Colunista:
Provas de Grupo, por Ivamar 27/03/2007 - 21h50min
A hora de Onward Royal
No Hipódromo da Gávea, domingo, foi corrido o GP Presidente Emílio Garrastazu Médici (GII), em 1.600 metros, grama, para produtos de 3 anos e mais.
Prevalecimento dos filhos de Royal Academy, o 5 anos ONWARD ROYAL (em Cabaret Queen, por Gone West) e o 4 anos NEW BOBCAT (em Court Lady, por Locris). O primeiro, criação e propriedade do Haras Santa Maria de Araras, venceu praticamente de ponta a ponta, deixando o manhoso rival a focinho. No encontro anterior, New Bobcat ganhara com facilidade. Os dois demonstraram ser fortes candidatos à próxima Milha Internacional paulista. FRISSON PORTENHO (Missionary), da mesma idade do segundo colocado, e QUEBEC JOUR (Trempolino) e FIORENTINO (Inexplicable), um ano mais novos, completaram o marcador, afastados.
Onward Royal teve a condução de Jorge Leme, é treinado por Roberto Morgado Neto e o tempo assinalado na grama leve arranhou o recorde: 1Â’32”56.
A reabilitação de Que Victoria
Sábado, no Hipódromo de Cidade Jardim, em São Paulo, foi disputado o Clássico Presidente Luiz Oliveira de Barros (L), para éguas de 3 anos e mais idade, em 1.800 metros, grama, que pode ser visto como primeira prova–teste para o próximo OSAF paulista. Por isso, campo muito bom.
A vitória ficou com a 3 anos QUE VICTORIA (Wild Event e Just A Winner, por Roy), reabilitando–se da má corrida, há dois meses, no GP 25 de Janeiro. Acompanhando o páreo perto das ponteiras, avançou na altura dos 400 metros para dominar ETOILE BLANC (Nedawi), de 4 anos, e resistir à carga final de HECKIE (Know Heights), da mesma idade, que acabou na dupla. As diferenças, meio corpo e meio corpo. Foram três ótimas atuações, não sendo impossível que num próximo encontro as posições sejam mudadas. Também agradaram as quarta e quinta colocadas, ELFISHNESS (Blush Rambler), de 5 anos, e ETERNIDADE (Romarin), um ano mais nova. Das demais, registre–se que Taverne novamente correu na vanguarda nos primeiros metros, mas parou muito, ao contrário do que sucedeu na vez anterior. Algo deve ter ocorrido.
Que Victoria, criação e propriedade do Haras Santa Maria de Araras, foi pilotada por Altair Domingos e é treinada por Selmar Lobo. Tempo bom: 1Â’49”898, na pista molhada, com cerca móvel.
A Rainha
Parte 2
Além das grandes corredoras, é obrigação do cronista registrar que várias foram também excelentes nos campos de criação. Para usar um termo que está na ordem do dia, são as rainhas–mães. Lembro, então, de maneira sucinta, algumas que produziram filhos (e netos) campeões, tomando por base, principalmente, resultados de grandes clássicos, como os GPs Brasil, São Paulo, Cruzeiro do Sul, Derby Paulista, Diana, Dois Mil Guinéus (Ipiranga e Estado do Rio de Janeiro), Mil Guinéus (Barão de Piracicaba e Henrique Possolo), St.Leger (Consagração e o antigo Distrito Federal) etc.
Emoción – ganhadora dos Diana paulista e carioca, é a mãe de Embuche, vencedora, em Cidade Jardim, do Diana e do OSAF, e do St. Leger, na Gávea. Emoción é ainda avó de Emerald Hill, tríplice coroada paulista, e ascendente de outra tríplice paulista, Colina Verde. Que linha materna!
Gas Mask – excelente vencedora clássica, inclusive contra os machos, gerou três ganhadores de Grupo I: Never Be Bad, Quip Mask e Slew in Mask.
So Beauty – melhor 2 anos de sua geração, quando não conheceu derrota, e vencedora também dos Mil Guinéus paulista. Mãe de três ganhadores de Grupo I: Country Baby, El Paso e Fool Around.
Garbosa Bruleur – ganhadora, entre outras provas, do GP São Paulo, produziu Garboleto (Derby) e Hansita (Diana).
Plus Vite, que triunfou nos Mil Guinéus carioca e no OSAF paulista, gerou Cheikh (GP São Paulo) e Glaire (Grupo I). Clareira, vencedora de muitos clássicos, é a quarta mãe da citada Plus Vite.
Courageuse, que entre muitas outras carreiras conquistou o Cruzeiro do Sul, o Diana e os Mil Guinéus, é avó de Gomil, também ganhador do Derby.
Fontaine – Ganhadora do Cruzeiro do Sul, Diana, Dois Mil Guinéus, Mil Guinéus, é avó de duas ganhadoras do Diana: Jessamine e Super Star.
Platina – Vencedora do Cruzeiro do Sul, Diana, St. Leger, Mil Guinéus etc. Gerou Zarza, líder de geração, vencedora do GP Diana.
Dulce – Conquistou inúmeras provas da maior importância, como: Derby Sul–Americano, St. Leger, Diana, Mil Guinéus etc. Avó de Duplex, ganhador de quatro provas do Grupo I, na Argentina (duas), Peru e Uruguai.
Immensity – Depois de conquistar o Diana e o Derby Paulista, assumindo a liderança da geração, foi à Argentina vencer o GP Carlos Pellegrini. Esta maravilhosa corredora é avó de Only Immensity (Grupo I).
Elamiur – Líder da geração pelas vitórias obtidas no Cruzeiro do Sul e no Diana etc. Avó de Puerto Madero, ganhador do Derby Paulista.
Donética – Triunfou nos GPs São Paulo, OSAF paulista etc. Um de seus filhos, Kenético, também ganhou o GP São Paulo.
Vada – Ganhadora do OSAF carioca e muitas outras provas de grupo. Produziu Implausible, vencedor do Cruzeiro do Sul.
Virga – Ela e sua filha Gay Charm venceram o Diana. Esta, por sua vez, é mãe de Einstein, vencedor de grupo nos Estados Unidos.
Paris Queen – Venceu o Mil Guinéus carioca, entre outros páreos nobres, e produziu Villach King, bicampeão do GP Brasil, além de várias provas de grupo.
Outra Arumba – Ganhou o Diana paulista e gerou Dono da Raia, herói dos GPs Brasil e São Paulo.
Apple Honey – Vencedora do Diana carioca, procriou o invicto tríplice coroado Itajara.
Indian Chris – Tríplice coroada carioca, produziu Eyeofthetiger, ganhador de Grupo I na África do Sul.
Provavelmente não citei alguma rainha–mãe, por estar fazendo um trabalho de memória. Que me desculpem os criadores das esquecidas. Avaliação das provas clássicas
O GP Presidente Emílio Garrastazu Médici (GII), clássico–teste para a Milha Internacional paulista, importante por esta razão, correspondeu à sua classificação. No campo de 10 competidores, um ganhador de Grupo I, um de Grupo II, um de Grupo III, dois de Listed Race e um de Prova Especial, e só três sem colocação em prova de grupo.
O Clássico Presidente Luiz Oliveira de Barros (L), entretanto, com seis ganhadoras clássicas e somente cinco sem colocação em prova de grupo, entre as 15 inscritas, confirmou que merece melhor classificação. Pelo menos, Grupo III, o que já deveria ter acontecido ano passado.
Próximas atrações
Rio de Janeiro
No próximo domingo, dois clássicos do Grupo III, para a geração que está com 2 anos. O GP Mário de Azevedo Ribeiro vai reunir potros, e o GP Luiz Fernando Cirne Lima, potrancas, ambos em 1.300 metros, na grama.
Rio Grande do Sul
No próximo dia 29, quinta–feira, será realizada no Hipódromo do Cristal, Porto Alegre, a Copa Velocidade – ABCPCC, em 1.200 metros, areia. Regulamento próprio, para produtos de 2 anos.
São Paulo
No próximo fim de semana serão corridos os 1.000 metros do Clássico Presidente Waldyr Prudente de Toledo (L), grama, onde os melhores velocistas gramáticos terão finalmente uma oportunidade de enfrentar as fêmeas (o que não acontecia desde 16 de dezembro, e assim mesmo em uma simples prova especial). E, para produtos de 2 anos, na areia, os 1.400 metros da Prova Especial Soberbo.
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