei e Mania
Star (2.000 metros); Omaggio (1.000 metros); e Quick Hawk (GP Juliano Martins).
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