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Notícias da Semana, por Sérgio T. Gonçalves 31/10/2007 - 08h07min
Apostas na Gávea: movimentos fracos
Em diversas oportunidades, disse que as principais funções de um jornalista são informar e deixar clara a sua opinião, agindo sempre de modo correto, sem partidarismo, sem política. Em mais de 50 anos devo ter cometido erros, mas sempre procurei dignificar a profissão e assim continuarei até o fim de meus dias.
Nas últimas quatro reuniões realizadas na Gávea, por exemplo, sou de opinião de que os MOVIMENTOS DE APOSTAS foram fracos, muito, muito fracos. Sem o simulcasting salvador, apenas o registrado na programação de domingo passou ligeiramente de R$ 700 mil. E com o simulcasting, somente o de segunda–feira, 29, chegou à importância de R$ 908 mil, aproximadamente. Estou errado ao considerá–los fracos demais? Acho que não.
Quando se assiste, como assisti, à largada da BreedersÂ’ Classic, em apenas 20 segundos, dá sono e irrita assistir aos trabalhos de alinhamento da Gávea e de Cidade Jardim. Sem contar com as disparadas que se sucedem. Sem contar, igualmente, com um retrospecto de Terceiro Mundo, levando–se em consideração que os resultados são apregoados ao lado da transmissão dos páreos. Creio que a emoção do turfe de outrora hoje cede à frustração.
Por que a mudança?
Semana passada, a Comissão de Corridas do Jockey Club Brasileiro, em virtude do feriado do Dia de Finados, 2 de novembro, divulgou que os compromissos de montarias para os dias 1, 3, 4 e 5, quinta, sábado, domingo e segunda, seriam recebidos com as inscrições no dia 22 de outubro, segunda–feira. Ao passar os olhos pelas programações, verifiquei que não teremos reuniões nesta quinta, dia 1, e sim de sábado até terça. Novamente, assim, uma corrida na terça, em dia útil, como a realizada recentemente e que considerei uma decisão lamentável. Vou aguardar os movimentos de apostas, torcendo para que melhorem, mas gostaria que me informassem o motivo de nova mudança.
Desta maneira, na quinta somente corridas no Cristal, em Porto Alegre. Sábado, domingo e segunda, SIMULCASTING Gávea / Cidade Jardim, e terça, portões abertos somente os do Hipódromo Brasileiro. Registre–se que as reuniões de sábado e domingo, cada uma com 10 páreos, começarão mais tarde, às 14 horas e 15 minutos, enquanto as de segunda e terça, com somente nove, serão iniciadas às 18 horas e 15 minutos.
Uma pergunta
A pergunta que não quer calar: por que programar simulcasting Tarumã / Gávea, com a corrida no hipódromo paranaense começando às 17 horas e 15 minutos? Tenho Net digital e na sexta aconteceu pela segunda ou terceira vez: o primeiro páreo não foi transmitido e somente após ligar para o JCB a imagem do Tarumã apareceu. Não sei de quem é a responsabilidade, mas parece que estamos na Idade da Pedra. Depois, os otimistas de plantão não sabem os motivos pelos quais o turfe brasileiro está em fase decadente.
Um pouco do Cristal
O castanho HIJO BRABO, 4 anos, filho de Gault–Millau, criação do Haras Santa Amélia, continua invicto. Após vencer nas duas apresentações na Gávea, ganhou na Tablada e obteve dois êxitos no Cristal, em Porto Alegre, o último na quinta–feira passada, 25, com Carlos A. Vigil. Uma vitória fácil, no ótimo tempo de 70s1 para os 1.200 metros, pista de grama, na qual correu pela primeira vez.
No 10° e penúltimo páreo, CAPTAIN BRAZIL saiu de perdedor após muitas atuações, a maioria na Gávea, mas obteve um êxito de maneira espetacular, facilmente, ficando a 7/10 do recorde dos 1.100 metros, grama, ao marcar 64s. O vencedor tem 4 anos.
No Clássico Santos Dumont, que fechou a programação, uma atropelada irresistível de COLUMÉRIO, com Douglas Paz, no excelente tempo de 69s3 para os 1.200 metros, grama. A exemplo dos dois ganhadores citados acima, tem 4 anos.
Eis aí três lados positivos da reunião passada no mais importante hipódromo gaúcho. Há, porém, um lado negativo: o RETROSPECTO, ao final da reunião, o que já comentei em várias oportunidades.
Meu saudoso pai dizia que errar é humano, persistir no erro é burrice. Prefiro afirmar que é LAMENTÁVEL. Será que os responsáveis não perceberam, AINDA, que o retrospecto atual é praticamente nulo. Não adianta, somente, a transmissão de cada páreo. Faltam os rateios, tempo (troca de montarias, desclassificação, forfaits e acidentes, desde que logicamente existentes). O turfista assiste ao páreo em replay e fica sem saber se ocorreram modificações? Lamentável, repito. Por essas e outras, o nosso turfe está cada vez mais pobre.
Finais...
O jóquei ACEDENIR GULART, do turfe carioca, sentia dores em um joelhos, que o impediram de montar na segunda–feira. Passará por novos exames, mas é bom registrar que o eficiente profissional foi suspenso de ontem, 30, até 13 de novembro, por causar prejuízo que alterou resultado de páreo.
A CC do JOCKEY CLUB DE SÃO PAULO, em reunião de ontem, dia 29 de outubro, instaurou sindicância para apurar fatos e possíveis responsabilidades envolvendo a participação de Nativo Trevi no 10° páreo da reunião de domingo, 28.
O GP SÃO VICENTE será disputado dia 16 de novembro, sexta–feira.
Não o via desde os anos 60 e fiquei muito feliz ao conversar com o português IZILDO DA SILVA HENRIQUES, um dos funcionários do JCB homenageados na corrida de sábado no Hipódromo Brasileiro. Aos 71 anos, Izildo tem 51 dedicados à entidade turfística carioca, e há 10 é o chefe do Setor de Telecomunicações. E tem mais: Izildo, que trabalha com o irmão Sérgio, ex–jóquei, é irmão de outro piloto mais conhecido, Manuel Henriques, que montou para diversos studs na Gávea.
OLD GIPSY, recordista em Cidade Jardim, correu pouco ao reaparecer no Hipódromo Paulistano. Vamos aguardar a decisão de seus proprietários: descanso ou reprodução.
A CC carioca concedeu matrícula de treinador a GIVANILDO DUARTE.
JESSE JAMES, que trocou o turfe carioca pelo paulista, montou semana passada em Cidade Jardim, obtendo bom terceiro na apresentação inicial. Boa sorte a Jesse, correto e trabalhador. E ANTÔNIO C. SILVA, que recentemente se transferiu para Cidade Jardim, conquistou mais um triunfo. É outro que tem tudo para brilhar no Hipódromo Paulistano.
Acho que os dirigentes do JOCKEY CLUB DE CAMPOS deveriam vir a público informar se o hipódromo voltará ou não a realizar corridas.
Um apostador, que jogou R$ 432,00 na Tribuna Social II, ganhou R$ 431.607,60, referentes ao BETTING 5, que estava acumulado.

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