Colunista:
Provas de Grupo, por Ivamar 03/10/2007 - 07h53min
Top Hat, bicampeão do Antônio da Silva
Prado
No Hipódromo de Cidade Jardim, São Paulo, foi corrido sábado o Clássico Antônio da Silva
Prado (L), para produtos de 4 anos e mais idade, em 2.400 metros, grama.
Ganhando pelo segundo ano
consecutivo, TOP HAT (Royal Academy e Tavira, por Effervescing) o fez por mais de quatro corpos, desta vez
correndo mais acomodado, em terceiro, sem lutar com os ponteiros. E foi, provavelmente, a mais fácil vitória
clássica (quinta) de sua ótima campanha. Verdade que HAPPY BOY, o principal adversário, correu pouco, não passando
de inexpressivo terceiro lugar. A dupla ficou com OCHO EL NEGRO, como Happy Boy filho de Ski Champ. Completaram o
marcador, afastados, NEW FANDAN (Fantastic Dancer) e SMASHING (Trempolino). Os dois primeiros têm 5 anos e os
outros três são um ano mais novos.
O ganhador, criação do Haras São José da Serra e propriedade do Stud
JCM, teve a condução de João Moreira, é treinado por João Macedo e assinalou 2Â’28”528, na pista leve, com cerca
móvel, um bom tempo.
Happy Runner: de ponta a ponta
Também
sábado, no Hipódromo Paulistano, foi disputado o Clássico Alberto Santos Dumont. Igualmente Listed, na milha e na
grama, é destinado a produtos de 3 anos e mais idade, mas só 4 anos atuaram.
Confirmando ostentar forma
exuberante, HAPPY RUNNER (Romarin e Miss Klairon, por Turville) foi para a ponta e não mais a perdeu, não dando
susto, obtendo a segunda vitória clássica. A quase dois corpos, FARENHEIT (Spend A Buck) ficou na formação da
dupla. Próximos, lutando pela terceira colocação, DON LOPES (Saramon) e OLHO DE TIGRE (Exile King), com vantagem
para o primeiro. Os quatro agradaram. VIRACOPOS (Midnight Tiger) completou o marcador,
longe.
Happy Runner, criação e propriedade do Haras Torrão de Ouro, foi
dirigido por José Aparecido, é treinado por Delmar Lima Albres e assinalou 1Â’35”012, na pista leve, com cerca
móvel.
Amor Surpresa, uma surpresa
No sábado, mas no Hipódromo
da Gávea, Rio de Janeiro, foi realizado o Clássico Primavera (L) – Taça Ernani Glower Bastos, para produtos de 3
anos e mais idade, em 2.000 metros, areia.
Com apenas três vitórias comuns, tem de ser considerado
surpreendente o êxito de AMOR SURPRESA (First American e De Surpresa, por Music Prospector). Ainda que o resultado
do páreo careça de confirmação em virtude dos muitos prejuízos causados por Starman, que fez o percurso solto
depois de derrubar o jóquei na partida, o triunfo foi fácil demais, considerando que, em 20 apresentações, o
melhor que o vencedor tinha era um quinto lugar em Listed Race. De qualquer forma, pode tratar–se de evolução
tardia, o que só o tempo dirá. A mais de quatro corpos, terminaram lutando CERUTTI (Ghadeer) e LEPORELLO
(Dubai Dust), com vantagem para o primeiro. Completando o marcador, OVO FRITO (Vettori) e PORTOBELO (Public
Purse). À exceção de Cerutti, que tem 7 anos, os demais têm 4.
Amor Surpresa, criação do
Stud WDS e propriedade de Carlos Antônio Platzeck, foi dirigido por Marcos Mazini, é treinado por Mário André e
assinalou 2’05”97, na pista macia, um bom tempo.
Leppard, um bom
fundista
Ainda no Hipódromo da Gávea, domingo aconteceu a Prova Especial Paulo e Nelson
Monte, para produtos de 4 anos e mais idade, em 3.000 metros, grama.
Fazendo jus a seu pedigree, o 4
anos LEPPARD (Clackson e Forza del Destino, por Roi Normand) mostrou ótima adaptação ao longo percurso e venceu de
maneira convincente, deixando a seguir três adversários de 6 anos. Seu companheiro, JOHN STYX (Baligh) formou a
dupla, pescoço à frente do favorito PARAGUAIO (Baynoun), com KING COLONY (New Colony) afastado, em quarto.
REQUINTE (Yagli), de 5 anos, completou o marcador.
Bruno Reis, em substituição a Alex Mota,
foi o jóquei de Leppard que, assim como o segundo colocado, é criação e propriedade do Haras Tributo À Ópera
e treinado por Dulcino Guignoni. Percorreu a distância no ótimo tempo de 3Â’07”68, na pista macia, com cerca
móvel. Foi a terceira vitória, primeira clássica, em 14 apresentações, deste irmão inteiro de Gigli, ganhador do
GP Cruzeiro do Sul.
Kik–Malo: finalmente a reabilitação
Voltando
ao Hipódromo Paulistano, no domingo foi realizada a Prova Especial Max Perlman, para produtos de 3 anos e mais
idade, no quilômetro gramado.
Depois de algumas corridas decepcionantes, KIK–MALO (Feijão Preto e Fix
Glory, por Minstrel Glory) fez as pazes com o vencedor. Na dupla, a um corpo, SELECT REASON (A Good Reason),
resistindo às investidas de INCO TOWN (Romarin). Foram três boas atuações. Completaram o marcador, muito longe,
CARBURADO (Next Champion) e QUALIFIED COLONY (New Colony).
Kik–Malo, criação e
propriedade do Haras Free Way, foi dirigido por José Sousa, que obteve a primeira vitória clássica, é treinado por
Cláudio Marcelino Silva e assinalou 55”312, na pista molhada, para a turma, apenas regular.
Avaliação das provas clássicas
Como geralmente acontece, o Clássico
Antônio da Silva Prado (L) teve excelente campo. Entre os sete concorrentes, três ganhadores de Grupo I, um de
Grupo II e dois de Listed Race. Merecia ser do Grupo III ou do II (embora sem função específica).
O
Clássico Alberto Santos Dumont (L) também teve muito bom campo, com metade dos inscritos ostentando vitória
clássica. Merecia ser do Grupo III.
O Clássico Primavera (L) não teve bom campo. Assemelhou–se a uma
simples prova especial, não correspondendo, assim, à sua grupagem.
Próximas
atrações
São Paulo
Depois de três fins de semana com poucos
atrativos, eis que os turfistas terão, no próximo, um verdadeiro banquete. O ponto mais alto é o fundamental (e
tradicional) GP Diana (GI), em 2.000 metros, onde uma potranca, no caso Light Green, poderá alcançar o consagrador
título de tríplice coroada. Imperdível. Os produtos de 3 anos terão duas provas clássicas para correr, o também
importante GP Jockey Club de São Paulo (GI), segunda prova da Quádrupla Coroa, e o GP Presidente Antônio Correa
Barbosa (GII), o primeiro em 2.000 metros, grama, e o segundo em 2.200 metros, areia.
Rio de Janeiro
Domingo será realizado o GP Adhemar de Faria e Roberto Gabizo
de Faria (GIII), em 1.000 metros, grama, uma das poucas carreiras de grupo para machos e fêmeas de 3 anos e mais
idade, no Brasil.
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