Colunista:
Notícias da Semana, por Sérgio
T. Gonçalves 11/06/2008 - 13h27min
Adeus, Zig
Este colunista trabalhava no GLOBO desde
1972, e em 1975/76 conheceu CARLOS ZIGMUND KISLANOV, o Zig, então um jovem de aproximadamente 20 anos.
Escapa à memória quem o apresentou, mas certo é que pedi ao saudoso Paschoal Leão Davidovich, responsável pela
editoria de turfe, para incorporá–lo à equipe.
Zig chegou, viu e venceu, mas não ficou muitos anos no
jornal. Não posso esquecer, porém, que em pouco tempo, quero crer que em 1978, convidou–me – e eu fui – para
trabalhar no Barbadas em Desfile, de Mário Braga. Ausentou–se, depois, no início dos anos 80, do Rio de Janeiro,
transferindo–se para Alagoas.
Retornou, no entanto, ao Rio, com saudades da Cidade Maravilhosa. E em
1999 dele recebi dois convites, aceitando–os, para trabalhar na infelizmente hoje extinta Revista Jockey Club
Brasileiro, e no Jornal dos Sports.
Zig, que faria 53 anos em novembro, era um jornalista dos mais
competentes, eterno brincalhão, querido na difícil profissão e na vida particular, sempre cercado de
amigos.
Escrevo isso, pois Zig não está mais entre nós. Nesta terça–feira, 10 de junho de 2008,
deixou–nos para sempre. Passou mal no domingo e, embora socorrido e internado, rapidamente, entrou em coma, do
qual não mais saiu.
Perdi um amigo, o turfe perdeu um profissional dedicado e altamente responsável. Ao
enviar, por estas linhas, meus pêsames à família, comunico que o sepultamento será realizado na quarta–feira,
11, às 11 horas, no Cemitério Comunal Israelita do Caju.
A estréia de
Taranto
Conheço JOSÉ ROBERTO TARANTO há mais de 40 anos. Desde fins dos anos 60, quando
trabalhava no Jornal do Brasil, acompanho a caminhada deste conceituado veterinário brasileiro, com inúmeras
viagens ao exterior para participar de congressos.
Taranto obteve na difícil profissão muitos êxitos da
mais alta expressão, os mais importantes, sem dúvida, com Janus II, Sunset, Anilité, Carteziano, Bowling e Falcon
Jet, ganhadores do Grande Prêmio Brasil.
Ele, porém, quer mais. E com esse pensamento solicitou e obteve
matrícula de treinador junto à Comissão de Corridas do Jockey Club Brasileiro. Tem poucos produtos sob seus
cuidados, mas brilhou com a primeira inscrição, a da potranca Quimarin, terceira colocada na programação de sábado
último, 7 de junho, no Hipódromo Brasileiro. Agora, veterinário e
treinador, Taranto, que espera colher bons frutos na nova profissão, afirmou que ela lhe servirá de ponte, pois é
seu desejo também treinar nos Estados Unidos, especialmente no Sul da Flórida. E tem mais: quer ser criador no
turfe americano, já tendo começado a tomar as necessárias providências para tanto.
Em breve, adianta,
estará levando alguns produtos para os Estados Unidos, entre eles Dear–Est, que correu no último Grande Prêmio São
Paulo. Boa sorte, amigo!
Estatísticas emocionantes
A temporada
2007/2008, na Gávea, termina no próximo dia 30. E três jóqueis são fortes candidatos ao título de campeão da
estatística: TIAGO JOSUÉ PEREIRA, DALTO DUARTE e MARCOS MAZINI.
Após as últimas reuniões, Tiago aparece
como líder, somando 177 triunfos, um a mais do que Dalto. E em terceiro, próximo, está Mazini, com 174. Certamente
teremos um final de temporada emocionante. Que o Jockey Club Brasileiro, agora sob nova direção, tome providências
visando a levar público ao outrora lindo Hipódromo Brasileiro, hoje com tribunas vazias.
Outra
estatística que promete: a de jóqueis no Tarumã, em Curitiba. JOSÉ VENTURA é o primeiro, com 25 triunfos,
mas o excepcional JOÃO MOREIRA, praticamente ganhador da estatística de Cidade Jardim, São Paulo, quer também, ao
que tudo indica, o título paranaense. Está com 23 vitórias.
E as
apostas?
Semana passada, adoentado, não escrevi a coluna. Sei que o novo presidente do
JCB assumiu não tem duas semanas, mas não há dúvida que há muito, muito a realizar. Quanto aos MOVIMENTOS DE
APOSTAS, notadamente os das últimas reuniões no Hipódromo Brasileiro, não agradaram, à exceção do de ontem,
segunda–feira. Para que se tenha uma idéia do que escrevo, algumas apostas feitas em determinado páreo da corrida
no Hipódromo Paulistano chegam a se aproximar do montante apurado em uma carreira na Gávea.
É
lamentável, mas muito mais lamentável é o desrespeito ao horário das corridas. Elas começam e terminam com atraso,
numa demonstração irrefutável de falta de estrutura das duas entidades turfísticas mais importantes do nosso país.
O Jockey de São Paulo, então, com suas luzes vermelha, verde etc, etc, etc, chega a irritar. E mesmo o alinhamento
de um páreo vazio, com poucas inscrições, cansa.
Schistl brilha na
Suécia
O jóquei RAFAEL SCHISTL, que montou na Gávea, em Cidade Jardim e em outros hipódromos,
levou ao vencedor, dia 3 passado, Relampago Plus, no Toby Varsprint. Dá–lhe
garoto!
Finais...
Na última sexta–feira, na programação de São
Vicente, com movimento de apostas fraquíssimo, pouco mais de R$ 46 mil, o aprendiz CRISTIANO TRINDADE, que já
montou na Gávea, sofreu uma queda no terceiro páreo, anulado pela Comissão de Corridas. O garoto, socorrido
imediatamente, na própria pista, apesar do susto causado aos que assistiam à carreira, sofreu, segundo informações
passadas no dia seguinte pela telinha, apenas escoriações. Ainda bem.
É bem possível que
nas próximas reuniões aumente o MOVIMENTO DE APOSTAS na Gávea, notadamente nas de sábado e domingo,
respectivamente com 12 e 11 páreos. Recentemente fiz uma sugestão: por que não realizá–las com 17, 18 páreos?
Começaria em um dia e terminaria em outro. Seria uma beleza!
Uma pergunta aos dirigentes
do JOCKEY CLUB BRASILEIRO: por que não realizar, se possível, somente corridas diurnas? Economizaria
energia!
Nas próximas reuniões no Hipódromo Brasileiro estréia o aprendiz MARLON LIMA, 17
anos, de quarta categoria. Ele já montou no Hipódromo do Tarumã, em
Curitiba.
SIMULCASTING: sexta, Gávea / Tarumã; sábado, domingo e segunda, Gávea / Cidade
Jardim.
Quinta–feira última, dia 5 de junho, foi realizado no HIPÓDROMO DO CRISTAL, em
Porto Alegre, o Clássico Imprensa, em 1.500 metros, areia pesada. Vitória de Harpon, no photochart, com Ogrande
Praça na dupla.
Incrível, mas verdadeiro: na reunião de segunda–feira em Cidade Jardim,
oito FAVORITOS vingaram em nove páreos!
Um aviso: ao contrário do divulgado nas tabelas de
distâncias, vale o que está escrito no CALENDÁRIO OFICIAL do JCB: o Clássico Inverno é dia 22 de junho; o GP
Presidente Vargas, 20 de julho.
DALTO DUARTE, jóquei de Tsunami e forte candidato à
vitória na estatística, foi suspenso por uma corrida, por prejudicar adversários.
E o STUD
ETERNAMENTE RIO, um dos melhores do nosso turfe, está levando os seus produtos para São Paulo. Gávea perde, ganha
Cidade Jardim.
[ Escolher outro colunista ]
|