Muitas emoções,  apostas fracas

Este repórter não estava em condições de trabalhar, semana passada, e consequentemente, não escreveu a coluna, mas esteve atento à festa do LATINO–AMERICANO, assistindo–a pela telinha. Um evento bem organizado, no horário previsto. Financeiramente, porém, na minha opinião, um tanto decepcionante. Na pista, emoções pela vitória de um cavalo brasileiro, Hot Six. Nem tudo foi alegria. Na prova, caíram três jóqueis, Bruno Reis, Marcello Cardoso e o extraordinário Jorge Ricardo. Os dois primeiros, sem gravidade, Ricardinho com fraturas em uma vértebra e no crânio, que devem deixá–lo em inatividade três meses, no mínimo. A programação em si foi altamente negativa para os favoritos.

Jorge Ricardo, o maior ganhador do planeta, deve retornar amanhã a Buenos Aires, onde está radicado desde meados de 2006. Resta, agora, aos que se acostumaram, como eu, a ver as atuações deste fenômeno, esperar por sua recuperação. Que seja rápida. Ele tem, ainda, muito a dar ao turfe.

Incrível!

Nos meus 52 anos de jornalismo – comecei em 1957 –, jamais assisti à largada de um páreo antes do horário determinado. Não acreditei, assim , quando várias carreiras de sábado e domingo na Gávea foram realizadas antes do previsto. Não estava sonhando. Era verdade. Será que os dirigentes do JOCKEY CLUB BRASILEIRO realizavam um teste? Ou erraram?

Para completar ao que chamo de desorganização, um páreo da corrida de sábado na Gávea estava marcado para o mesmo, mesmíssimo horário de uma prova em Cidade Jardim. Que beleza!

Bem, adiantamentos, depois atrasos, não serviram para aumentar os movimentos de apostas no Hipódromo da Gávea, fracos nas quatro reuniões. E o coração do colunista sofre com corridas sem emoções. As tribunas, outrora cheias, dão lugar ao silêncio.

Ainda não sei os horários dos páreos de sexta, sábado, domingo e segunda–feira, dias 27, 28, 29 e 30. Só espero que sejam respeitados, que o sol apareça e, principalmente, que as apostas aumentem significativamente. Especialmente, mesmo sem público presente, estou torcendo por excelentes números no jogo da  programação de domingo no Hipódromo Brasileiro, quando acontecerão provas das Tríplices Coroas de potrancas e de produtos. O nosso turfe, de um modo geral, a exemplo da esmagadora maioria de países mais adiantados em corridas de cavalos, precisa de movimentos expressivos para sobreviver.

Finais...

 MARCOS MAZINI, suspenso pela Comissão de Corridas do Jockey Club de São Paulo até 4 abril, por prejuízos causados a rivais – só pode montar em clássicos – deu um show nas últimas reuniões realizadas na Gávea, obtendo oito triunfos. É o líder destacado da estatística, com 194 êxitos, contra 130 de Carlos Lavor, o segundo. Entre os treinadores, JULIO CEZAR SAMPAIO é o primeiro, com 91 triunfos, mais 32 do que Victor Paim, o maior adversário.

 MARCELLO CARDOSO deu mais uma demonstração de técnica e coragem no programa de sexta–feira, 20, na Gávea. Com problema em um dos estribos, levou New Play à vitória no segundo páreo.

 Momentos de emoção quando da realização do Clássico Presidente Luiz Oliveira de Barros, Listed, sábado, em Cidade Jardim. A 4 anos HÉMÉROCALLE, que corria nos últimos lugares, atropelou de forma espetacular para chegar ao triunfo. Emoções que o turfe brasileiro nos proporcionava nas épocas de ouro (50 e 60).

 Na sexta–feira, 27, SIMULCASTING Gávea / Tarumã; sábado, domingo e segunda–feira, Gávea / Cidade Jardim.

 Comenta–se que o excelente ALEX MOTA está dando tudo de si para voltar a montar. Fala–se até que estará presente em uma das próximas reuniões no Hipódromo Liinneo de Paula Machado, em Campos. A conferir.

 É possível que R.F. OLIVEIRA, vencedor em lindo final, com Fortune Noble, do 1° Grande Prêmio Quarto de Milha Jockey Club Brasileiro, sábado, na Gávea, passe a montar, no final de abril, no Hipódromo Brasileiro, como aprendiz de terceira categoria. Aguardo maiores informações.

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