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Colunista:

Veterinária a galope, por Dr. Francisco Lança
18/02/2009 - 12h10min

NUTRIÇÃO EQUÍNA: conceitos básicos – Parte II

MINERAIS

– Os minerais constituem 4% do organismo do cavalo.

– São divididos em macrominerais (Cálcio, Fósforo, Potássio, Sódio, Cloro e Magnésio) que são expressos em %, e em microminerais (Cobalto, Cobre, Flúor, Iodo, Ferro, Manganês, Selênio e Zinco) que são expressos em PPM ou mg/Kg.

– Os macrominerais são necessários para a estrutura (esqueleto) do organismo e para manter o equilíbrio hídrico, função celular, condução do impulso nervoso e contração muscular.

– Os microminerais são principalmente utilizados em reações químicas e fazem parte de algumas enzimas.

– Nutricionalmente os minerais deverão ser vistos como um grupo ao invés de individualmente. O aumento do consumo leva também a um aumento da sua excreção pela urina e fezes. O que importa é a quantidade balanceada dos minerais na dieta e não o aumento de um ou outro especificamente.

– Os minerais de maior importância em nutrição de cavalos são o Cálcio (Ca), Fósforo (P), o sal (Cloreto de Sódio), o Selênio, o Cobre e o Zinco.

Cálcio

– Compõe 35 % da estrutura óssea e está envolvido diretamente na contração muscular. Cerca de 99 % do Ca se encontra nos ossos e dentes.

– A sua absorção no organismo é de 50 % da quantidade consumida, podendo ser influenciada pela concentração na ração, e pela presença de fósforo, oxalato e fitato, que reduzem a sua absorção.

– A sua deficiência causa desmineralização dos ossos, alargamento das articulações, fraqueza óssea e até calcificação.

– O seu excesso causa osteocondrose (transformação da cartilagem em tecido ósseo).

Fósforo

– Compõe de 14 a 17 % o esqueleto e é utilizado também em reações energéticas associadas á produção de ATP.

– A sua absorção varia de 35 a 55 %, dependendo da idade, a fonte e a concentração na ração, sendo maior em potros mamando e menor em animais adutos.

– A deficiência de fósforo produz alterações raquíticas em potros e osteomalácia (cara inchada) em adultos.

– O seu excesso causa hiperparatireoidismo por diminuir a absorção de Cálcio.

Relação Cálcio–Fósforo

– O cavalo adulto tolera uma relação Ca:P = 1:1 a 8:1 e em crescimento de 1:1 a 3:1.

– Relação menor que 1:1 leva a diminuição da absorção de Ca, mesmo se as quantidades do mesmo estejam corretas na ração, e conseqüentes deformações.

– As recomendações internacionais de relação Ca : P são:

IDADE          MÍNIMO              ÓTI MO              MÁXIMO& nbsp;           Desmamados   1:1          &n bsp;        1,25:1              &nb sp;  1,5:1
Sobreano         1:1   & nbsp;               1,50:1              &nb sp;     2:1
Dois anos         1:1     &n bsp;                ;  2:1                  2,5:1
Adulto               1:1                        2:1                    &nb sp;8:1

O que importa é que a ração formulada tenha quantidades suficientes de Ca e P, não sua relação, a não ser que não atenda ás necessidades pré–estabelecidas.

– As doenças esqueléticas são a maior conseqüência da deficiência ou excesso de Cálcio e Fósforo na dieta dentre elas:

(a) osteoporose por produção inadequada de matriz óssea,

(b) raquitismo em animais em crescimento e osteomalácia em adultos por mineralização óssea insuficiente,

(c)  osteodistrofia fibrosa, por excesso de reabsorção mineral dos ossos

(d) osteopetrose, por mineralização excessiva do osso,

(e) Síndrome de Wobller, vulgo “bambeira” em potros, por osteocondrose das vértebras cervicais e compressão da medula.

– O tratamento quando na presença de deficiência é dobrar os requerimentos nos primeiros 3 meses e após manter valores de tabela, e quando excesso diminuir as quantidades aos valores de tabela. No entanto serão necessários de 4 a 12 meses para o osso obter o seu equilíbrio normal.

Sal (Cloreto de Sódio)

– O sal é necessário para regulação dos líquidos corporais e condução do impulso nervoso e muscular.

– O Sódio é o único mineral pelo qual o cavalo tem realmente apetite. O seu consumo voluntário varia de 5 a 200 g por dia. Se for excessivo, levará a um aumento também do consumo de água e conseqüente a excreção urinária.

– O exercício aumenta a necessidade de sal proporcionalmente ao aumento da sudorese.

– Deverá estar presente na dieta na concentração de 0,5 a 1 % para assegurar as necessidades do cavalo.

– O sal fornecido deverá ser o iodado, que contém 0,007% de iodo. O sal comum não contém nem Cálcio nem Fósforo, mas poderá conter outros minerais como o Selênio.

– A deficiência de sal ocorre mais frequentemente após exercícios prolongados e durante a lactação. Isso leva á redução da sudorese e poderá levar a hipertermia. Outros sintomas são perda de peso, fraqueza e desidratação.

– O excesso ocorre por ingestão acidental de salmoura ou água salobra, fornecimento á vontade de sal ou dieta com concentração de mais de 2 %.

Selênio / Vitamina E

– Deverão ser sempre analisados juntos.

– São componentes essenciais dos protetores das membranas celulares, principalmente dos músculos, protegendo o organismo contra substâncias perigosas como o arsênio e mercúrio e agem na prevenção contra os radicais livres.

– As rações geralmente tem 0,3 mg/kg de Selênio e 100 IU/Kg de Vitamina E . A absorção é de aproximadamente 77%.

– Os requerimentos de Selênio e Vitamina E são proporcionais, já que na deficiência de um é necessário o excesso do outro e vice–versa.

– O Selênio e Vitamina E juntos aumentam a resposta imunológica á vacinação.

– A deficiência de ambos causa distrofia muscular e dificuldade de locomoção, retardo do crescimento em potros, diminuição da fertilidade em éguas e garanhões, encefalopatias, desordens vasculares e diminuição da imunidade.

– O excesso (dose letal de Selênio é de 3,3 mg/Kg) causa cegueira, dores abdominais e letargia. A intoxicação crônica causa perda constante da pelagem da garupa e cauda.

Cobre

– É essencial na formação de enzimas envolvidas na produção de tecido elástico, na formação da hemoglobina e na manutenção da estrutura vascular e esquelética.

– O metabolismo do Cobre é regulado pelo fígado, que o armazena e incorpora ás proteínas para ser transportado pelo sangue para todos os órgãos. É excretado do corpo através da bile.

– A sua absorção se dá em todo o aparelho digestivo, sendo que diminui se consumido em excesso. O excesso de Zinco também diminui sua absorção.

– A quantidade de Cobre no fígado dos potros é baixa, havendo a necessidade de ser suprida através do leite materno nos primeiros meses de vida. No entanto, a suplementação de Cobre a partir do 2° mês de vida diminui o risco de doenças ortopédicas.

– A deficiência causa anemia, ataxia do recém–nascido e fraqueza dos cascos.

– O excesso aumenta a excreção de Selênio, levando a uma deficiência do mesmo. No entanto, os cavalos são tolerantes a altas concentrações de na alimentação.

Zinco

– O Zinco está presente na pele, pêlos e osso.

– Atua como componente de sistemas enzimáticos da digestão e respiração, na calcificação óssea, no funcionamento da insulina, no desenvolvimento e funcionamento dos órgãos reprodutivos e na cicatrização de feridas.

– A absorção depende de sua quantidade no organismo, variando de 5 a 90 %. Quanto menor a quantidade na alimentação maior a absorção e vice–versa.

– O consumo de Zinco aumenta a densidade óssea e diminui a incidência de doenças ortopédicas.

– A deficiência causa diminuição do apetite, diminuição do crescimento, perda de pêlos, baixo desenvolvimento de testículos, demora na cicatrização de feridas e baixa tolerância á glicose.

– O excesso leva a derrames de curvilhão, epifisites e manqueiras, descolamento das cartilagens articulares, osteocondrite e problemas ortopédicos.

VITAMINAS

– São substâncias orgânicas essenciais em pequenas quantidades para o crescimento, reprodução e manutenção de um bom estado corporal.

– Tem como função atuar como promotores de crescimento, auxiliar a cura de certas doenças e ativar várias reações orgânicas.

– São conhecidas 16 e classificadas em lipossolúveis (Vitaminas A, D, E e K), constituídas por carbono, hidrogênio e oxigênio, e hidrossolúveis (Vitaminas B e C), constituídas por carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e enxofre.

– Com exceção das vitaminas A e E, todas as restantes são produzidas pela microflora do cavalo no ceco e colón e no fígado.

– Sob situações de alimentação normal, as deficiências ou excessos de vitaminas são difíceis de ocorrer. As situações onde a suplementação vitamínica se faz necessária são: (a) cavalos que tomam antibióticos orais por longos períodos, (b) quando a alimentação é rica em grãos e pobre de forragens, (c) quando fornecido feno de baixa qualidade, (d) cavalos sob estresse, (e) cavalos nervosos ou hiperativos, (f) cavalos em treinamento freqüente ou exercício físico prolongado e (g) cavalos anêmicos.

– A atividade das vitaminas nos alimentos é diminuída por fatores externos como luz do sol, ração moída, calor, exposição excessiva ao ar.

– Os cavalos que se alimentam em pastagens de boa qualidade não tem (ou tem poucas) necessidades de suplementação vitamínica, devido ás forragens serem a melhor fonte da maioria das vitaminas.

Vitamina A

– A vitamina A é encontrada nos mamíferos, não sendo encontrada nas plantas. Nas plantas encontra–se na forma de caroteno, que é o precursor da vitamina A. Existem 4 tipos de carotenos: o alfa, o beta (o principal que fornece cerca de 2/3 de vitamina A na nutrição dos cavalos), o gama e a criptoxantina (caroteno do milho).

– A conversão do beta–caroteno em vitamina A depende da presença de bile no intestino delgado e de gordura na dieta para ocorrer absorção sendo armazenada no fígado.

– As funções da vitamina A incluem nos equínos:

• Metabolismo da visão, prevenindo a cegueira noturna,

• Atua no processo reprodutivo através da produção dos hormônios sexuais, formação do corpo lúteo e produção de espermatozóides,

• Atua na remodelação óssea e no desenvolvimento dos tecidos epiteliais, evitando infecções respiratórias e digestivas.

– Na alimentação, um cavalo que consome pastagem verde por 4 a 6 semanas terá estoques de vitamina A no seu fígado por 3 a 6 meses. O caroteno presente na alfafa é o mais proveitoso como fonte de vitamina A.

– Os cavalos pastando tem de 8 a 13 vezes mais vitamina A que os estabulados.

– A deficiência de vitamina A é mais observada em potros. No geral causa cegueira noturna, lacrimejamento constante, endurecimento da pele e córnea, crescimento fraco, infecções respiratórias, diminuição da eficiência reprodutiva  e fraqueza progressiva.

– Os sintomas por excesso de vitamina A só ocorrem quando forem saturados os estoques hepáticos. Após isso ocorrerá fragilidade óssea, esfoliação excessiva da pele, hepatite gordurosa, perda de tônus muscular e depressão. Em casos extremos poderá ocorrer hemorragia interna.

– A atividade de vitamina A nas rações diminui a uma taxa de 9,5 % ao mês.


Vitamina D

– A vitamina D é encontrada em duas formas mais conhecidas, o ergocalciferol (vitamina D2) e colecalciferol (vitamina D3). O ergosterol das plantas, sob ação dos raios ultravioleta do sol, é transformado em vitamina D2. O colesterol é transformado em 7–dehidrocolesterol no corpo animal, e sob ação dos raios ultravioleta na pele, é transformado em vitamina D3. Esta aumenta a absorção de Cálcio e Fósforo e a mobilização de ambos para os ossos.

– A vitamina D3 é mais potente e tem preferência de absorção pelos cavalos, comparada á D2.

– Na alimentação eqüina, se o cavalo for criado solto com várias horas de luz por dia ou recebe feno seco ao sol e não armazenado por mais de um ano ou pastando em capim dormente e seco, as suas necessidades de vitamina D estarão supridas.

– As funções da vitamina D incluem o controle do metabolismo do Cálcio e Fósforo, promotor de crescimento e mineralização dos ossos.

– A deficiência causa raquitismo em cavalos jovens e osteomalácia (cara inchada) em adultos. Outros sinais incluem perda de apetite, diminuição do crescimento e perda de força dos ossos carpais.

– O excesso causa absorção excessiva de Cálcio e Fósforo, levando ao endurecimento de tecidos moles, especialmente vasos sanguíneos, diminuindo o calibre deles e a passagem do sangue. Ocorre também diminuição da remodelação óssea, levando a osteopetrose (endurecimento excessivo dos ossos), diminuição da performance atlética por rigidez dos tendões e ligamentos e problemas renais.

– A atividade de vitamina D nas rações diminui a uma taxa de 7,5 % ao mês.

Vitamina K

– As formas naturais de vitamina K incluem a vitamina K1 (filoquinona) que é presente em folhas verdes e frescas, e as vitaminas K2 (menaquinonas) que são produzidas por bactérias no aparelho digestivo dos cavalos.

– A vitamina K atua no processo de coagulação sanguínea, em que a mesma é indispensável na formação e ativação de fatores de coagulação.

– A deficiência de vitamina K causa diminuição do apetite e diminuição da coagulação sanguínea, deixando os animais mais expostos a hemorragias. O sangramento nasal é frequentemente um dos primeiros sintomas nos cavalos (não confundir com hemorragia por esforço). Outros sintomas são formação de hematomas sub–cutâneos e derrames nos joelhos e curvilhões.

– O excesso parece ser inócuo.

Vitaminas do complexo B

Vitamina B1 (Tiamina)

– É encontrada nas leveduras, folhas verdes e germes de cereais, e é produzida pelas bactérias do aparelho digestivo.

– E uma das vitaminas menos armazenadas pelo cavalo, os seus estoques orgânicos na sua falta acabam em 1 a 2 semanas.

– A sua função é de auxiliar na transformação da glicose em gordura e no funcionamento dos nervos periféricos.

– A deficiência causa incoordenação motora, flacidez dos membros posteriores (senta como cachorro), diminuição dos batimentos cardíacos, cegueira temporária e convulsões.

– O excesso é pouco provável de ocorrer, porém podem ocorrer bloqueios da transmissão nervosa e epilepsia.

– A sua atividade nas rações diminui a uma taxa de 5 a 11 % ao mês.

Vitamina B2 (Riboflavina)

– Presente em alta quantidade nas forragens frescas e leveduras mas é baixa nos cereais. É produzida em altas quantidades pelas bactérias da flora intestinal do cavalo, raramente havendo necessidade de suplementação.

– O armazenamento no corpo é mínimo e o excesso é rapidamente eliminado pela urina.

– Atua na liberação de energia das células e na produção de aminoácidos.

– É sintoma da deficiência a oftalmia periódica nos cavalos (cegueira noturna) sendo que altos níveis de riboflavina não são tóxicos.

– A sua atividade nas rações diminui a uma taxa de 3 % ao mês.

Vitamina B3 (Niacina)

– É encontrada em altas quantidades nas leveduras e também é produzida por microorganismo no trato intestinal do cavalo. O aminoácido triptofano pode ser convertido em niacina no corpo do cavalo.

– Atua como auxiliar no processo da respiração celular e produção de energia corporal e na produção de DNA.

– A deficiência e excesso ainda não foram relatados no cavalo.

– A sua atividade nas rações diminui a uma taxa de 4,6 % ao mês.

Vitamina B 5 (Ácido Pantotênico)

– É o constituinte de várias enzimas e largamente distribuído por todos os tecidos dos cavalos. É também produzido no intestino do cavalo através da flora bacteriana.

– O seu armazenamento no corpo do animal é muito baixo

– A sua função é de participar no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas.

– O excesso e deficiência ainda não foram descritos nos cavalos.

– A sua atividade nas rações diminui a uma taxa de 2,4 % ao mês.

Vitamina B6 (Piridoxina)

– A vitamina B6 encontra–se na forma de piridoxina, piridoxal e piridoxamina. A forma predominante nas plantas é a piridoxina e as predominantes nos animais são o piridoxal e piridoxina.

– Também é sintetizada por microorganismos. A absorção ocorre no intestino delgado, pouco é armazenado no corpo e o excesso é excretado na urina.

– Atua na produção dos aminoácidos e de substâncias responsáveis pelos vasos sanguíneos.

– A deficiência causa epilepsia e o excesso nunca foi relatado em cavalos.

– A sua atividade nas rações diminui a uma taxa de 4 % ao mês.

Vitamina B7 (Biotina)

– Presente em largas quantidades nas leveduras, soja e nos tecidos dos cavalos. Nos cavalos adultos é produzida por microorganismos no colón. O seu armazenamento no corpo é fraco.

– A suplementação de biotina nos cavalos tem efeitos benéficos no casco. Ocorre uma melhora na qualidade e forma dos cascos quando fornecida por no mínimo de 6 a 9 meses. No entanto, a fraca aderência das “escamas” de queratina no casco requer além da biotina, suplementação de Cálcio e de proteína.

– O excesso e deficiência não foram confirmados nos cavalos.

– A sua atividade nas rações diminui a uma taxa de 4,4 % ao mês.

Vitamina B9 (Folacina)

–É encontrada em grandes quantidades em forragens verdes e em baixas nos fenos e grãos. Assim como as outras vitaminas do complexo B, também é produzida por microorganismos no intestino do cavalo. Apesar disto, não é suficiente, tendo que ser fornecida na alimentação.

– A sua função é de produção das células do sangue, crescimento e reprodução.

– É bem armazenada no fígado sendo excretada através da bile.

– A deficiência causa anemia e problemas de fertilidade e o excesso é raro.

– A sua atividade nas rações diminui a uma taxa de 5 % ao mês.

Vitamina B12 (Cobalamina)

– A vitamina B12 é a única na natureza que é produzida na natureza apenas por microorganismos. A fonte dela para os cavalos é através da alimentação de alimentos com estes organismos, produção no próprio intestino e quantidades suplementadas na dieta normal.

– O mineral Cobalto é ingrediente necessário para a produção bacteriana de vitamina B12.

– É encontrada em altas quantidades em forragens e baixa nos cereais.

– Grandes quantidades de Cobalamina são armazenados no fígado e em menor quantidade no rim, coração, baço e cérebro dos cavalos.

– A sua função é de auxiliar na produção de células do sangue e DNA, auxiliar na produção de energia.

– A vitamina B12 é frequentemente aplicada em cavalos de corrida para tratar ou prevenir anemia, aumentar a performance atlética e estimular o apetite. No entanto, não existem evidências que aplicando B12, isso cause alguns destes efeitos ou tenha algum benefício. As injeções de B12 são rapidamente retiradas do plasma e eliminadas pela urina e bile, devido ao efeito ser de curta duração.

– A deficiência causa anemia e problemas com potros recém–nascidos. O excesso não foi relatado.

– A sua atividade nas rações diminui a uma taxa de 1,4 % ao mês.

Colina

– A colina difere das outras vitaminas do complexo B, pois é requerida em maior quantidade. É sintetizada pelo organismo, reduzindo a necessidade na dieta; e é componente dos fosfolipídios (lecitina), presente nas membranas celulares, com função diferente das outras vitaminas, ou seja, com função estrutural.

– O excesso e deficiência não foram confirmados nos cavalos.

– A sua atividade nas rações diminui a uma taxa de 1 % ao mês.

Vitamina C

– A vitamina C está presente na natureza sob a forma de ácido ascórbico. Ingerida na alimentação é absorvida no intestino delgado e é pobremente armazenada. O ácido ascórbico poderá ser produzido a partir da glicose no fígado dos cavalos. O seu excesso é eliminado pela urina.

– Tem função de antioxidante, protegendo as gorduras e proteínas das células contra radicais livres. A vitamina C aumenta a formação de matriz óssea, aumenta a absorção no intestino do Ferro, aumenta a resposta do sistema imunológico, e auxilia na formação do colágeno.

– Os cavalos não necessitam de vitamina C na sua dieta normal. O seu uso é clínico apenas quando na presença de certas doenças infecciosas e quando o seu requerimento é maior que a capacidade do cavalo de produzi–la.

– Aumenta a motilidade espermática de garanhões e diminui as anormalidades da cauda dos espermatozóides. No entanto, não tem função alguma quando utilizada na tentativa de aumentar a performance atlética.

– O excesso e a deficiência não são comuns nos cavalos ao contrário do que ocorre no homem.

– A atividade de vitamina C nas rações diminui a uma taxa de 30  % ao mês, por ser facilmente oxidada.

Dr Francisco Lança: francisco@byvet.com.br



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