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Colunista:

PLANEJAMENTO GENÉTICO ASPECTOS BÁSICOS – 5ª PARTE
09/12/2009 - 11h01min

PLANEJAMENTO GENÉTICO

ASPECTOS BÁSICOS – 5ª PARTE


VI.9 – DUPLICAÇÃO DE ANCESTRAIS: INBREEDING e LINEBREEDING

Como podemos classificar a duplicação de ancestrais?

Seria uma Teoria e / ou uma Metodologia?

Na realidade, conceitualmente expressado, é uma Teoria com uma Metodologia que viabilizará a aplicação prática da Teoria.

Como Teoria, procura firmar características desejáveis, genéticas, físicas e de temperamento de ancestrais superiores, sejam de Reprodutores e, sobretudo, de Matrizes, nos Alinhamentos que integram a Composição Genética (Genótipo) de um Puro Sangue Inglês (PSI).

Como Metodologia, procura selecionar Reprodutores e sua ancestralidade, assim como,  Matrizes e sua ancestralidade, visando a duplicação, preferencialmente, e sempre que possível, nas gerações mais próximas do Produto Projetado, configurando o “Inbreeding”, ou em gerações mais afastadas, configurando o “Linebreeding”.

Devemos ressaltar que, pela convenção usualmente adotada, entende–se como “Close Inbreeding”, a duplicação que envolve a 2ª Geração do PSI, “Inbreeding”, a duplicação que envolve as 3ª e / ou 4ª Gerações e, finalmente, “Linebreeding”, a duplicação que   envolve as 5ª e / ou 6ª Gerações.

Para facilitar e uniformizar a aplicação da Metodologia para a duplicação de ancestrais, no âmbito do Planejamento Genético, resolvi estabelecer conceitos e convenções, como segue:

1 – Duplicação Convencional / Clássica quando ocorre em cada um dos Segmentos, Paterno e Materno, que integram o Genótipo do PSI, refletido em seu pedigree;

2 – Duplicação Convergente no Segmento Paterno quando ocorre concentrada, exclusivamente, no Segmento Paterno do Genótipo do PSI, refletido em seu pedigree;

3 – Duplicação Convergente no Segmento Materno quando ocorre concentrada, exclusivamente, no Segmento Materno do Genótipo do PSI, refletido em seu pedigree.

A duplicação mais efetiva, sem dúvida, é a que ocorre, respectivamente, em ambos os Segmentos, Paterno e Materno, qualquer que seja a modalidade da duplicação (“close–inbreeding”, inbreeding” ou “linebreeding”), porque configura o chamado “balanced–sex inbreeding”, pois reporta–se a um mesmo ancestral que exerce sua influência duplicada através do Pai e da Mãe do PSI em foco, captando todo o seu potencial pelas duas vias básicas (Paterna e Materna) de seu Genótipo.

A duplicação convergente perde sua força potencial, pois sua influência é parcial, sendo exercida por apenas uma das vias, Paterna ou Materna, estando concentrada na atuação, ou do Pai, ou da Mãe.

A duplicação convergente pode ser mais efetiva, mas não tanto quanto a duplicação convencional, se ocorrer, simultaneamente, em ambos os Segmentos, desde que os ancestrais duplicados, de alguma forma, sejam compatíveis e complementares, em suas características genéticas, físicas e de temperamento. 

Devo chamar a atenção que a identificação da duplicação depende da posição da Geração que o ancestral duplicado ocupa no Genótipo do PSI em foco que, usulmente, é avaliado até a 5ª Geração.

Particularmente, eu adoto o Planejamento Genético envolvendo pedigrees de 6ª Geração, pois considero que, em termos práticos, ainda pode ser contabilizada uma parcela de influência de ancestrais localizados na 6ª Geração do Genótipo, embora reconheça, por um lado, que essa influência, no padrão individual, é decrescente a medida que avançamos nas Gerações mas, por outro lado, não podemos negar a transmissão de características genéticas de Geração para Geração.

A duplicação de ancestrais, em última análise, atua intensificando a presença de elementos genéticos inerentes ao ancestral duplicado, que podem apresentar características positivas, mas também, negativas, o que torna de fundamental importância, a adequada seleção do ancestral a ser duplicado.

Um aspecto primordial que vem sendo observado ao longo dos tempos, é a duplicação em Matrizes importantes (“elite mares”) que, usualmente, apresentam resultados altamente positivos e compensadores, o que se deve, em meu julgamento, à transmissão de traços genéticos para seus descendentes, através da seqüência de Mães que pontuam a “bottom line” (Linha baixa) do Genótipo, ou seja, por sua “tail–female line” (Famílias Maternas), que se caracteriza por uma transmissão de traços genéticos mais duradoura, consistente e efetiva, do que a transmissão pela “tail–male line” (Alinhamento Masculino Paterno).

A sublimação da influência e predomínio pela duplicação em Matrizes extraordinárias, pode ser observada, sobretudo, quando ocorre com Matrizes como MUMTAZ MAHAL, LA TROIENNE, CANTERBURY PILGRIM, SELENE, as duas POCAHONTAS, destaques, entre outras, que integram o seleto time das “elite mares”.

Nesta mesma direção, surgiu como um fator de importância para elevar a qualificação de um Genótipo, o “Rasmussen Factor” (RF), que será detalhado num próximo capítulo, e que tem por base a duplicação de Matrizes qualificadas, sob condições específicas.

Outra situação favorável é a pluralidade na duplicação de ancestrais, a partir da 5ª Geração, configurando um múltiplo “linebreedings” que, em última análise, atua como uma espécie de filtro, ressaltando os traços hereditários positivos e reduzindo os traços hereditários negativos dos ancestrais duplicados.

A posição da duplicação na ancestralidade no âmbito de um Genótipo, refletido num pedigree, refere–se à verticalidade de Geração, ou seja, quando a duplicação ocorre na mesma Geração (“remove”) do Genótipo.

Com esta referência, a estatística nos mostra que a duplicação mais eficaz, é a que se situa na 4ª Geração (4 X 4), cuja comprovação mais expressiva é devida a Sir Charles Leicester, em seu famoso livro, “Bloodstock Breeding” (Edição Revisada), assinalando que, no período entre 1900 e 1976 , entre os vencedores “inbred” do Derby de Epsom (46.8%), 26.0% eram “inbred” 4 X 4, ou mais próximo.

O extraordinário Reprodutor NORTHERN DANCER, quando duplicado, tem seu melhor aproveitamento na verticalidade da 4ª Geração (4 X 4), o mesmo ocorrendo com outro grande Reprodutor, Mr. PROSPECTOR, cuja duplicação é mais complicada, devido à problemas físico–orgânicos herdados de seu Pai, RAISE A NATIVE.

No que se reporta à duplicação em ancestrais, em conformidade com a posição do Alinhamento que ocupam no âmbito do Genótipo de um PSI, a forma clássica mais adotada ocorre quando o ancestral duplicado, em qualquer das modalidades (“close inbreeding”, “inbreeding” ou “linebreeding”), ocupa uma posição no Alinhamento correspondente à “tail–male line” (Alinhamento Masculino Paterno do Reprodutor) e no Alinhamento correspondente à “broodmare sire line” (Alinhamento Masculino Paterno do Avô Materno), com resultados positivos e em freqüência acima da média avaliada.

Particularmente, considero como a mais eficaz, a duplicação de uma Matriz nos Alinhamentos correspondentes às “tail–female lines” (Alinhamentos Femininos Maternos) do Pai e da Mãe do PSI em foco.

A intensificação da duplicação em posições mais próximas do PSI em foco, Geração após Geração, em descendentes das “bloodlines’ dominantes, certamente irá conduzir à intensificação da consangüinidade, resultando no PSI “unsoundness” (fragilidade orgânica, mais vulnerável a lesões e doenças), pela gradativa redução do Vigor Híbrido próprio do caldeamento das raças que deram origem ao “Thoroughbred” (Puro Sangue Inglês), o que já vem ocorrendo, nitidamente, com boa parte do PSI da atualidade.

O exemplo mais drástico dessa situação ocorreu com a Criação de Marcel Boussac, o maior Criador francês de todos os tempos, que se caracterizou pelo Planejamento Genético privilegiando o “close–inbreeding”, quando a partir de um determinado momento, deixou de incorporar ao seu “bloodstock”, sangue novo e variado, procedente da América do Norte, da Inglaterra e da França, ignorando os limites da consangüinidade, promovendo e intensificando cruzamentos na modalidade do “close–inbreeding” de indivíduos de sua própria Criação, o levando à sua total derrocada.

Não podemos negar que a origem e fixação do tipo de PSI, foi devido a um intenso e natural processo de duplicação de ancestrais, sobretudo, nos Reprodutores ECLIPSE,  HEROD e MATCHEM, que fundaram as dinastias do PSI, cristalizando o Fenótipo do PSI, base sobre o qual ocorreu a evolução do PSI para o modelo físico de nossos dias.

Pode–se observar que a maioria das duplicações ocorridas a partir das dinastias do PSI, ocupou a verticalidade da 3ª Geração (3 X 3), posição típica de um “inbreeding” próximo, sem configurar como “close–inbreeding”.

Ao final do século 19, início do século 20, a Criação norte americana promoveu o caso mais radical de que se tem conhecimento da intensificação de duplicação em um ancestral, pois na tentativa de fixar os predicados genéticos do grande e importante “racehorse”, DOMINO (1891), realizou um cruzamento incestuoso, envolvendo o Reprodutor COMMANDO (filho clássico de DOMINO) com a Matriz RUNNING STREAM (também filha de DOMINO), resultando no nascimento de ULTIMUS que, ao servir a Matriz NOONDAY (também filha de DOMINO), resultou em HIGH TIME (1916) com “inbreeding” 3 X 3 X 2 em DOMINO, considerado como o PSI mais “inbred” da história do Turfe mundial.

HIGH TIME foi um “racehorse” dotado de velocidade invulgar, mas que parava demasiadamente nos metros finais das corridas de que participava, vítima de hemorragia e problemas respiratórios, o que determinou sua curta campanha de 7 saídas, com apenas 1 vitória e um 3º lugar.

Como Reprodutor teve amplo sucesso, liderando a estatística por prêmios nos USA, em 1928 e figurando entre os 20 primeiros da “Sire List” em 12 Temporadas, além de ter desempenhado, com sucesso, a nobre e fundamental função de Avô Materno.

Assim sendo, não se pode negar os benefícios que a duplicação em ancestrais pode conseguir, desde que praticada na hora certa, na dosagem adequada e adotando–se Reprodutores e Matrizes altamente qualificados, resultantes de um rigoroso e criterioso processo de seleção.

VI.10 – O SISTEMA OUTCROSS 

O “outcross” é a ausência de duplicação em um ou mais ancestrais, em última análise, seria uma espécie de antítese ao procedimento do “inbreeding”.

Na prática, costuma–se referenciar o “outcross” à 5ª ou 6ª Geração, ou seja, um Genótipo sem qualquer duplicação em ancestrais, respectivamente, até a 5ª ou 6ª Geração, configurando um “outcross” de 5ª ou de 6ª Geração.

Considero que haja situações um pouco distintas, em razão das duplicações convergentes a um dos Segmentos, Paterno e Materno, que não têm a mesma força e influência da duplicação convencional que ocorre em ambos os Segmentos do pedigree.

Para fazer uma distinção mais precisa, convencionei chamar de “outcross” absoluto de 5ª ou 6ª Geração, quando, no âmbito dessas Gerações, não há qualquer duplicação, seja convencional ou convergente a um dos Segmentos.

Como citei anteriormente, minha base de análise são pedigrees de 6ª Geração e a minha referência sobre “outcross” é direcionada até a 6ª Geração.

John Aiscan, importante Hipólogo com repercussão internacional, escreveu, no início da década de 90, sobre a importância que a Criação brasileira tinha como depositária de reservas genéticas que possibilitavam a adoção do “outcross”, num momento em que a Criação internacional do PSI concentrava, perigosamente, seus cruzamentos na “bloodline’ de NORTHERN DANCER e, logo após, também, na “bloodline” de Mr. PROSPECTOR, evidenciando uma progressiva e acelerada tendência para a consangüinidade, com seus efeitos negativos e, conseqüentemente, a progressiva perda de seu natural e original Vigor Híbrido.

Sir Rhys Llewellin, importante Hipólogo inglês, defendeu o “outcross”, ressaltando que o “blending” (mistura) de Linhagens e, sobretudo, “Bloodlines” de fontes genéticas distintas, deveria incorporar “Bloodlines” típicas, cultivadas em países distintos, configurando, desta forma, o chamado “international outcross”, objetivando a consolidação do Vigor Híbrido do PSI, a nível internacional.

Considero um grave equívoco praticado por muitos “experts” na Criação do PSI, mostrar o “outcross” como um processo antagônico ao do “inbreeding”, uma vez que, em meu julgamento, ambos se complementam e exercem importante papel para a evolução do PSI, em todos os sentidos.

No momento atual da Criação internacional do PSI, é evidente a exagerada concentração do Planejamento Genético em apenas duas “bloodlines”, de NORTHERN DANCER e de Mr. PROSPECTOR, pois além do perigo da consangüinidade, já visível no PSI da atualidade, sobretudo na Criação norte americana, está conduzindo, aceleradamente, para a extinção de várias Linhagens / “Bloodlines”, que tiveram uma participação decisiva para a evolução do PSI observada no século 20.

Conseqüentemente, a Criação mundial do PSI, regida, em sua maior parte, pelos aspectos comerciais, atravessa um momento em que o “outcross” se impõe como um autêntico antídoto para o resgate do Vigor Híbrido do PSI, assim como, para que se possa continuar contando com uma expressiva variedade de Linhagens / “Bloodlines”, fundamentais para que se possa aplicar o procedimento do “outcross”.

Na realidade, o que seria desejável, para Haras de Porte médio e grande, seria que houvesse um revezamento entre os processos de “inbreeding” e “outcross”, a medida que o resgate do Vigor Híbrido do PSI fosse alcançado, e seus respectivos “Bloodstocks” pudessem ser, constantemente renovados, através da incorporação de elementos descendentes de uma expressiva variedade de “Bloodlines” distintas.

Para ilustrar a importância que os dois processos apresentam para a Criação do PSI, vamos recorrer, novamente, ao livro de Sir Charles Leicester, “Bloodstock Breeding” (Edição Revisada), que apresenta uma pesquisa sobre as posições do PSI “outbred” e “inbred”, ambos referenciados até a 4ª Geração.

A – Universo de 1000 cavalos escolhidos de forma randômica (aleatória):
        “Outbred” – 56.8% ; “Inbred” – 43.2%
B – 77 Vencedores do Derby de Epsom (1900 a 1976):
        “Outbred” – 53.2% ; “Inbred” – 46.8%
C – 25 cavalos que tiveram extraordinária influência na produção do PSI:
        “Outbred” – 24.0% ; “Inbred” – 76.0%
D – 120 “Leading Sires” de Vencedores selecionados por década (1910 a 1974):
        “Outbred” – 45.7% ; “Inbred” – 54.3%
E – 94 “Leading Sires” de Vencedores selecionados separadamente (1910 a 1974):
          “Outbred” – 51.1% ; “Inbred” – 48.9%

O único item em que o “Inbred” leva uma flagrante vantagem sobre o “Outbred”, refere–se ao restrito universo de 25 cavalos que exerceram extraordinária influência na transmissão de traços genéticos positivos de alta qualidade para a sua progenia.

Fica, desta forma, evidenciado pelos resultados obtidos por esta importante pesquisa, o equilíbrio, quanto à efetividade do PSI “outbred” e “inbred”, em sua contribuição, tanto para a Criação do PSI, quanto para os resultados obtidos nas pistas de corrida.     

O aspecto primordial para a adoção do Sistema “outcross’ para a Criação do PSI, resume–se à complementariedade genética das “bloodlines” que vão compor o Genótipo do Produto projetado, mas observando a qualidade da produção da Família Materna da Matriz em foco, ou seja, da produção da seqüência de Mães que pontuam sua “bottom line” (Linha baixa) do pedigree.

Como conclusão, ressalto a importância, para Haras de Médio e Grande porte, da alternância na adoção dos dois Sistemas, “Inbreeding” e “Outcrossing”, em conformidade com as oportunidades que se ofereçam, sobretudo, em relação aos Genótipos das Matrizes que integrem o Plantel de Matrizes desses Haras.

V.11 – O NICK: AFINIDADES GENÉTICAS

O conceito básico do “Nick” reporta–se à flagrante afinidade entre dois Reprodutores ou duas Linhagens / “Bloodlines” situados em Alinhamentos posicionados em ambos os Segmentos, Paterno e Materno, usualmente, ocupando a “tail–male line” (Alinhamento Masculino Paterno do Reprodutor) e a “broodmare sire line” (Alinhamento Masculino Paterno do Avô Materno) do PSI em foco.

Essa afinidade, para ser avaliada, necessariamente, precisa do apoio de registros estatísticos que possibilitem a aferição de parâmetros estatísticos comparando o percentual resultante da produção de “stakes winners” por um determinado Reprodutor ou por uma determinada “Sire Line”, com o percentual da produção de “stakes winners” desses mesmos Reprodutores ou “Sire Line”, com determinado Avô Materno ou determinada “Broodmare Sire Line”.

Se o percentual de resultados positivos obtidos por essa afinidade específica for maior do que o da produção geral de “stakes winners” do Reprodutor ou da “Sire Line”, fica registrada uma freqüência acima da média, configurando o chamado “Nick”.

Outro tipo de “Nick” que se pode observar, ainda que mais raro, ocorre com afinidade acima da média entre um determinado Reprodutor, com Matrizes de determinada Família Materna (“tail–female line”).

Um exemplo marcante e relativamente recente deste tipo ocorreu com o excelente Reprodutor GREY DAWN II com Matrizes descendentes da Família Materna pontuada pela excelente Matriz SHY DANCER, pois 22% dos “stakes winners” produzidos pelas Matrizes dessa Família eram filhos de GREY DAWN II. 

Sua adoção, na prática, especificamente como uma Metodologia com muito bons resultados, está envolvida por um erro estratégico, usualmente cometido em sua aplicação, evitando registros estatísticos mais consistentes, se a razão dessa afinidade fosse pesquisada, analisada e explicada, pois a quase totalidade dos Criadores e Hipólogos que adotam este procedimento, simplesmente o copiam, sem se importar com o entendimento de sua essência.

Na realidade, o sucesso do “Nick” depende, em grande parte, do cenário genético do Genótipo que integra, para lhe conceder o indispensável apoio para que possa proporcionar o resultado desejado.

A longo da história da raça do PSI, alguns “Nicks” exerceram importante papel na Criação internacional, entre os quais podemos destacar:

1º – BEND OR com Matrizes filhas de MACARONI, um “Nick” marcante e importante do século 19, resultando nos destacados Reprodutores, ORMONDE e BONA VISTA;

2º – PHALARIS com Matrizes filhas de CHAUCER, possivelmente o mais expressivo “Nick” do século 20, pois dele resultaram os Reprodutores (PHAROS, FAIRWAY, COLORADO, SICKLE e PHARAMOND II) que deram continuidade à Linhagem de PHALARIS, da qual descende a grande maioria dos PSI em atividade no Turfe internacional da atualidade;

3º – FAIR PLAY com Matrizes filhas de ROCK SAND, com grande influência na Criação norte americana no início do século 20, tendo sua sublimação personificada no fantástico MAN O’ WAR;

4º – NORTHERN DANCER com Matrizes descendentes da “Sire Line’ de TEDDY, comprovado pela produção de importantes “racehorses” e Reprodutores, como NIJINSKY II, THE MINSTREL, DANZIG, STORM BIRD, entre outros.

A comprovação deste “Nick” pode ser avaliada pelo fato da progenia total de NORTHERN DANCER ter apresentado 22% de “stakes winners” e 4% de Champions, enquanto com Matrizes contendo um “strain” de TEDDY, NORTHERN DANCER produziu 29% de “stakes winners” e 11% de Champions, e com Matrizes carregando pelo menos dois “strains de TEDDY, NORTHERN DANCER produziu 35% de “stakes winners” e 19% de Champions.

Desta forma, fica evidenciada a importância fundamental do apoio da “Sire Line’ de TEDDY para a continuidade da “Bloodline” de NORTHERN DANCER, uma das duas dominantes na Criação internacional do PSI, a partir da década de 80;

5º – Reprodutores filhos de NASRULLAH com Matrizes descendentes da “Sire Line” de PRINCEQUILLO, responsável por um expressivo número de notáveis “racehorses”, dos quais podemos destacar os extraordinários SECRETARIAT (nos USA) e MILL REEF (na Europa), marcando época na Criação do PSI no século 20.

6º – Reprodutores descendentes da Linhagem de HYPERION com Matrizes descendentes da Linhagem de TOURBILLON, assim como, no sentido inverso, ignorada pela maioria dos “experts” na Criação do PSI, mas também com um número expressivo de excelentes “racehorses” e Reprodutores, cujo exemplo mais recente é o do excelente NOTNOWCATO, um múltiplo vencedor de Provas de Grupo 1.

Já no século 21, encontramos alguns “Nicks” expressivos que vêm se consolidando:

1º – SADLER’S WELLS com Matrizes da “Sire line” de NEVER BEND, assim como, no sentido inverso, com uso intenso pela Criação européia;

2º – BLUSHING GROOM com Matrizes filhas de NORTHERN DANCER, e Reprodutores descendentes pela “Sire Line” de NORTHERN DANCER com Matrizes descendentes de BLUSHING GROOM;

3º – Mr. PROSPECTOR com Matrizes descendentes de SEATTLE SLEW, que vem sendo muito adotado pela Criação norte americana com expressivo sucesso;

4º – Reprodutores descendentes pela “Sire line” da “Bloodline” de NORTHERN DANCER com Matrizes descendentes por sua “Sire Line” da “Bloodline” de

Mr. PROSPECTOR, assim como, no sentido inverso, “Nick” que vem se firmando como um dos mais usados pela Criação mundial do PSI.

Como vimos acima, a Metodologia do “Nick”, ao longo da história da evolução da raça do PSI, exerceu um importante papel para a sua evolução, mas é de fundamental importância conhecer a explicação das causas que os tornaram eficientes, sem o que o seu uso pode resultar inócuo. 

Continua.....

Orlando Lima – omlimapsi@gmail.com



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