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Provas de Grupo, por Ivamar 24/02/2010 - 10h49min
Sal Grosso confirma êxito anterior
Destinado a produtos de 3 anos, domingo, 21, foi disputado no Hipódromo da Gávea, Rio de Janeiro, o GP Estado do Rio de Janeiro (GI), em 1.600 metros, primeira prova da Tríplice Coroa (produtos), correspondente carioca dos famosos 2000 Guineus e um dos páreos mais importantes da temporada turfística.
Numa carreira com o número máximo permitido de concorrentes (20), fato que poderia comprometer a correção do resultado, vitória de SAL GROSSO, confirmando, agora, o único êxito, obtido em grande estilo. É, sem dúvida, um dos melhores da geração. Na dupla, em esplêndida atuação, TOO FRIENDLY (Signal Tap), que se atrasou na partida, ficando a dois corpos do penúltimo. VUPT VAPT (Romarin) e TIMEO (First American), terceiro e quarto colocados, chegaram agarrados aos dois (do primeiro ao décimo, sete corpos apenas). OKEAN MOR (Fahim) completou o marcador. O piloto do quarto colocado reclamou do terceiro, mas o resultado foi confirmado. Os suplentes Tivoli Park, Penalti Desejado e o altamente promissor Energia Berlim não conseguiram vaga para correr.
Sal Grosso, criação e propriedade do Stud TNT, foi dirigido por Marcos Mazini, em substituição a Rodrigo L. Santos, e é treinado por Venâncio Nahid. A distância foi percorrida em 1Â’33”65, na grama macia. Obteve a primeira vitória clássica em sete apresentações.
O pai de Sal Grosso, Our Emblem, também do ganhador do Kentucky Derby War Emblem, faz parte da linha paterna de Phalaris, ramo de Native Dancer, da seguinte maneira: Our Emblem, Mr.Prospector, Raise A Native, Native Dancer, Polynesian, Unbreakable, Sickle e Phalaris. A mãe, Ken de Saron (Kenmare), pertence à mesma linha materna de Roi Normand, entre outros.
Dolly Max, êxito inconteste
Sábado, 20, na Gávea, algumas das melhores fêmeas cariocas de 3 anos tiveram sua vez ao competir no GP Henrique Possolo (GI), primeira prova da Tríplice Coroa de potrancas, correspondente carioca dos Mil Guineus. Dezessete estiveram alinhadas na seta dos 1.600 metros.
Confirmando classe e consistência, DOLLY MAX voltou a vencer, e desta vez correndo de trás, exibindo impressionante velocidade final. Nos últimos metros, DEAR NATI, sua irmã paterna, ultrapassou IJUBINHA (First American), que correu muito bem, mesmo largando numa baliza ruim. FASCINANTE DEMAIS (Arambaré), INCHATILLON (Inexplicable) e MADEMOISELLE CATHY (First American), emboladas, chegaram a seguir. O piloto da última, sentindo–se prejudicado, apresentou reclamação contra as duas da frente, ocasionando a desclassificação de Fascinante Demais para sexto. Diga–se, de passagem, que o percurso foi marcado por muitos entreveros. Zuana não correu e Simply The Best fracassou.
Dolly Max, criação do Haras Di Cellius e propriedade da Coudelaria Alvarenga Desejada, foi conduzida por Dalto Duarte e apresentada por Luciano Tonini Holanda. A distância foi percorrida em 1Â’33”97, na grama macia.
Crimson Tide, pai da ganhadora, é filho do fantástico SadlerÂ’s Wells, juntamente com Danzig, talvez os melhores descendentes de Northern Dancer na reprodução. Esta linhagem, como a de quase todos os ganhadores de grupo da atualidade, no mundo, remonta ao chefe de raça Phalaris, da seguinte maneira: Crimson Tide, SadlerÂ’s Wells, Northern Dancer, Nearctic, Nearco, Pharos e Phalaris.
Shanay (Coax Me Clyde e Be Lovely, por Roi Normand), mãe de Dolly Max, pertence à uma das mais bem–sucedidas linhas maternas do Haras Mondesir, a de Eastern Swan (Colombo), notável reprodutora importada por Antônio Joaquim Peixoto de Castro Jr.. A ela pertencem, entre outros, Mani, Egoísmo, Urgência, Bowling, Don Quixote, Brown Tiger, Hafiz e Funtastic.
West Hope derrota Barbada do Urubu
No mesmo dia o Hipódromo de Cidade Jardim, em São Paulo, foi palco do GP Presidente Hernani Azevedo Silva (GII), no qual éguas de 3 anos e mais idade começam a escalada com vistas ao importante GP OSAF paulista.
Em espetacular atropelada, junto à cerca interna, WEST HOPE (Crimson Tide e West Night, por Slap Jack), de 4 anos, alcançou BARBADA DO URUBU (Mastro Lorenzo), um ano mais nova, quando esta já parecia vencedora. Em bons terceiro e quarto, BE SO FAIR (Stravinsky), de 5 anos, e TOP NOTE (Signal Tap), de 3. GARBOSA SEXTA (Hibernian Rhapsody), 4 anos, chegou a seguir. Não correram Gstaad, Ingrid e Balada Amante.
West Hope, criação de Luis Antônio Ribeiro Pinto e propriedade da Coudelaria Jessica, foi pilotada por Ivaldo Santana e é treinada por Emerson Garcia. Os l.600 metros foram percorridos em lÂ’34”7, na grama pesada.
Uva Preta: galope de saúde
Domingo, 21, no Hipódromo de Cidade Jardim, foi disputado o GP Presidente João Carlos Leite Penteado (GIII), quando seis potrancas de 2 anos alinharam no partidor dos l.200 metros, na areia.
UVA PRETA (Dodge e Lynx, por Mountain Cat) ganhou por abandono. SUNSHINE INDY (P.T.Indy) e VIGÍLIA (Fahim) terminaram lutando pela dupla, que acabou favorável à primeira. URUGUAYA GIPSY (American Gipsy) e RAMATUELLE (First American), respectivamente, ficaram com o quarto e quinto lugares.
Criação e propriedade do Haras Anderson, Uva Preta teve a direção de Vagner Leal e é treinada por Marcos Olguin. A distância foi percorrida em 1Â’11”01, na pista macia.
Una Glória deixa favorita na dupla
No mesmo dia e hipódromo, foi realizada a Prova Especial Olhada, em 2.400 metros, grama.
Apresentadas seis éguas de 3 e 4 anos, a fácil vitória ficou com UNA GLÓRIA (Red Runner e Lash, por Emmson), deixando na dupla, a 3 corpos, a favorita URSULAÂ’S HOME (Torrential). Um pouco atrás, TELL ME TRUE (Nedawi) foi terceira. FACEIRA (Burooj) e GAROTA ARUMBA (Hibernian Rhapsody) completaram o placar. Não correram Ladyttore e Ananibia. A ganhadora, a terceira e a quarta, têm 3 anos, enquanto UrsulaÂ’s Home e Garota Arumba são um ano mais velhas.
Una Glória, criação e propriedade de Gilberto Luiz Koppe, foi dirigida por Josiane Gulart, é treinada por Edemir Garcia e assinalou 2Â’28”7, na pista macia.
Jusjurandum é candidato à Tríplice Coroa paranaense
Sexta–feira, 19, no Hipódromo do Tarumã, em Curitiba, aconteceu o Clássico Luiz Gurgel do Amaral Valente (L), em 1.600 metros, areia, primeira prova da Tríplice Coroa paranaense.
Com a presença dos seis inscritos, firme vitória de JUSJURANDUM (Suspicious Mind e Colette, por Burooj), obtida por 1 corpo, que, assim, passou a liderar a sua geração no Paraná. O ex–líder URSO BRANCO (Mensageiro Alado) ficou com a dupla, enquanto MY WAY (Notation), OUR SLEW (Our Emblem) e BRANCOFIX (Thignon Lafré), um pouco afastados, chegaram a seguir.
Jusjurandum, criação e propriedade do Haras Santarém, foi conduzido por Ângelo Márcio Souza, é treinado por Márcio Ferreira Gusso e assinalou 1Â’40”10, na pista encharcada.
Avaliação das provas clássicas
As etapas iniciais das duas Tríplices Coroas cariocas, o GP Estado do Rio de Janeiro (GI), como todos os turfistas sabem, para produtos da geração de 3 anos (e não apenas para machos), e o GP Henrique Possolo (GI), este sim, só para o sexo feminino, ambos em 1.600 metros, preferencialmente não deveriam ser disputados na mesma semana. Com quatro ganhadores de grupo e apenas um dos concorrentes sem colocação em prova constante da programação clássica, o primeiro correspondeu à sua classificação. Já entre as potrancas, a situação foi um pouco pior. Apenas duas ganhadoras de grupo.
Para éguas de 3 anos e mais idade, o GP Presidente Hernani Azevedo Silva (GII) não tem função específica. Deveria ser do Grupo III. Para comprovar esta afirmação, basta observar que entre suas últimas ganhadoras nenhuma chegou a vencer o OSAF paulista, como seria normal acontecer.
Potrancas de 2 anos correram o GP Presidente João Carlos Leite Penteado (GIII), que reuniu fêmeas promissoras. Apenas isto, como aliás não poderia deixar de ser nesta época do ano.
O Clássico Luiz Gurgel do Amaral Valente (L), apesar de oferecer dotação razoável, continua a não atrair os proprietários de bons potros arenáticos de São Paulo. Uma pena.
Próximas atrações
São Paulo
Potros da nova geração correrão o GP Presidente Augusto de Souza Queiroz (GIII), em 1.200 metros, areia; éguas de 3 anos e mais idade, vão competir no quilômetro do Clássico Erasmo Teixeira de Assumpção (L); e produtos de 3 anos e mais idade, nos 2.800 metros da Prova Especial Viziane. Os dois últimos na grama, se o tempo permitir.
Rio de Janeiro
Potros e potrancas de 2 anos estarão presentes nos Clássicos José Calmon e Luiz Alves de Almeida, duas Listed Race, em 1.300 metros. Por sua vez, éguas de 3 anos e mais idade, estarão alinhadas nos 2.000 metros da Prova Especial Virginie. Os três páreos, na grama.
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