Colunista:
Provas de Grupo, por Ivamar 28/01/2009 - 11h37min
Vitória de uma 3 anos, Notável
Sureña
Na areia do Hipódromo de Cidade Jardim foi realizado domingo o
tradicional e outrora (quando era corrido na grama) muito importante GP 25 de Janeiro (GII),
em 2.000 metros, para éguas de 3 e 4 anos e mais idade.
Em campo tecnicamente
fraco, felizmente a vitória ficou com uma das mais novas, NOTÁVEL SUREÑA (Redattore e Estrela
Sureña, por Music Prospector). Foi uma surpresa, agradável, mas que, no entanto, carece de
confirmação, pois a facilidade de seu triunfo, para a turma, foi inesperada. Até aqui tinha
apenas uma vitória comum. Também surpreendentes foram os segundo e terceiro lugares de
TRITOLETTA (Fantastic Dancer), de 4 anos, e SWISS LEMONADE (Lemon Drop Kid), de 5. A única
com vitória em prova de grupo, LÂ’AZZURA (Vettori), também de 5 anos, foi quarto, sem
impressionar. A potranca MOVING ON (Yagli), da qual se esperava mais, completou o
marcador.
Notável Sureña, criação e propriedade do Haras Old Friends, foi
dirigida por Nelito Cunha e é treinada por Selmar Lobo. Registrou 2Â’04”950, na pista macia,
regular para a turma. A avó materna da ganhadora é a campeã Rafaga Sureña, vencedora, entre
outras provas, do GP São Paulo.
Giruá: imbatível na
areia
Ainda no Hipódromo de Cidade Jardim, também na areia e no domingo,
foi disputado o GP Presidente do Jockey Club (GIII), em 1.600 metros, para produtos de 3 anos
e mais idade.
Confirmando inegável superioridade, GIRUÁ (Bonapartiste e Ellefrance,
por Fast Gold), de 4 anos, obteve o 11° êxito em 12 apresentações, conquistando o
bicampeonato da prova, mostrando–se imbatível na areia. O potro VITELINO MESTRE (Torrential),
em atuação altamente promissora, ofereceu resistência ao craque, mas acabou perdendo por
quase dois corpos. Longe, URDANZ (Shudanz), SOFTWARE (Put It Back) e OLHO CLÍNICO (Choctaw
Ridge), de 3 anos, completaram o marcador.
Giruá, criação de Eloi José Quege e
propriedade de Eládio Mavignier Benevides, foi conduzido por João Moreira, é treinado por
Mario Gosik e assinalou tempo espetacular: 1Â’33”820, na pista macia, muito próximo do
recorde.
A linha materna do ganhador é uma das melhores da criação brasileira,
iniciada no Haras Santa Maria de Araras com Allegresse. A ela pertencem, por exemplo, Country
Baby, So Beauty, El Paso, Above The Sky, Fool Around e Unifrance.
Bonito êxito de Casca Fina
Sábado, no Hipódromo da
Gávea, Rio de Janeiro, foi corrida a Prova Especial Joiosa, para éguas de 3 anos e mais
idade.
Na quinta apresentação, a potranca CASCA FINA (Notation e Only Chris, por
Ghadeer) conquistou a terceira vitória, derrotando, por cabeça, a favorita, de 4 anos, RED
TAIL (Dodge). Em bom terceiro, outra 4 anos, DUCADOS (Arambaré). Em quarto e em quinto e
último, ganhando colocações clássicas, apesar de terem chegado muito longe, FIRST BIRTH
(Stormy Atlantic) e DOIDA STELLA (Patio de Naranjos), de 4 anos.
Casca Fina, criação
do Haras Campestre e propriedade do Haras Praça XV, foi pilotada por Rodrigo Salgado, sendo
treinada por Álvaro Castillo. Os 1.200 metros foram percorridos em 1Â’11”46, na areia pesada,
um bom tempo.
Tauane, ótima
categoria
Também no Hipódromo da Gávea e ainda no sábado, aconteceu a
Prova Especial João Vieira, em 1.600 metros, para éguas de 3 anos e mais idade.
Em
excelente fase, a 3 anos TAUANE (Dancer Man e Op Colony, por New Colony) voltou a vencer,
desta vez derrotando uma égua mais velha, de ótimas credenciais, a 4 anos HILARIS (Parme),
com RUBIA GUAPA (Gablitz), igualmente de 4 anos, em terceiro lugar, algo afastada.
TANGARÁ (Choctaw Ridge), de 4 anos, e NOZZE DI FIGARO (First American), de 3,
completaram o marcador.
Tauane, criação do Haras São José da Serra e
propriedade do Stud Araré, teve a condução de Marcos Mazini, é treinada por Julio Cezar
Sampaio e assinalou 1’38”68, na areia pesada.
Avaliação das
provas clássicas
O GP 25 de Janeiro (GII), reservado a éguas (de 3 anos e
mais idade), no passado foi muito importante. Desempenhava, de certa maneira, o atual papel
do OSAF. Nos dias de hoje, geralmente tem reunido éguas pouco expressivas, como voltou a
acontecer. Seu campo contava com apenas uma égua ganhadora de prova de grupo.
Já o
GP Presidente do Jockey Club (GIII), este ano teve papel de maior importância do que
normalmente, pois os 3 anos nele inscritos podem correr na prova inicial da Tríplice Coroa
carioca. Fato que serve para mostrar como a época em que os clássicos são disputados podem
aumentar ou diminuir sua importância. Por isso, o ideal seria que, pelo menos, as provas de
grupo Rio e São Paulo fossem programadas para datas de maior interesse dos
proprietários.
Próximas atrações
Rio de
Janeiro
Sábado, na Gávea, será realizado o GP Roger Guedon (GIII), em 1.600
metros, e domingo, o GP José Buarque de Macedo (GIII), na mesma distância. São os testes para
as primeiras provas das Tríplices Coroas. Este ano, na areia, em consequência da reforma da
pista de grama do Hipódromo da Gávea, receberam inscrições de muitas potrancas e potros que
até aqui não impressionaram..
São Paulo
Está programado o
Clássico Presidente Luiz Alves de Almeida (L), em 1.000 metros, para potrancas de 2 anos, na
grama.
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