No momento, apenas um sonho

Na primeira coluna deste ano, escrevi que, em vista do resultado do MOVIMENTO DE APOSTAS, 2009, na Gávea, começara de forma promissora. Acho, no entanto, pelos números das reuniões passadas, que o sonho de melhores dias está longe de se transformar em realidade. Pode ser que, com a volta da pista de grama, em reforma desde outubro último, os movimentos melhorem. Prefiro aguardar para opinar.

Na corrida de sexta–feira, o simulcasting Gávea / Campos superou ligeiramente a importância de R$ 709 mil. Na de sábado, considerável progresso (22 páreos no simulcasting Gávea / Cidade Jardim), ao somar R$ 1.015 mil. E na de segunda–feira, 26, mesmo simulcasting, com 20 carreiras, um total, decepcionante, de R$ 960 mil, quando se sabe que no programa de segunda o jogo, em muitas oportunidades, e com menos páreos, ultrapassa o milhão.

Deixei para último a corrida de domingo em Cidade Jardim (o  JCB não realizou programação). Considero fracos os R$ 434 mil apurados.
 
 
Desorganização

Tenho escrito sobre o desrespeito ao HORÁRIO DOS PÁREOS, um retrato do nosso turfe. Domingo passado, dia de festa em Cidade Jardim, sem corridas na Gávea, o Jockey Club de São Paulo, cujos dirigentes elogiam a sua administração, deu um péssimo exemplo. Uma desorganização organizada.

A corrida, sem nada que o justificasse, começou com atraso de oito minutos. E, pasmem, o décimo e último páreo foi realizado 48 minutos (!!!) após o horário estabelecido. Sem maiores comentários...    

Estatísticas – I

MARCOS MAZINI continua firme na liderança da estatística de jóqueis no Hipódromo da Gávea. Nas últimas reuniões montou quatro ganhadores, somando 154 triunfos na temporada 2008/2009. Destaca–se amplamente do segundo, Carlos Lavor, que tem 124.

JULIO CEZAR SAMPAIO, que apresentou dois vencedores, lidera entre os treinadores, com 73 êxitos. Em segundo, Victor Paim, com 56.

Estatísticas – II

No Hipódromo Paulistano, em Cidade Jardim, o extraordinário JOÃO MOREIRA é o líder na estatística de jóqueis, com 110 êxitos, aparecendo Altair Domingos na segunda posição, com 86.

No momento, o campeonato de treinadores está mais emocionante. O primeiro é FELIPE NICKEL, com 36 vitórias, enquanto Luiz Esteves, suspenso, e Antônio L. Cintra, com 34, dividem a segunda colocação.

Lamentável!

O JOCKEY CLUB DE CAMPOS, que em outros tempos brilhava, está tentando voltar aos melhores dias. O reinício, quando do simulcasting com a Gávea, sexta–feira, 23, na minha opinião foi decepcionante. Páreos tecnicamente fracos, movimento de apenas R$ 53 mil, e acreditem, sem imagem e com transmissão por telefone.

Espero que o Jockey de Campos progrida nas próximas programações, em se tratando de um campo de corridas dos mais importantes para o turfe carioca, dando oportunidades a jóqueis, treinadores, proprietários, funcionários... e cavalos.

E o Cristal?

Não sei como o JOCKEY CLUB DO RIO GRANDE DO SUL sobrevive com prêmios ridículos, carreiras fracas e movimentos de R$ 140 mil e R$ 150 mil, em oito, nove provas. Quero crer que seus dirigentes estejam lutando pelo clube. Não se pode esquecer, por outro lado, que os campos de criação gaúchos são importantíssimos para o nosso turfe. É fácil observar, porém, que a crise pela qual passa o chamado Esporte dos Reis em várias partes do mundo, está prejudicando em muito a realização de corridas em nosso país.

A maioria dos esportes tem divulgação. O turfe, não. Ainda bem que, quanto às corridas no Cristal, os responsáveis por elas têm feito para que sejam iniciadas com pequeno atraso, o que já é uma vitória, considerando que não faz muito tempo começavam com grande desrespeito ao apostador. O que irrita o colunista, e tenho certeza, o apostador, principalmente o que não assistiu à programação, é o retrospecto, quando há.

Um craque

Volto aos anos 40, 50 e 60, quando craques da mais alta expressão, brasileiros ou não, brilhavam em diversos hipódromos do nosso país, ao ver GIRUÁ correndo. Aos 4 anos, participou de 12 carreiras, todas na areia, triunfando em 11. Faria sucesso no exterior. Domingo passado, 25 de janeiro, no Hipódromo de Cidade Jardim, o tordilho, valente como poucos e que não corria desde outubro, deu–se ao luxo de vencer pela segunda vez o Grande Prêmio Presidente do Jockey Club, na marca de 93s8/10, ficando a 5/10 do recorde da milha.

Finais...

 MARCOS MAZINI machucou um dos pés quando da largada de prova na reunião de segunda–feira, 26, na Gávea. Nada de grave, tanto que assinou compromissos para as corridas de domingo e segunda. Punido pela Comissão de Corridas do JCB por duas programações, por causar prejuízos no dorso de Incierto, não montará sexta e sábado, à exceção do GP Roger Guedon, sábado, do qual participará pilotando Eagle Bird.

 Os treinadores VICTOR PAIM e M. NASCIMENTO não comunicaram que Chairman e Duke Of Britain são castrados. Em consequência, foram punidos pela CC carioca de 3 de fevereiro a 4 de março.

 ACEDENIR GULART trocou, não faz muito tempo, a Gávea por Cidade Jardim. E nas últimas reuniões no Hipódromo Paulistano, o enérgico piloto brilhou ao montar cinco vencedores.

 JULIAN FERNANDO, montando na Gávea, já é aprendiz de terceira categoria.

 Na próxima sexta–feira, SIMULCASTING Gávea / Tarumã; sábado, domingo e segunda, Gávea / Cidade Jardim.

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