Hope foi a melhor

Domingo, 30, no Hipódromo da Gávea, Rio de Janeiro, foi realizado o GP Duque de Caxias (GII), antes uma das mais importantes carreiras para éguas de várias idades, no Brasil. Agora, apenas com inscrições de boas corredoras do turfe carioca, mas não todas, pois alguns proprietários entendem que as que correram no OSAF, há um mês, merecem descanso.

Este ano o campo teve somente cinco éguas, todas de quatro anos, e a vitória terminou com HOPE (Know Heights e Maria Star, por Ghadeer), confirmando ser uma das melhores em atividade no Brasil. Com uma campanha curta e bem traçada, o resultado era de se esperar. Em apenas sete apresentações, Hope chegou ao terceiro triunfo e segundo de Grupo II, tendo ainda uma importantíssima colocação: segundo lugar no GP Roberto e Nelson Grimaldi Seabra (GI), sinalizando que daqui para a frente dificilmente será derrotada pelas do seu sexo. Em ótima atuação, QUALIDADE INDY (P.T. Indy) ficou com a dupla, deixando a dois corpos, em terceiro, a ótima TANTA HONRA (Crimson Tide), que parece estar precisando de descanso. FOGO NA VENTA (Public Purse) e COINTREAU (Astor Place), muito longe, chegaram a seguir.

Criação da Fazenda Mondesir e propriedade do Stud Azul e Branco, a vencedora foi pilotada por Dalto Duarte e apresentada por Ronaldo Marins Lima. Os 2.000 metros foram percorridos em 2Â’04”30, na grama leve, com cerca móvel.

Pertencem à linha materna de Hope, além de sua terceira mãe Exclusive Star (vencedora do GP Diana, entre outras provas), Dulcia, Dorine, Doretta, Dorileo, Mania Star, More Dust, Dietrich etc.

Special Class, êxito autoritário

Também no Hipódromo da Gávea, mas sábado, foi corrido, no quilômetro, o GP Adhemar de Faria e Roberto Gabizo de Faria (GIII), uma das pouquíssimas provas de grupo para velocistas existentes no país, reservado para produtos de 3 anos e mais idade.

Novamente uma égua, agora SPECIAL CLASS (Wild Event e Ivy League, por Ghadeer), de 4 anos, em grande estilo venceu e convenceu, confirmando ser dona de grande aceleração final em tiros curtos. Rigorosamente não teve adversários. Num outro páreo, GRAN TINTORETTO (Monsieur Renoir), da mesma idade da ganhadora, formou a dupla, deixando perto, a seguir, ÍNDIO RÁPIDO (Top Size), um ano mais velho, e SO WHAT (Wild Event), também de 4 anos. UNIBOY DI JOB (Job di Caroline), de 6, completou o marcador, agarrado aos três.

Special Class, criação e propriedade do Haras Santa Maria de Araras,  foi dirigida por Jean Pierre, é treinada por Roberto Morgado Neto e assinalou 55”73, na grama macia, com cerca móvel. Conquistou a quinta vitória, segunda de grupo, em nove apresentações no Rio e em São Paulo.

A segunda mãe da ganhadora é a clássica Alfazema (IÂ’m Glad). Desta linha materna também fazem parte Princessnesian, Cryptoclearance, Bold Forli, Slavic, Norwegian, Duke of Marmalade, Concentrate, Munir, Ontemhojeesempre etc.   

Tequila mostra valentia

Domingo, no Hipódromo do Cidade Jardim, São Paulo, foi disputado o GP Paulo José da Costa (GIII), para potrancas de 3 anos, em 1.900 metros, areia.

Em sua sétima apresentação, TEQUILA (Wild Event e Olinda Girl, por Jules) alcançou o primeiro êxito clássico, somando–o ao outro, obtido numa prova comum. Uma revelação, a confirmar no futuro. Numa boa atuação VERSILIA (Shudanz) formou a dupla. HOLD ME TIGHT (Roi Normand), FORMOSURA INDY (P.T. Indy) e IJUBINHA (First American), sem impressionar, completaram o placar.

Tequila, criação do Haras Santa Maria de Araras e propriedade do Stud Capone, foi conduzida por Sílvio Generoso e seu treinador é Sérgio Vasco. Tempo, na pista macia, 1Â’59”367.

Avaliação das provas clássicas

Embora com campo vazio, pode–se dizer que a qualidade técnica se fez presente no GP Duque de Caxias (GII). Entre as cinco inscritas, três ganhadoras de grupo.

Já no clássico de velocistas, GP Adhemar de Faria e Roberto Gabizo de Faria (GIII), a situação não foi tão boa. Apenas dois ganhadores de grupo, (duas fêmeas).

O GP Paulo José da Costa (GIII) é desses páreos que, como já ficou provado na prática, não parece interessar à maioria dos proprietários. O motivo somente pode ser atribuído à pista de areia. Concorrendo com as provas da Tríplice Coroa (na grama), nem Listed Race merecia ser. 

Próximas atrações

São Paulo

Fim de semana marcado pela realização do importante GP Ipiranga (GI), primeira prova da Quádrupla Coroa, interessante evento que só existe no turfe paulista. Devido, entretanto, ao desinteresse dos proprietários por páreos acima dos 2.400 metros, e por ter a sua última etapa, o GP Consagração, praticamente coincidindo com o GP Carlos Pellegrini, ainda não teve vencedor.

No sábado, o também importante GP Henrique de Toledo Lara (GI), em 1.800 metros, grama, para potrancas de 3 anos, segunda prova da Tríplice Coroa de São Paulo.

Além das provas citadas, éguas de 3 anos e mais idade, estarão em ação para disputar o GP Independência (GIII), em 1.000 metros, e o Clássico Prefeito do Município de São Paulo (L), em 1.400 metros. Ambos na grama.

Rio de Janeiro

Antecipado em uma semana, será disputado, domingo, 6, o GP Carlos Telles e Carlos Gilberto da Rocha Faria (GII), para potrancas de 3 anos. Em 2.000 metros, grama, é importante teste (carioca) para o GP Diana (paulista).

No mesmo dia, o GP Dr. Frontin (GII), em 2.400 metros, grama, para produtos de 4 anos e mais idade que, corrido nesta época do ano, não tem função especial ou importância.

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