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Colunista:

Provas de Grupo, por Ivamar
12/08/2009 - 10h51min

Questing New abre a Tríplice Coroa paulista

Sábado, 8, no Hipódromo de Cidade Jardim, em São Paulo, fêmeas de 3 anos estiveram em ação no GP Barão de Piracicaba (GI), primeira prova da Tríplice Coroa de potrancas, em 1.600 metros, grama, um dos páreos mais importantes do turfe brasileiro.

Reabilitando–se das últimas corridas, quando deu a impressão de sentir o rigor da campanha, QUESTING NEW obteve a terceira vitória, segunda de grupo, na sétima apresentação. Venceu e convenceu, deixando longe as segunda e terceira colocadas, DISH DASH (Mensageiro Alado) e IJUBINHA (First American), separadas por um corpo. PRESENTE (Know Heights) foi quarta, próxima da terceira, mas SALVE ELA (Pure Prize) completou o marcador afastada. LOVELY CAROLINA perdeu a invencibilidade e BALADA DA HORA, sua liderança, desde o GP João Cecílio Ferraz (GI).

Questing New, criação e propriedade do Haras São Pedro do Alto, foi pilotada por Nelito Cunha, é treinada por Alexandre Garcia Saldanha Correa e assinalou 1Â’33”364, na pista macia. Tempo excelente para a turma.

O brasileiro Romarin, pai da ganhadora, pertence a uma linha paterna que, infelizmente, está se extinguindo, a de Prince Rose (proveniente de St. Simon). No Brasil, somente ele poderá salvar salvá–la (também Siphon, nos Estados Unidos e na sua única geração brasileira, caso produza um craque que venha a ser aproveitado na reprodução). Em meados do século passado esta linha, que pode ser assim descrita: Romarin, Itajara, Felicio, Shantung, Sicambre, Prince Bio e Prince Rose, fez bastante sucesso na criação mundial. Além de Questing New, outros filhos de Romarin, como Bandido Secreto, O Dragão, Lamor e Nelore Porã devem ser citados.

A mãe da ganhadora, Loving New (Choctaw Ridge) também venceu este GP Barão de Piracicaba, e posteriormente o GP Diana, deixando de ser tríplice coroada ao ser derrotada na última etapa, o GP José Guathemozin Nogueira. A segunda mãe de Questing New, Decorpoealma, é irmã materna de Hyrat, ganhador do GP ABCPCC (GI).

Que Milionária, em forte atropelada

No mesmo dia e hipódromo, foi realizada, na grama, a Copa Japão de Turfe (L), em sua 15ª versão. Fato curioso: as potrancas da geração nascida em 2006, que já enfrentaram as mais velhas até com sucesso (caso de Dish Dash), não puderam ser inscritas. Talvez pelo fato do GP Barão de Piracicaba ser disputado no mesmo dia.

Em final de grande emoção, pois várias éguas deram a impressão de vencer, a 4 anos QUE MILIONÁRIA (P.T. Indy e Ke Fortuna, por Minstrel Glory), atropelando aberta, alcançou as rivais a poucos metros do disco, ganhando por meio corpo. GARBOSA SEXTA (Hibernian Rhapsody) e  CHIANTI (Yagli), também de 4 anos, e BE SO FAIR (Stravinsky), de 5, chegaram agarradas, a seguir. I CAN FLY (Play Violin), outra de 5 anos, completou o placar, próxima. Hilaris, a única com credenciais clássicas, fracassou. Algo se passou. Não correram Rainha Carolina e Rose Normand.

A ganhadora, criação do Haras Ponta Porã e propriedade do Stud Tanuar, foi dirigida por Antônio Queiroz e é treinada por Estanislau Petrochinski. Bom o tempo na pista leve, 1Â’34”110.

Tapera Cigana conquista a primeira vitória 

No Hipódromo da Gávea, Rio de Janeiro, domingo, 9, foi corrida a Prova Especial Paulo e Nelson Monte, em 1.000 metros, grama. A condição de chamada não permite inscrição de vencedoras ou colocadas em prova clássica e esta restrição enfraquece e muito, tecnicamente, o páreo.

Entrando na reta em segundo, TAPERA CIGANA (American Gipsy e Tapera do Sul, por Roy) foi descontando a diferença que a separava da ponteira MURKY (Notation), até ultrapassá–la e livrar um corpo, no final. Ambas são de propriedade do Stud Quintella e treinadas por Luiz Guilherme Feijó Ulloa. A pouco mais de um corpo da segunda, HEAD KEY (Spring Halo) terminou em terceiro. Nas colocações a seguir, STOP AND GO (First American) e MISS VIP (Churchill).

Tapera Cigana, criação do Haras Anderson, foi conduzida por Marcello Cardoso e assinalou 57”14, na pista macia, com cerca móvel.

Avaliação das provas clássicas

Calcado no famoso Mil Guinéus inglês, o GP Barão de Piracicaba (GI), uma das carreiras fundamentais do turfe brasileiro, é também das mais  aguardadas pelos turfistas. Aqui se conhece a melhor potranca da geração. O campo teria sido perfeito, se Talenta, Mrs.Boss e Tout Est Bien tivessem sido inscritas.

A Copa Japão de Turfe (L), na grama, continua sendo um páreo nobre de pequena expressão, principalmente pela proximidade com o GP Roberto e Nelson Grimaldi Seabra, OSAF carioca.

Próximas atrações

São Paulo e Rio de Janeiro

Final de semana fraquíssimo em termos técnicos. Duas provas em distância longa, tanto no Rio quanto em São Paulo. Deveriam servir aos fundistas, só que, a rigor, nos nossos dias, é praticamente impossível apontar quais os grandes especialistas no Brasil. Provavelmente aqueles que têm seus treinamentos orientados para a distância de 2.400 metros (não indo além), na qual são disputados os GPs Brasil, São Paulo, Derby Paulista e Cruzeiro do Sul. Tolice pensar que um excelente cavalo tenha intimidade com os 3.000 metros. Somente proprietários dos que não têm aptidões para correr aquelas importantíssimas carreiras, inscrevem seus produtos na Prova Especial Narvik e na nova Prova Especial Gualicho.

Ainda na programação, duas carreiras para éguas de 3 anos e mais idade, semelhantes a certos páreos comuns que quase sempre são vistos na Gávea e em Cidade Jardim, os chamados pesos especiais. Excepcionalmente, porém,  esta semana têm título: No Rio, Prova Especial Mário Jorge de Carvalho (1.600 metros, grama), e em São Paulo, Prova Especial Família Marchioni (1.400, areia).



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