Colunista:
Há 50 anos, por Francisco Portinho 13/08/2008 - 11h22min
CLAREIRA – Prêmio Paulo Cezar, na
Gávea ENDYMION – Prêmio Antonio Prado, na Gávea JOCELYN – Prêmio José S.
Quinta Reis, em Cidade Jardim Sábado, 9 de agosto, na Gávea, foi realizado o Prêmio Paulo Cezar, para
potrancas de 3 anos, de qualquer país, na distância de 1.600 metros, grama, com dotação de CR$ 200.000 à
vencedora.
Ganhou CLAREIRA, por Cadir (Fr) e Caçamba (Arg), por Selim Hassan (GB), dirigida por Jobel
Tinoco, treinada por Levy Ferreira do Amaral, propriedade do Stud Verde e Preto (verde e preto em listras
horizontais), de Eurico Solanés, e criação de Oswaldo Aranha (Haras Vargem Alegre) no Rio de
Janeiro. Derrotou XIMBAÚVA, por Sayani (Fr) e Nuvem (Brz), por King Salmon (GB), irmã do tríplice corado
Timão (Swallow Tail–GB), da sra. Zélia Gonzaga Peixoto de Castro (branco com estrelas azuis). Em terceiro chegou
ANTÍGONA, por My Love e Anne Boleyn, por Hunter´s Moon (GB), do Stud Prince (branco, cinto preto, mangas e boné
verdes). A seguir, Dianela, Zezé, Clair, My Fair Lady, Jumba, Messília e Galiera, cujo jóquei, Ubirajara Cunha,
caiu no percurso. Diferenças: 2 corpos – 2 corpos e meio. Tempo: 97”1/5.
Naquele ano, CLAREIRA obteve
6 vitórias em 8 apresentações no Hipódromo Brasileiro. Também venceu o Grande Prêmio Remonta do Exército, o
Clássico Luís Alves de Almeida, o Clássico Barão de Piracicaba, o Grande Prêmio Francisco Vilella de Paula Machado
e o Grande Prêmio Imprensa.
Domingo, 10, foi disputado o Prêmio Antonio Prado, para potros de 3 anos, de
qualquer país, na distância de 1.600 metros, grama, com dotação de CR$ 200.000 ao ganhador.
Venceu
ENDYMION, por Royal Forest (Brz) e England (Brz), por Felicitation (GB), sob a direção de Oswaldo Ulloa, treinado
por Levy Ferreira do Amaral, propriedade de Kenneth H. McCrimon (branco, folhas de bordo e boné verdes) e criação
de Roberto & Nelson Seabra (Haras Guanabara), em Bananal, São Paulo. Em segundo chegou RIBOL, por Rieck
(Fr) e Bold Molly (GB), por Flyon (GB), do Haras Vale da Boa Esperança (branco, mangas azuis e boné encarnado), de
Júlio Cápua. ESCORIAL, por Orsenigo (Ity) e Escoa (Arg), por British Empire (GB), do Stud Seabra, de Roberto &
Nelson Seabra (preto e verde em listras verticais), foi terceiro. A seguir, Claustro, Orton, Earl, Seival, Ranieri
e Parietal. Diferenças: ¾ de corpo – corpo e ½. Tempo: 96”4/5.
Em 1958, ENDYMION obteve 2 vitórias em 5
apresentações na Gávea.
No mesmo dia, em Cidade Jardim, aconteceu o Prêmio José S. Quinta Reis, para potros
nacionais de 3 anos, na distância de 1.500 metros, areia, com dotação de CR$ 120.000 ao primeiro.
Vitória
de JOCELYN, por Pewter Platter (GB) e Pobre Nena (Arg), por Mannering (GB), conduzido por José Alves, treinado por
Juvenal Baptista Ivo, propriedade de Raymond Naufal (Haras Guayçara) e criação do Haras Bocaina.
Em
segundo, SCIAPUR, por Ebo (GB) e Winter Sea (GB), por Winterhalter (GB), do Stud 4 Amigos. CÁUCASO, por Orsenigo
(Ity) e Cantata (Uru), por Ruler (Arg), do Stud Seabra, de Roberto & Nelson Seabra, chegou em terceiro. A
seguir, Investment, Solino e Jacó. Diferenças: meio corpo – 5 corpos. Tempo: 96”8/10.
Naquela temporada,
JOCELYN obteve 3 vitórias em 9 apresentações.
No sábado, a Gávea, com oito páreos, vendeu CR$ 36.542.740 e
no domingo, também com oito, CR$ 33.036.000. Cidade Jardim, no domingo, com nove carreiras, movimentou R$
47.071.500.
No Rio de Janeiro as corridas aconteciam às quintas, sábados e domingos, enquanto em São Paulo,
apenas aos sábados e domingos. Ainda como referência: a dotação dos páreos de potros de 3 anos era de CR$ 75.000 a
CR$ 85.000 ao ganhador.
PÁGINAS DE UMA HISTÓRIA
Primeiras
reuniões
Realizada a Assembléia inaugural da sociedade denominada JOCKEY CLUB, no dia 16 de
julho de 1868, na qual foi eleita a primeira diretoria, tendo como presidente o comendador Mariano Procópio
Ferreira Lage, e nomeada uma comissão encarregada de estabelecer o regulamento para as corridas, formada pelos
senhores Fernando Dias Paes Leme, Conde Herzberg e Joaquim José Teixeira.
Apesar do falecimento de
Guilherme de Suckow, em janeiro de 1869, o contrato por ele celebrado com a sociedade Jockey Club, para a
construção do Prado Fluminense, foi mantido por seus herdeiros, conforme carta datada de 12 de janeiro daquele
ano, enviada pelo Conde Herzberg, seu genro, ao comendador Mariano Procópio Ferreira Lage. Nela, o presidente foi
informado de que as obras seriam concluídas no dia 15 de fevereiro, data na qual o hipódromo ficou disponível para
a realização de corridas.
Em meados daquele ano, a diretoria expediu a seguinte circular:
“Tendo
sido fundada nesta corte, no dia 16 de julho de 1868, uma sociedade denominada Jockey Club, com o fim de promover
corridas de cavalos, e tendo sido designados no respectivo Regulamento os meses de maio, julho e setembro para
neles terem lugar as três principais carreiras anuais da sociedade, realizou a diretoria, no dia 16 de maio, a
primeira reunião do ano.
Os dirigentes, porém, entendem que uma sociedade desta ordem, capaz de influir com
eficácia no melhoramento da raça eqüina, não deve ficar circunscrita à corte, e sim, espalhar–se pelas províncias,
sobretudo naquelas onde existe a criação de cavalos. Por esse motivo, convida os interessados a fazer parte da
mesma ou, pelo menos, contribuir para a organização de programas, inscrevendo produtos de sua
propriedade.
O programa para a próxima reunião do dia 25 de julho se encontra publicado no Jornal do
Comércio de 13 do corrente, onde são especificadas as chamadas, os respectivos prêmios, condições para inscrições
e pesos correspondentes.
Qualquer comunicação deve ser dirigida para a rua do Ouvidor 59, ao primeiro
secretário do Jockey Club, Henrique José Teixeira.”
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