Colunista:
Provas de Grupo, por Ivamar 18/06/2008 - 00h16min
 
; E Nayara Gold
fracassou
Existem páreos que ficam restritos a um só concorrente, por superioridade do mesmo ou
por fraqueza dos adversários. Isso aconteceu sábado, em Cidade Jardim, São Paulo, no GP José Paulino Nogueira
(GIII). Entre as éguas de 3 anos e mais idade inscritas, uma se destacava amplamente, não só pelo seu bom
retrospecto, como pelo modestíssimo retrospecto das demais.
Surpreendentemente, porém, a franca favorita
NAYARA GOLD, de 5 anos, foi melancólico e inexpressivo terceiro, longe da vencedora, FILHA VITORIOSA (Hibernian
Rhapsody e Querida Vitoriosa, por Arizelos), que tinha apenas uma vitória comum. A filha de Know Heights nem
parecia a ótima égua que, há um mês, quase venceu o OSAF, em companhia incomparavelmente mais forte. LÂ’AZZURA
(Vettori), de 4 anos, atropelou para formar a dupla, sem conseguir se aproximar de Filha Vitoriosa, que ganhou de
ponta a ponta, por aproximadamente seis corpos. ARMY SWEET (Rêve Doré), de 4 anos, e I WANNA DANCE (Ski Champ), de
3, completaram o marcador.
A ganhadora, criação de Paulo Rodolfo Fischer e propriedade
do Haras São Quirino, foi dirigida por Nelito Cunha e é treinada por Antônio Fagundes. Os 2.400 metros foram
percorridos em 2Â’31”960, na grama leve, com cerca móvel. Agora é torcer para que o páreo tenha servido para
revelar uma corredora de bom nível, o que é possível considerando que Filha Vitoriosa tem apenas 3 anos e campanha
curta. Sua segunda mãe, Intensiva, é irmã inteira de ganhadores de Grupo I, Campal e Full
Love.
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sp; Deu zebra no Rio, também
O Hipódromo da Gávea, Rio
de Janeiro, foi palco domingo, do GP Henrique de Toledo Lara (GIII), na grama, em 2.000 metros, para éguas de 3
anos e mais idade.
Assim como no clássico paulista, aconteceu uma surpresa, ainda que aqui, não
houvesse uma força destacada. Venceu PACIÊNCIA (Know Heights e Gracious Rafaela, por Booming) que, saindo do fundo
do lote, avançou impetuosamente nos metros finais para vencer SÉTIMA ARTE (Blush Rambler) por um corpo e meio. A
ponteira Hilaris, perseguida por Sétima Arte, correu pouco. Tanto a vencedora, de 3 anos, quanto a segunda, de
4, que dominaram o páreo de maneira incontestável, não tinham, sequer, colocação clássica. Juntas e na
ordem, NEW PLAY (Matisse), de 3 anos, QUANTIA EXATA (Trempolino), de 4, e PRINCESA RAFAELA (Woodman), também de 3,
completaram o marcador. Detalhe curioso: a ganhadora não procede de centro de treinamento, um caso raro em se
tratando de prova clássica.
Paciência, criação do Stud TNT e propriedade da Fazenda e Haras Harmonia,
uma das coudelarias mais antigas da Gávea, foi conduzida por César Gustavo Netto, é treinada por seu pai, Daniel
Netto, e assinalou 2Â’00”80, na pista leve. Um bom tempo. A ganhadora é irmã materna de LovinÂ’Rafaela, vencedora do
GP Duque de Caxias
(GII).
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bsp; Mary Rê, finalmente, vence clássico
Em São Paulo, domingo, foi
realizado o Clássico Edmundo Pires de Oliveira Dias (L), em 1.400 metros, para potrancas de 2 e 3 anos e
éguas de 4 e mais idade.
Merecidamente, a 3 anos MARY RÊ (Ghadeer e Itaquerê Mint, por Clackson)
conquistou a primeira vitória nobre, após várias colocações clássicas interessantes. Derrotou em bom estilo
EGGENDORF (Roi Normand), de 4 anos, e REGENERADA (American Gipsy), de 3. CHIC TO CHIC (Mensageiro Alado), de 5
anos, e SWEET ROSE (Golden Voyager), da mesma idade da vencedora, completaram o marcador. Como quase sempre
acontece, não adiantou a vantagem de peso recebida pela nova geração, e a 2 anos Qui Hail sucumbiu ante a maior
experiência das adversárias. E alguém compreendeu o motivo de Glória de Birigui vender tanto jogo para vencedor?
Mary Rê, criação e propriedade do Haras Old Friends, foi pilotada por Nelito Cunha e é treinada por
Selmar Lobo. Tempo, na grama pesada, com cerca móvel: 1Â’26”760, apenas regular.
 
; Blue Elf: vitória nos metros finais
Sábado, no Hipódromo
da Gávea, aconteceu o Clássico José Paulino Nogueira (L), em 1.600 metros, para produtos de 3 anos e mais
idade.
Na 18ª apresentação, BLUE ELF (Choctaw Ridge e British Reef, por Main Reef), de 4 anos, com
campanha muito boa, conquistou a oitava vitória, quarta clássica, deixando na dupla, a pouco mais de um corpo,
HERMOSO Y GUAPO (Jules), da mesma idade do vencedor e que deu impressão, no meio da reta, de que não mais
perderia, após liderar, com SITE OFICIAL (Vettori), um ano mais novo, a meio corpo, em ótimo terceiro. O jóquei
deste reclamou do primeiro, mas o páreo foi confirmado. Completando o marcador, NABUCÃO (Yagli), de 5 anos. Apenas
os quatro foram inscritos.
Blue Elf, criação do Haras San Francesco e propriedade do Stud Azul e
Branco, foi dirigido por Dalto Duarte, é treinado por Dulcino Guignoni e assinalou 1Â’39”89, na areia
leve.
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sp; Avaliação das provas clássicas
Ainda que seu
campo contasse com uma ganhadora de Grupo II, pode–se dizer que o GP José Paulino Nogueira não fez jus à
classificação de Grupo III. Aliás, não fosse pela inscrição de Nayara Gold, seria mais fraco que uma simples prova
especial.
Igualmente deixou a desejar o campo do GP Henrique de Toledo Lara (GIII). Apenas uma ganhadora
de grupo e sete sem colocação clássica, entre as 15 inscritas.
Também não foi tão bom quanto poderia o
Clássico Edmundo Pires de Oliveira Dias (L). Uma potranca de 3 anos, ganhadora de Grupo III e Listed Race, outra
com interessantes colocações clássicas, uma potranca de 2 anos, ganhadora de prova especial, e corredoras de
páreos comuns.
O Clássico José Paulino Nogueira (L), carioca, na areia e na milha, teve poucas
inscrições. De boa categoria, entretanto, correspondendo à sua classificação.
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nbsp; Próximas
atrações
São Paulo
Os turfistas assistirão à prova de grupo mais longa
do turfe paulista, o GP General Couto de Magalhães (GII), em 3.218 metros, na grama, para produtos de 3 anos e
mais idade. Os melhores cavalos do país não estarão presentes, é claro, pois vão preferir correr os 2.000 metros
da Copa ABCPCC Clássica (GI), uma semana depois.
Rio de Janeiro
Domingo será
corrido o Clássico Inverno (L) – Taça Carlos e Manoel Mendes Campos, em 1.900 metros, areia, e sábado, pela
primeira vez, a Prova Especial Timão, para potrancas de 2 anos, em 1.600 metros. Nesta, na grama, campo cheio, ao
contrário dos clássicos chamados para a areia.
Paraná
Será realizado,
sexta–feira, o Clássico Criadores (L), em 1.600 metros, areia, para produtos de 2 anos.
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